Topo

Bombig: Carta de Lula é gesto para estancar sangria de voto evangélico

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/10/2022 13h01

O colunista do UOL Alberto Bombig analisou hoje a carta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para evangélicos, na qual o candidato à presidência defendeu a liberdade religiosa e o estado laico. Durante participação no UOL News, Bombig considerou o gesto importante para que Lula não perca mais votos entre o eleitorado religioso.

"Pode até ser que ele não ganhe nenhum voto, mas pelo menos ele [Lula] para de perder votos. Tem que estancar essa sangria de perder apoio entre os evangélicos. E mais, não só entre os evangélicos, entre os católicos muito conservadores também", disse.

Bombig também afirmou que, na avaliação da campanha do PT, Lula dizer publicamente, por exemplo, que não iria fechar igrejas, não estava surtindo o resultado esperado e desejado. "Teve que fazer esse evento e essa carta porque não estava resolvendo dizer que não vai fechar igrejas. Precisava de um compromisso e um gesto mais forte dele para o eleitorado evangélico e religioso conservador".

Ainda durante participação no UOL News, Bombig ainda destacou que a carta não traz uma agenda propositiva. "É uma agenda para assegurar compromissos e tentar evitar que esses boatos e essas fake news se alastrem mais ainda".

Tales Faria: Lula com carta a evangélicos marca novo estilo de reta final de campanha

"Ele agora está decidido a ser mais enfático. Esse discurso mostra isso, com o Lula falando diretamente das coisas. 'Olha, o Bolsonaro está mentindo, está voltando atrás em uma série de coisas'. Acho que isso marca um novo estilo que vai ter essa reta final de campanha, e que vai ter provavelmente o último debate. Lula vai vir bem mais agressivo", afirmou o colunista Tales Faria sobre a carta de Lula aos evangélicos.

Ele ainda apontou que o candidato do PT sofreu críticas externas e também dentro do PT por ter deixado diversos temas "passarem em branco" no último debate com Jair Bolsonaro (PL). Tales citou a questão religiosa e também a fala do atual presidente de que "pintou um clima" com meninas venezuelanas de 14 e 15 anos.

Aloysio: Doria errou, mas foi traído no final; bolsonarismo corroeu o PSDB

"Ele [Dória] cometeu alguns erros políticos bastante graves. Logo depois de eleito prefeito, com sofreguidão, que é uma característica do temperamento dele, se lançou candidato à presidência atrapalhando os projetos políticos de quem o apoiará, como Geraldo Alckmin. Tentou tomar conta do partido e por isso se isolou", disse o ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (PSDB).

""Ele [Dória] em relação ao Alckmin não se comportou bem. Eleito prefeito, ele imediatamente se lançou e começou a trabalhar dentro do PSDB para ser candidato à presidência. No final da sua gestão, ele foi traído pelo PSDB e especialmente pelo PSDB de São Paulo. Em determinado momento ele disse que não seria mais candidato a presidente e queria ficar no governo. O PSDB disse que ele teria que sair", completou antes de afirmar que o bolsonarismo corroeu o PSDB.

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em três edições: 8h, 12h e 18h, sempre ao vivo.

Quando: de segunda a sexta às 8h, 12h e 18h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja a íntegra do programa: