RJ: Bolsonarista atira para o alto em meio a comemoração de vitória de Lula
Um bolsonarista fez um disparo de arma de fogo para o alto em meio a uma comemoração pela vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Vila Isabel, na zona norte do Rio de Janeiro. Dirigindo um carro, o homem foi perseguido por policiais militares. Um vídeo obtido pelo UOL flagrou o momento do disparo.
Simpatizantes de Lula estavam reunidos no Quadrilátero do Álcool, área que concentra bares em Vila Isabel, quando um carro com dois bolsonaristas —um homem e uma mulher— passa pelo local. O homem, que dirigia o veículo, levanta uma arma e faz um disparo. Enquanto isso, a mulher se pendurava pelo vidro do carona fazendo gestos obscenos e xingando. É possível ver um adesivo da campanha de Bolsonaro no vidro da frente do veículo.
Alguns dos lulistas então correm até uma viatura da Polícia Militar que estava próxima ao local. Os policiais saem em perseguição ao bolsonarista, mas não há informações se ele foi capturado. O UOL tenta contato com a Polícia Militar.
Uma jovem que participava da comemoração e pediu para não ser identificada contou os momentos de tensão vividos durante o incidente.
"Naquela área são quatro bares, todos estavam bem cheios. E a grande maioria das pessoas que estavam ali eram Lula. Toda hora passava um carro, a gente ficava fazendo o L e cantando música do Lula. Até que passou esse carro, que estava com adesivo do Bolsonaro, e todo mundo começou a vaiar, mas ninguém fez nada além disso. Aí ele foi passando e em um determinado momento sacou uma arma, deu um tiro e saiu andando", relata ela.
Segundo ela, os policiais que estavam próximos ao local inicialmente não perceberam o que havia ocorrido e só iniciaram a perseguição depois que foram procurados por vários lulistas.
A testumunha conta que ela e parte do público que festejava deixou o local por medo de novas agressões.
"Ficou um clima péssimo. Aconteceu isso, a gente fechou a conta e foi embora. Todo mundo estava caindo a ficha do que tinha acontecido. A gente sempre ouvi falar desse tipo de coisa, mas vivenciar é outra coisa", diz ela.
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