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Lula perde em São Paulo, Bolsonaro ganha no Rio e Ciro fica em 3º no Ceará

Candidatos Lula e Bolsonaro vão ao segundo turno na disputa presidencial - Arte UOL
Candidatos Lula e Bolsonaro vão ao segundo turno na disputa presidencial Imagem: Arte UOL

Do UOL, em Brasília

02/10/2022 22h52Atualizada em 02/10/2022 23h10

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdeu a disputa eleitoral no primeiro turno em São Paulo, seu berço político, com 40,8% dos votos contra 47,7% do presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do Executivo, candidato à reeleição, repetiu a vitória no estado paulista — em 2018, ele recebeu 53% dos votos ante 16,4% do candidato petista na ocasião, Fernando Haddad, que substituiu o posto de Lula na chapa enquanto ele esteve preso.

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    Bolsonaro também venceu no Rio de Janeiro, reduto do clã Bolsonaro, com 51% diante de 40,7% de Lula. Na eleição passada, o atual presidente também tinha tido um melhor desempenho contra a chapa do PT e havia conquistado 59,7% dos votos contra 14,69% de Haddad.

    Além de Lula, outro candidato que saiu derrotado em seu berço eleitoral foi Ciro Gomes (PDT). O pedetista conseguiu apenas 6,7% dos votos no Ceará, diante de 65,71% de Lula e 25,5% de Bolsonaro.

    Há quatro anos, o único local onde Ciro havia saído vitorioso na disputa pela Presidência tinha sido no Ceará, com 40,9% dos votos. Em segundo lugar à época, ficou Haddad, com 33,12%, seguido de Bolsonaro, com 21,74%.

    A senadora Simone Tebet (MDB), estreante na disputa ao Palácio do Planalto, conquistou 5,29% dos votos em Mato Grosso do Sul e ficou em terceiro lugar em seu estado natal. O atual presidente conseguiu 52,71% dos votos, e Lula, 39%. Em 2018, Bolsonaro também tinha sido o mais votado no estado, com 55,06%. Haddad teve 23,87%.

    Para Creomar de Souza, fundador da Dharma Consultoria de Análises de Risco Político, um dos diferenciais destas eleições é que o cenário mira, principalmente, no índice de rejeição dos candidatos. Segundo o último Datafolha divulgado no sábado (1º), 52% não votaria no atual presidente e 40% não escolheria Lula.

    Esse é um dos pontos que pode explicar a polarização e a ida para o segundo turno, na avaliação do especialista. "Além da militância habitual, não há grandes apaixonados pelos candidatos. As pessoas foram às urnas para impedir que alguém vença, esse é um marcador relevante", explicou.