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Michelle: 'Não olhe para meu marido, olhe para mim que sou serva do Senhor'

Do UOL, em São Paulo*

21/10/2022 14h04Atualizada em 21/10/2022 14h04

Em um culto na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, no Rio de Janeiro, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que segue em uma caravana pelo Brasil, pediu para as fiéis que "não olhem para o seu marido", o presidente Jair Bolsonaro (PL). "Olhe para mim que sou uma serva do Senhor", disse ela.

Durante a celebração, Michelle afirmou que "perfeito é só Jesus". 'Não olhe para meu marido, olhe para mim que sou uma serva do Senhor, que dobra o joelho e tem o entendimento do mundo espiritual. Ele é tão falho quanto eu e você, porque perfeito é só Jesus, que não agradou a todos".

A primeira-dama também avaliou ser difícil estar na cadeira de presidente. "Não é fácil estar à frente de uma presidência. Deus realmente escolhe aqueles que se escondem e eu, nos dois primeiros anos, fiz muita birra com Deus porque eu falava: 'Não queria estar aqui, Senhor. Meu marido sim, ele trabalhou 28 anos no Congresso'".

Ela ainda contou que, em vez de ser primeira-dama, queria ser "dona de casa" para não "terceirizar" a educação das filhas. Ela e Bolsonaro tiveram Laura, de 12 anos. Michelle ainda tem Letícia Firmo, 20, do primeiro casamento. Todas atualmente moram juntas no Alvorada.

"Queria ser uma dona de casa, pois escolhi ser dona de casa. A mulher pode estar aonde ela quiser, mas quis estar com minhas filhas e não terceirizar a educação delas. Escolhi cuidar do meu marido para que ele tivesse paz e serenidade para ir à Brasília toda semana", concluiu.

'Mulheres com Bolsonaro'. Na semana passada, Michelle e Damares Alves (Republicanos), senadora eleita pelo Distrito Federal, fizeram eventos em igrejas pelo Nordeste. A primeira-dama chamou o PT de "partido das trevas".

Nesta semana, a caravana da dupla está focada no Sudeste. Só na quarta-feira (19), elas participaram de três eventos na zona norte de São Paulo e na quinta tiveram agenda no Rio de Janeiro. Hoje, estarão em Minas Gerais.

As reuniões têm o mote "Mulheres com Bolsonaro" e os discursos são focados em diminuir a rejeição do presidente entre este grupo, além de conseguir votos dos indecisos.

*Com informações de Ana Paula Bimbatti e Felipe Pereira, do UOL, em São Paulo.