Tarcísio espera apoio de prefeitos do PSDB, mas sem Rodrigo no palanque
O PP de São Paulo formalizou hoje apoio ao ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), que concorre ao governo do estado. O candidato declarou que queria contar com o PP em sua aliança desde o começo da campanha.
Mas a grande questão após a parceria ser firmada foi a negociação em curso para um acordo com o PSDB do governador Rodrigo Garcia, que ficou em terceiro na eleição. Tarcísio declarou que espera receber apoio de prefeitos tucanos pelo histórico de oposição do partido ao PT, mas sugeriu que não haverá espaço para o governador subir em seu palanque.
"A nossa linha é de realmente promover algo diferente. Vamos estar no palanque junto? Provavelmente não. Agora, nós vamos ter adesão do PSDB? Vamos, porque faz sentido."
Fora da reunião com Rodrigo. O presidente Jair Bolsonaro (PL) estará em São Paulo hoje e vai se encontrar com o governador. Tarcísio disse que não vai participar dessa reunião.
"Entendo que eles [o PSDB] podem ter um papel importante na eleição do presidente, mas eu vou seguir na linha que eu me comprometi com o estado de São Paulo que é uma linha de mudança."
Segundo o UOL apurou, o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), se reuniu hoje com Rodrigo no Palácio dos Bandeirantes a pedido de Bolsonaro para negociar apoio no segundo turno.
Tarcísio ressaltou que o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), manifestou apoio ontem à sua candidatura. O candidato acrescentou que na manhã de hoje conversou com prefeitos tucanos.
"É natural a adesão deste núcleo do PSDB à nossa candidatura porque é uma adesão programática. É uma adesão histórica. Historicamente o PSDB sempre fez oposição ao PT."
Em nome da tradição. O governador Rodrigo Garcia contou com a maior coligação do primeiro turno, nove partidos. O PP era um deles ainda que esteja com Bolsonaro no cenário nacional e Tarcísio seja um apadrinhado do presidente. Mas no plano estadual, pesou o histórico de apoio entre o PP e os tucanos.
Agora, Tarcísio concretiza aliança e afirma que a negociação foi rápida e sela um objetivo que ele tinha desde o começo da campanha.
"Um apoio de peso, um apoio importante. Já queria desde o primeiro turno, é um sonho nosso. O PP tinha a palavra empenhada, algo completamente compreensível e ficava aquele desejo, passando para o segundo turno eu queria ter o PP comigo."
Atrás do voto conservador. Esta é a primeira aliança fechada por Tarcísio neste segundo turno, quando enfrenta Fernando Haddad (PT). O ex-ministro vai usar pautas sociais, defesa de valores e a associação ao presidente Jair Bolsonaro como argumentos para atrair votos. O entendimento da campanha é de que o eleitor de São Paulo é majoritariamente conservador e favorável a essas pautas.
Uma das preocupações da equipe de Tarcísio é que essa mensagem chegue ao máximo de eleitores possível. Por esse motivo, procura acordos com prefeitos. A aliança com o PP formalizada hoje colabora para esse esforço.
"Esta parceria consolidada e eu tenho certeza que é estratégica. Partido de muita tradição, muita capilaridade e que vai fazer a transferência sem sombra de dúvida."
Em busca de mais prefeitos. Junto a esse anúncio, há outros movimentos. Amanhã, o vice na chapa do ex-ministro, Felicio Ramuth (PSD), recebe prefeitos da região metropolitana do Vale da Paraíba e litoral norte que vão declarar apoio à candidatura de Tarcísio. Tarcísio afirmou que está recebendo adesões de prefeitos que estavam com Rodrigo.
Reuniões com prefeitos de regiões paulistas devem ser marcadas nos próximos dias. O candidato se comprometerá a não interromper obras e convênios. O ex-ministro trabalha para engrossar a lista de alianças e afirmou que negocia acordos com o Patriota, Podemos e MDB, este último partido do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. Tarcísio revelou que ambos se falaram e o resultado foi "uma conversa muito boa".
*Colaboração de Stella Borges, do UOL, em São Paulo
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