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PT diz que diretório no Rio foi alvo de tiros e entrega imagens à polícia

Dirigentes do PT no Rio de Janeiro abriram boletim de ocorrência para reportar ataques a tiros contra a sede do partido na capital - Reprodução
Dirigentes do PT no Rio de Janeiro abriram boletim de ocorrência para reportar ataques a tiros contra a sede do partido na capital Imagem: Reprodução

Tiago Minervino

Colaboração para o UOL, em Maceió

15/10/2022 21h20

Integrantes do diretório do PT de Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, dizem que sua sede foi alvo de tiros no último domingo (9). Imagens de câmeras de segurança foram entregues à polícia. Não havia ninguém no comitê no momento dos disparos.

Ao UOL, a vice-presidente do diretório municipal do partido no Rio, Catarina Farias, disse que um motociclista que passava pelo local foi flagrado por uma câmera de segurança disparando contra o diretório. A bala atravessou o portão e parou na parede interna do comitê.

Segundo ela, o tiro só foi percebido na quinta-feira (13), porque até então nenhum integrante do diretório tinha ido ao local. Na sexta-feira (14), foram obtidas as imagens e, no sábado (15) foi feito um boletim de ocorrência no 35ª Departamento de Polícia de Campo Grande.

Outro disparo teria atingido um dos muros do diretório partidário, mas não foi captado pelas câmeras do local. O PT diz que vai pedir imagens de câmeras de imóveis vizinhos.

Para Catarina, o episódio tem o intuito de "intimidar" a militância petista. Ela ressaltou que sempre houve "divergências políticas normais, que fazem parte da disputa, mas nada desse tipo".

A vice-presidente destaca que o comitê é facilmente identificado como um imóvel ligado ao PT. "[É] bem caracterizado, bem desenhado, tem bandeira do PT bem grande". Para ela, o disparo foi "intencional", porque o motociclista "não deu um tiro para o alto, foi intencionado para o comitê de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva".

Em nota, o presidente do PT do Rio, João Maurício, disse ser "inaceitável a escalada de violência que estamos vivendo durante as eleições no Brasil", e pede que o "responsável por esse ataque contra o Comitê Popular e a nossa democracia seja identificado e responsabilizado".

Para João Maurício, episódios de violência política são "estimulados cotidianamente pelo discurso e a política de ódio alimentada" pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), além de seus aliados "que pregam o enfrentamento, o conflito, o ódio, as armas, o desprezo pela democracia e o ataque a adversários políticos".

"Exigimos das autoridades de segurança pública e do judiciário medidas efetivas de prevenção e combate à violência política. Não iremos naturalizar de forma alguma o ataque de ódio e violência política que aconteceu no comitê. Não nos intimidarão! Seguiremos nas ruas levando a mensagem de esperança e amor do presidente Lula para podermos reconstruir o Brasil", completou.