Tales: Hino em linguagem neutra é erro estratégico da campanha de Boulos

Além de ser um erro por lei, mexer no Hino Nacional é um erro para a campanha de Boulos e não irá trazer novos eleitores, avaliou o colunista Tales Faria no UOL News desta quarta-feira (28).

Durante um comício do candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL), a cantora Yurungai alterou a letra do Hino Nacional para usar linguagem neutra "des files deste solo és mãe gentil". Após a repercussão, o candidato retirou o vídeo do ar.

Além de ser um erro você alterar o Hino Nacional em uma campanha eleitoral, é um erro também em termos de: que eleitorado ele vai trazer? O eleitorado LGBT não apoia o Marçal, não apoia os outros candidatos, tem preferência pelo Boulos e é o eleitorado só do PSOL. Não precisa mais trazer esse eleitorado, precisa trazer o eleitorado moderado. Essa é a questão, o grande erro dessa história é um erro estratégico, além de ser um erro formal, mexer no Hino Nacional em uma altura dessas. Tales Faria, colunista do UOL News

Tales diz que Boulos precisa tomar cuidado, porque estar no topo das intenções de voto o deixa mais exposto.

Boulos tem que tomar muito cuidado, ele está com candidatos de todos os lados contra ele. Quando você é o primeiro colocado, você é a vidraça mais exposta. Agora vai passar a ser o Marçal, que está tomando a frente na campanha. Boulos é uma vidraça exposta especialmente pela direita e por uma parte do centro, então ele tem que tomar muito cuidado.

Eu acho que já era previsto que houvesse uma queda ao longo da campanha. Mas, para garantir o segundo turno, tem que tomar cuidado pra não subir no salto, porque o Marçal pode surpreender, ele é um fenômeno eleitoral e ninguém sabe onde esse tufão vai parar. Mas, a princípio, numa disputa de segundo turno entre o Boulos e o Marçal, a tendência é que as forças mais extremista passem a apoiar o Marçal e as forças mais moderadas então apoiariam o Boulos.

Tales Faria, colunista do UOL News

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