Reinaldo: Ciro sai com desempenho 'trágico'; Tebet entra no jogo para 2026
O colunista do UOL Reinaldo Azevedo disse hoje, durante o UOL Eleições 2022, que o presidenciável Ciro Gomes (PDT) demonstra um desempenho "trágico" no pleito deste ano e que Simone Tebet (MDB), se continuar fazendo um bom trabalho, pode ser uma opção nas eleições presidenciais de 2026.
Às 21h20 (horário de Brasília), com 96% das urnas apuradas, Ciro Gomes aparecia em quarto lugar com 3,06% das intenções de voto. Em terceiro lugar estava Simone Tebet (MDB), com 4,22%, Jair Bolsonaro (PL), obtinha 43,71%, e Lula em primeiro lugar com 47,84%. As pesquisas de intenção de voto apontavam Ciro à frente de Simone na disputa.
Para o Ciro é um resultado, acho trágico. Lá vou eu apanhar dos ciristas, que eles gostam de mim mais do que os bolsonaristas, aliás, eles estão juntos. A verdade é essa. É um resultado trágico para o Ciro porque ele
vai sair com desempenho de candidato nanico. Aquele que diz que 'sou o único que tenho programa de governo'. Reinaldo AzevedoReinaldo também comentou que o "discurso de ódio" de Ciro contra o PT não fez o pedetista tirar votos de Bolsonaro, pode ter contribuído para tirar alguns votos do PT, porém, não conseguiu adicionar votos para si mesmo.
O colunista também avaliou a campanha da presidenciável Simone Tebet que, para Reinaldo, se saiu muito bem nos debates e no trabalho de campanha e pode ser um forte nome no pleito presidenciável de 2026.
"A Simone conseguiu encaixar tão em pouco tempo um discurso daquela turma que falava que era a terceira via não conseguiu. Ela não investiu no 'nem isso, nem aquilo', ela fez propostas e teve a coragem de ser muito dura com o governo Bolsonaro. O que os outros temiam ser. Os que faziam o discurso 'nem-nem', na verdade, quem apanhava era o Lula", começou Reinaldo.
"Acho que ela, se souber administrar esse capital político, vira uma alternativa de poder em 2026. Precisa ver como ela se coloca nesse jogo", concluiu.
Vitória de Damares levará bolsonarismo 'depurado' ao Congresso, diz Reinaldo
Reinaldo também avaliou que a vitória de Damares Alves (Republicanos) ao Senado pelo Distrito Federal, levará um bolsonarismo "depurado" ao Congresso Nacional.
Assim como Damares, que foi ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a ex-ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro (PL), Tereza Cristina (PP), também foi eleita senadora por Mato Grosso do Sul.
"Damares Alves vai ser da chamada banda de música do bolsonarismo hardcore. Que, aliás, esse congresso, se estão reclamando do que temos agora, aguardem o próximo. Haverá ali coisa do arco da velha. Então, eu acho, vença Bolsonaro ou vença Lula, vai te uma fração da extrema direita mais obtusa no Congresso brasileiro", começou o colunista.
E continuou: "Ainda mais do que hoje porque está mais organizada. Essa legislatura que tivemos era aquela gente que entrou na onda bolsonarista. Agora, não, temos um bolsonarismo mais depurado que está indo para o congresso. E a Damares faz parte dessa cota. E eu acho que na Câmara também haverá alguns".
Josias: Moraes exagera ao minimizar eventual contestação de resultado
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, erra ao minimizar uma eventual contestação do resultado das eleições por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), avalia o colunista do UOL Josias de Souza.
Durante coletiva de imprensa, Moraes usou uma metáfora sobre futebol para exemplificar como o tribunal lidará com possíveis alegações contra a apuração. "Até hoje eu contesto a vitória do Internacional contra o Corinthians em 1976, aquela bola que bateu na trave e bateu fora e foi dado gol. Eu contesto até hoje, só que fico com a minha contestação para mim mesmo. É assim que o Tribunal Superior Eleitoral vai tratar quem contestar as eleições", afirmou.
"O ministro exagera ao minimizar a contestação", diz Josias, no programa UOL Eleições. " O que se avizinha é uma encrenca de grandes proporções", completa.
Veja apuração ao vivo, resultados do primeiro turno, análises de colunistas e convidados no UOL Eleições:
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