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OPINIÃO

Oyama: Time de Lula em debate tem maioria feminina; de Bolsonaro, só homens

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/10/2022 22h02

A colunista do UOL Thaís Oyama chamou a atenção para o presidente Jair Bolsonaro (PL) não ter levado mulheres em sua comitiva para o último debate presidencial realizado pela TV Globo hoje. Em participação no programa do UOL que faz a análise do debate, Oyama destacou que, ao contrário de seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levou quatro mulheres em sua comitiva e priorizou a participação feminina.

"A primeira coisa que chama a atenção é o fato de que o ex-presidente Lula tomou o cuidado de levar na comitiva dele quatro mulheres e três homens. Têm a presidente [do PT] Gleisi, tem a Marina Silva, a Simone Tebet e também a mulher dele, a Janja. Então ele levou quatro mulheres, tomou esse cuidado, enquanto o presidente Bolsonaro parece ter feito questão de não levar nenhuma mulher".

Na sequência, Oyama elencou a comitiva de Bolsonaro, que conta, inclusive, com um assessor que chegou a ser demitido por uso irregular de aviões da FAB (Força Aérea Brasileira).

"Ele levou o Sergio Moro, o Ciro Nogueira, o Fábio Faria, Fabio Wajngarten, Major Cid, Felipe Martins e também o Vicente Santini, que é aquele assessor que havia sido demitido porque usou o jato da FAB indevidamente no exterior. Ele foi demitido e depois foi recontratado no lugar do Braga Netto como assessor especial de gabinete".

Por fim, a colunista do UOL também destacou que Bolsonaro não deu a devida atenção para a participação feminina, e que também parece não se importar com isso. "Não é exatamente uma boa vitrine para ele, mas parece que o presidente não se preocupou com isso".

Toledo: Lula chega a debate com 'jogo ganho' e só precisa não cometer erros

"São dois candidatos que chegam em uma situação muito diferente no debate. Um está com o jogo ganho e só precisa não cometer erros para colocar sua perspectiva de vitória em risco", afirmou José Roberto de Toledo.

Na sequência, o colunista do UOL disse que Bolsonaro não pode continuar adotando a mesma estratégia que foi utilizada durante a campanha. Para ele, o atual presidente precisa de algo "extraordinário" para uma vitória.

"O outro [Bolsonaro] tem que fazer alguma coisa para mudar o jogo, não dá para continuar fazendo o que ele vem fazendo até agora porque a distância, quase todos os institutos sérios estão dando 6 pontos nos votos válidos, uma média de 53% a 47%. Para virar, precisa ter um fato realmente extraordinário nesse debate".

Confira a íntegra do programa de análise de debate do UOL: