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CEO da Quaest: Caso Jefferson ampliou rejeição a Bolsonaro

Colaboração para o UOL

26/10/2022 08h52Atualizada em 26/10/2022 10h25

Felipe Nunes, CEO da Quaest, afirma que a nova pesquisa sobre a eleição presidencial divulgada hoje mostrou que o caso Roberto Jefferson prejudicou a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Outros noticiários negativos para o presidente, como a polêmica frase sobre as meninas venezuelanas e o plano de Paulo Guedes para o salário mínimo, também causaram impacto.

"A trajetória de rejeição aos candidatos, no final do 1º turno, tinha 55% para Bolsonaro. E Lula, 44%. Era uma distância grande. Ao longo do 2º turno, a distância foi diminuindo. Até que semana passada a gente viu empate técnico nas duas rejeições", disse Nunes ao UOL News de hoje. "Todo noticiário negativo - que envolve as meninas venezuelanas, Roberto Jefferson e o salário mínimo - impactou decisivamente na não continuidade da evolução do Bolsonaro."

O CEO destacou que a rejeição, quando o eleitor aponta em quem não votaria de jeito nenhum, é um dos fatores mais decisivos do 2º turno.

"Saiu de 46% para 49% aqueles que dizem não votar em Bolsonaro. O noticiário impactou Bolsonaro no aumento da rejeição. Esse impacto se deu na imagem do presidente. Mexeu com um dos elementos fundamentais na construção da opinião pública pro voto. Bolsonaro está pagando preço por todo noticiário negativo nos últimos 7 dias."

Felipe Nunes: Pesquisa mostra que passe livre favorece Lula

Todas as capitais do Brasil terão passe livre no domingo (30), para facilitar a ida dos eleitores às urnas. De acordo com Nunes, essa decisão favorece Lula.

"A gente pergunta isso na pesquisa, se as pessoas conhecem e se é um dado que facilita. E sim, a maioria diz que medida de facilitação dos municípios, de criarem transporte gratuito, ajuda a votar. E o maior parte do eleitor que diz isso é eleitor do Lula", contou Nunes.

Resultados qualitativos da Quaest também apontam pontos favoráveis a Bolsonaro

Além das intenções de voto, a pesquisa da Quaest traz outros indicadores qualitativos da opinião pública. Felipe apontou que alguns fatores aparecem como favoráveis a Bolsonaro. Aumentou em 4% o índice de pessoas que acham que o presidente vai vencer a eleição.

"Quando perguntamos quem merece ganhar, pela primeira vez a gente percebeu oscilação favorável a Bolsonaro. Muita gente vota de acordo com quem acha que vai vencer o pleito. Esse clima de opinião, se continuar favorável, pode render a Bolsonaro algo favorável na reta final", opinou Felipe.

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