Pesquisa interna mostra que ataques a Marçal fortalecem imagem de Tabata

A atitude combativa em relação a Pablo Marçal (PRTB) desde o primeiro debate rendeu dividendos à candidatura de Tabata Amaral (PSB), segundo resultados de uma pesquisa interna da campanha.

O que aconteceu

O embate foi interpretado pelo potencial eleitor como sinal de força, afirmou Tabata. O estudo foi encomendado por sua campanha para medir as consequências de adotar esta estratégia. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, ou seja, feita com metodologia para entender comportamentos e pontos de vista dos entrevistados.

A candidata foi considerada a mais preparada nos primeiros debates. Mas, ao subir o tom para enfrentar a retórica agressiva de Marçal, havia a possibilidade de perder eleitores ou arranhar a imagem de competência.

O resultado fortalece a manutenção da atitude mais ofensiva. A candidata acrescentou que não teme aumentar a exposição de seu adversário, porque Marçal já é bastante conhecido nas redes sociais e cria fatos para reverberar na internet e no noticiário.

A pesquisa é de quarta-feira, mesmo dia em que a Quaest apontou Tabata com 8% das intenções de voto. No levantamento anterior, ela tinha 6% das intenções de voto. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Boulos e Nunes não batem em Marçal por interesse político, diz Tabata
Boulos e Nunes não batem em Marçal por interesse político, diz Tabata Imagem: Zanone Fraissat/ Folhapress e Danilo Verpa/Folhapress

Estratégia de Boulos e Nunes mira 2º turno

Tabata disse que Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) economizam nas críticas a Marçal por interesses eleitoreiros. A pessebista reclamou que a dupla estaria fazendo cálculos políticos em vez de defender valores.

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Para ela, Boulos evita o confronto com Marçal porque deseja enfrentá-lo no segundo turno. A polarização supostamente lhe daria uma chance maior contra o candidato do PRTB na comparação com os demais concorrentes.

Boulos mudou atitude. Ele começou a campanha com um comportamento mais passivo, mas tem alterado isso. Ele vinha sendo cobrado pela militância por ter posicionamentos mais contundentes. Durante a semana passada, ele chamou Marçal de criminoso.

De acordo com o raciocínio de Tabata, o prefeito Ricardo Nunes pretende receber o apoio de Marçal no segundo turno. Para não azedar a relação, ele estaria evitando ataques, embora o adversário tenha recebido apoio do bolsonarismo radical.

A pesquisa Quaest colocou Boulos na liderança, com 22% dos votos. Nunes e Marçal aparecem em segundo, com 19% cada um. Datena (PSDB) ficou com 12%; Tabata foi a 8%.

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