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Madeleine: Pautar aborto em eleição não serve para debate e só incendeia

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/10/2022 15h01

A colunista do UOL Madeleine Lacsko participou hoje do UOL News e falou sobre a guerra de narrativas promovida pelas militâncias de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acerca da questão da legalização do aborto no Brasil. Para Madeleine, esse é um assunto que acaba tendo uma discussão rasa na campanha eleitoral, ou a discussão sequer existe.

"Aborto, maioridade penal e esse tipo de coisa quando surge na eleição não é para debater nada, é para incendiar", disse.

Ela também destacou que a campanha pela legalização do aborto nunca teve grande força no Brasil para convencer as pessoas e também relembrou, inclusive, que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) se colocou contra a legalização durante seu governo.

"Nos governos do Lula e da Dilma essa questão não andou um milímetro. A Dilma na eleição dela teve carta do Marco Feliciano para todas as igrejas dizendo que ela estava arrependida de um dia ter apoiado legalização do aborto".

Madeleine ainda reforçou sua opinião de que não há esse tipo de discussão da maneira como deve acontecer. "É uma questão no nosso país difícil de discutir porque não tem discussão. Não existe essa discussão e tudo é feito em uma temperatura muito alta".

Madeleine: Com Tarcísio no governo, PL na Alesp pode mudar equilíbrio de SP

"Essa questão de a bancada do PL ser grande com o Tarcísio estando onde está, é algo para a gente abrir o olho porque pode mudar o equilíbrio de forças em todo o estado de São Paulo", alertou Madeleine Lacsko sobre a nova configuração da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

Durante participação no UOL News, ela pontuou que São Paulo vive uma situação inédita, uma vez que a Alesp sempre foi dominada por PT e PSDB. "Temos o PL com a maior bancada, e o PL nunca foi significativo dentro da Alesp".

Por fim, também criticou a atuação do Partido dos Trabalhadores enquanto oposição ao governo tucano. "A Alesp sempre foi submissa ao governador e o PT fez uma oposição de garganta, nunca fez oposição mesmo. Então a gente tem algo para abrir o olho", finalizou.

Tebet nega acordo por ministério em troca de apoio a Lula: Rasgaria minha história

"Eu rasgaria minha história de vida pública se eu exigisse qualquer coisa para estar do lado certo da história. Sequer me foi oferecido e nem aceitaria conversar sobre cargos ou ministérios neste momento que estamos vivendo", disse Simone Tebet (MDB) durante o UOL News sobre eventual acordo por um ministério em troca de apoio a Lula.

Ainda sobre uma possível composição dentro do governo de Lula, ela disse que o momento é de trabalhar para eleger o petista e aguardar o resultado das urnas, para que o próximo presidente possa escolher seus ministros de acordo com suas convicções.

"Os problemas do Brasil são tão complexos e vai precisar de um esforço de cada um de nós, que é hora de deixar o presidente ter o conforto de escolher os melhores, que podem ser de dentro da política ou de fora da política".

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