Exército faz operação na ponte Rio-Niterói; trajeto leva o dobro do tempo
Eleitores relataram hoje uma operação conjunta do Exército e da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na Ponte Rio-Niterói, que conecta os dois municípios fluminenses. Por volta das 14h30 (horário de Brasília), o tráfego estava lento e demorava cerca de 28 minutos para cruzar no sentido Niterói —mais que o dobro do tempo normal do trajeto, de 13 minutos, de acordo com a concessionária EcoPonte.
Imagens publicadas nas redes sociais mostram vários soldados no local.
O advogado Rodrigo Mondego, que já foi procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro) relatou que o policiamento é ostensivo.
"Logo após o pedágio, tinha dois comboios grandes do exército e carros da PRF, parando os carros com fuzis", contou. "Não por acaso, o complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, fica do outro lado da ponte, onde Lula teve a maioria dos votos no primeiro turno".
Mondego contou que tinha ido até o Salgueiro para conversar com moradores, que disseram que não tem ônibus circulando no local. A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro comunicou há pouco que abriu uma investigação preliminar para averiguar se as informações procedem.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) fixou que as concessionárias "não podem reduzir o serviço público de transporte coletivo de passageiros habitualmente ofertado no dia das eleições".
A redução pode configurar dois crimes eleitorais: impedir ou embaraçar o exercício do voto, e ocultar sonegar ou recusar fornecimento regular de meios de transporte, alimentação e utilidades normalmente a todos, que podem render até seis meses de prisão e pagamento de multa.
O UOL entrou em contato com o Exército e com a PRF para averiguar o motivo da operação na ponte Rio-Niterói. Caso haja resposta, o texto será atualizado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.