PL de Bolsonaro faz maior bancada do RJ na Câmara; PT elege 5 deputados

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), conquistou a maior bancada do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados. Puxado pelo voto de direita e pelas máquinas dos governos federal e estadual, a legenda elegeu 11 deputados federais.

O principal puxador de votos do PL foi o general da reserva Eduardo Pazuello, que comandou o Ministério da Saúde do governo Bolsonaro e teve a sua atuação criticada durante a pandemia de covid-19.

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Outro nome eleito com destaque pelo PL foi Roberto Monteiro, pai do vereador cassado e youtuber Gabriel Monteiro —mesmo perdendo o mandato na Câmara do Rio em meio a denúncias de estupro e assédio sexual, ele também conseguiu eleger a irmã Gisele Monteiro deputada estadual pelo PL.

A segunda maior bancada ficou com o União Brasil, com seis deputados. A legenda teve a deputada federal mais votada do estado com 213 mil votos, Daniela do Waguinho —esposa do prefeito de Belford Roxo e presidente estadual da legenda, Waguinho.

O União Brasil —surgido da fusão do PSL com o Democratas— também elegeu Dani Cunha, filha do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Ela terá sua primeira experiência política.

O PT, que tinha apenas um deputado federal, viu sua bancada crescer. A federação formada com PCdoB e PV elegeu seis deputados, cinco dos quais petistas. O ex-senador Lindbergh Farias foi o mais votado do partido, com 152 mil votos.

Ainda na esquerda, o PSOL teve dois dos seis parlamentares mais votados no estado: Talíria Petrone se reelegeu com 198 mil votos e ficou em terceiro lugar, enquanto o vereador Tarcísio Motta conquistou seu primeiro mandato no Congresso com 159 mil votos e terminou em sexto lugar. Com esses puxadores de voto, o PSOL elegeu cinco parlamentares.

Alguns nomes conhecidos do eleitorado também conseguiram vagas na Câmara dos Deputados. É o caso do ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos), com 110 mil votos.

O ex-prefeito consegue se recuperar nas urnas depois de perder por larga margem em sua tentativa de reeleição na prefeitura, em 2020, e de fracassar na tentativa de eleger o filho para a Câmara em 2018.

O ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello (PSB) também garantiu um mandato na Câmara dos Deputados. Ele teve pouco mais de 72 mil votos, sendo o único eleito pelo PSB de Marcelo Freixo e Alessandro Molon.