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TSE proíbe propaganda de Bolsonaro contra Lula: 'Grave manipulação'

Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), adversários no segundo turno das eleições - Ricardo Stuckert e Clauber Cleber Caetano/PR
Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), adversários no segundo turno das eleições Imagem: Ricardo Stuckert e Clauber Cleber Caetano/PR

Do UOL, em São Paulo

14/10/2022 10h37Atualizada em 14/10/2022 15h32

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou a suspensão de uma propaganda da campanha do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), sob o argumento de que houve "grave manipulação discursiva" em uma fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), associando o candidato petista a concordar com atividades criminosas.

"Tal situação revela a nítida propagação de desinformação, comportamento que vulnera a higidez e a integridade do ambiente informativo", escreve a ministra Maria Claudia Bucchianeri, relatora do processo.

Até o momento da abertura do processo, a defesa de Lula alegou que a propaganda foi veiculada 36 vezes na TV e no rádio e que a peça publicitária parte "da realidade paralela de que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva teria contas a prestar com a Justiça, afirmando-se, veladamente, que um voto nele se traduz em apoio a um 'bandido'".

A ministra Maria Claudia repudiou as propagandas que induzem o eleitor ao "erro".

"(...) a difusão de informações inverídicas, descontextualizadas ou enviesadas configura prática desviante, que gera verdadeira falha no livre mercado de ideias políticas, deliberadamente forjada para induzir o eleitor em erro no momento de formação de sua escolha".