Tarcísio cria estratégia para desfazer confusão com número de Bolsonaro
Candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) deu início a uma estratégia para que seu número nas urnas seja mais conhecido —o trabalho será reforçado na próxima semana, na reta final da campanha do segundo turno das eleições.
Segundo o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral), 521 mil eleitores digitaram, no primeiro turno, o número do partido de Bolsonaro —22— para o governo estadual. E tiveram o voto anulado. Por estar em um partido diferente, Tarcísio disputa a cadeira no Palácio dos Bandeirantes com o número 10.
Digitar um número que não corresponde a nenhum concorrente a cargo público é o mesmo que anular o voto. Eles são registrados, mas não entram na contabilidade dos votos válidos, mesmo destino dos votos em branco.
Campanha de esclarecimento. A campanha de Tarcísio trabalha para reverter a situação. O entendimento é que eleitores raciocinaram que, se Bolsonaro tinha o número 22 e o candidato dele ao Senado por São Paulo, Marcos Pontes, concorreu com o 222, a indicação do concorrente para o governo do estado, do mesmo grupo, seria 22.
Uma operação de esclarecimento está sendo feita pela equipe de Tarcísio para que o eleitorado saiba que o presidente e ele têm números diferentes. Nos discursos, o candidato ao governo e aliados colocam essa informação em destaque —a reportagem do UOL ouviu a citação ontem, em eventos com evangélicos na capital paulista.
A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP) disse que a " primeira prioridade" no estado é "levar as pessoas para votar"; a segunda, "lembrar" do número de Tarcísio.
A equipe do ex-ministro bolsonarista prevê ainda adesivaços e a distribuição de mais flyers e panfletos que devem reforçar a diferença —além de posts e propagandas nas redes sociais.
O ex-ministro teve 9,88 milhões de votos no primeiro turno —os 521 mil votos digitados com o número do presidente representam 5,27% do que ele conquistou.
Campanha conjunta na reta final. Além de tentar esclarecer o eleitorado sobre a questão do número do candidato, a campanha de Tarcísio vai aumentar o número de agendas conjuntas com o presidente. Hoje (20), ambos estarão juntos num evento com lideranças políticas em São Paulo. No domingo (23), está previsto um ato na avenida Paulista, a mais conhecida da cidade.
A avaliação da equipe de Tarcísio é que a associação entre os dois candidatos traz benefícios mútuos porque um ganha com a presença do outro. Esta aproximação entre ambos repete a reta final do primeiro turno.
Do lado de Bolsonaro, o crescimento em São Paulo é considerado crucial para reverter a desvantagem de 6,1 milhões de votos no primeiro turno das eleições presidenciais, em relação a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Até 30 de outubro. Para a campanha de Tarcísio, estes são os ajustes para a reta final da campanha e a equipe dele não pretende fazer mudanças na estratégia até o dia da votação. A leitura é que não existem novidades relacionadas a programa de governo e propostas para serem apresentadas.
A tática é manter o que vem sendo veiculado e atuar para que a mensagem chegue ao máximo de eleitores possíveis. Para conseguir este objetivo, estão sendo usados influencers.
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