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Lula tem 15 partidos; Bolsonaro, 5; 7 se declaram neutros no segundo turno

Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentam no segundo turno - EPA
Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentam no segundo turno Imagem: EPA

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

08/10/2022 16h21Atualizada em 08/10/2022 16h22

Candidato apontado pelas pesquisas como favorito na corrida presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com o apoio de 15 partidos no segundo turno, dez a mais do que o adversário, o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

O jogo político do segundo turno tem ainda sete siglas que optaram pela neutralidade e liberaram os filiados para que estes façam suas próprias escolhas. Cinco legendas ainda não se manifestaram.

Maioria está com Lula. Dos 15 partidos que decidiram apoiar Lula, 11 têm representação no Congresso Nacional. São eles: PT, PV, PCdoB, PSOL, Rede, PSB, Solidariedade, Pros, Avante, PDT e Cidadania

Completam a lista: Agir, PCB, PSTU e PCO —partidos que não tem parlamentares na atual legislatura em Brasília.

Durante o primeiro turno, a coalização que sustentou a campanha do petista foi formada por dez dos 15 partidos que compõem a base atual de apoiamento.

Mais representatividade no Congresso. Bolsonaro, por sua vez, havia feito uma coligação com o PL, ao qual se filiou no fim do ano passado, e mais dois partidos: o PP, do presidente da Câmara Arthur Lira, e o Republicanos. Apesar de mais enxuta, a coligação é representativa.

Juntas, as três siglas tiveram 187 deputados federais eleitos no último domingo, ou seja, vão compor mais de um terço da Câmara. Com o encerramento do primeiro turno, mais duas siglas se uniram a Bolsonaro: o PTB, do ex-deputado Roberto Jefferson, e o PSC.

Neutralidade. Sete partidos optaram pela neutralidade institucional e liberaram os seus quadros para livre escolha no segundo turno: MDB, PSDB, União Brasil, Podemos, PSD, Novo e DC.

Políticos ligados a estas legendas, porém, têm tomado partido e escolhido um dos lados.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), por exemplo, terceira colocada na eleição presidencial, decidiu apoiar Lula. Mas oito governadores, incluindo membros de todos estes partidos, preferiram se alinhar a Bolsonaro.

Entre os governadores estão lideranças políticas do partido Novo, como o chefe do Executivo mineiro, Romeu Zema, e o de Goiás, Ronaldo Caiado (UB).

Compasso de espera. Cinco agremiações partidárias ainda não tiveram uma deliberação de seus respectivos diretórios nacionais: UP, PMN, PRTB e Patriota.

O candidato do UP derrotado no primeiro turno da eleição presidencial, Leo Péricles, deve anunciar a decisão na semana que vem.