PP fecha aliança com Tarcísio para o segundo turno em São Paulo
Candidato a governador de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) fechou acordo para receber apoio do PP no segundo turno das eleições. A informação foi confirmada pelo UOL Notícias com o próprio partido na noite desta segunda-feira.
O anúncio da parceria está marcado para ocorrer às 11 horas da manhã de terça (4) na sede do PP paulista. Tarcísio irá até o local e será recebido pela direção do partido que estava na coligação do governador Rodrigo Garcia (PSDB) no primeiro turno.
Esta é a primeira aliança fechada pelo candidato nesta nova fase da eleição.
Tarcísio terminou o primeiro turno na frente com 42,32% dos votos. Ele disputa o governo de São Paulo com Fernando Haddad (PT), que ficou com 35,70%.
O candidato do Republicanos é aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e repete no estado a disputa nacional entre o presidente e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Estratégias em estudo
Nesta segunda-feira, a equipe de Tarcísio se concentrou em reuniões para definir a estratégia de segundo turno. Ele deve dar destaque aos projetos do seu programa de governo na área da saúde, educação e saneamento básico, impedindo que o adversário se aproprie das pautas sociais.
Outro enfoque será no discurso de valores e da liberdade econômica. Estas propostas miram o eleitor conservador de São Paulo, que a campanha de Tarcísio entende ser maioria no estado. O objetivo destas duas propostas é cativar a população do interior.
Um fato que chamou a atenção no primeiro turno é que Marcos Pontes (PL) se elegeu com 49,68% dos votos. Tarcísio marcou 42,32%. A diferença sugere que existe uma fatia da população que é alinhada com Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do candidato ao governo, e que não votou no nome avalizado pelo presidente no primeiro turno.
A campanha de Tarcísio pretende que este eleitor tome conhecimento das propostas e desta proximidade com Bolsonaro. Para conseguir este objetivo, tenta alianças com prefeitos. O acordo com o PP ajuda nesta tarefa de ter administradores municipais ao seu lado. Também está no radar da equipe do candidato ao governo de São Paulo realizar o máximo de eventos eleitorais na companhia do presidente.
PP era aliado histórico do PSDB
A aliança com Tarcísio soa mais natural com campo político do qual o PP faz parte. O partido não tem bandeiras e nem histórico de afinidades com o PT de Haddad. Mas no primeiro turno ele decidiu por outro caminho.
Aliado de longa data dos tucanos, o PP esteve ao lado do governador Rodrigo Garcia (PSDB), ajudando a formar a maior coligação da eleição de São Paulo e que reuniu nove partidos.
O curioso é que este arranjo contrariava a lógica nacional. No plano federal, o PP é forte aliado de Bolsonaro e tem o senador Ciro Nogueira (PP-PI) ocupando o Ministério da Casa Civil. Ele, que é uma das principais lideranças partidárias em nível nacional, também integra o núcleo política da campanha à reeleição do presidente.
Cabe ressaltar que, na chapa nacional, o Republicanos de Tarcísio está com Bolsonaro. Mesmo assim, a afinidade histórica entre o PP e o PSDB fez a aliança na corrida presidencial não ser repetida em São Paulo. Somente depois de o governador terminar em terceiro lugar com 18,40% dos votos, o PP fechou com Tarcísio.
O segundo turno ocorre em 30 de outubro, último domingo do mês.
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