Veja a íntegra da sabatina UOL/Folha com o prefeito Ricardo Nunes

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição oi sabatinado pelo UOL e a Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (6).

A nova rodada de sabatinas com os dez candidatos na capital paulista tem como objetivo tratar os problemas da cidade e está dividida em sete temas: educação, saúde, segurança, habitação, zeladoria, mobilidade e conjuntura política.

Veja a íntegra da entrevista, conduzida pelos jornalistas Fabíola Cidral, Raquel Landim (UOL) e Fábio Haddad (Folha).

Fabíola Cidral: Olá, boa tarde. Três horas, dois minutos. Estamos de volta com a nossa rodada de Sabatina UOL e Folha, como você já está acostumado. Dessa vez entrevistando os dez candidatos à Prefeitura de São Paulo com foco específico no plano de governo de cada um deles. Justamente para a gente discutir a São Paulo dos nossos sonhos e trazer esse conflito do que existe no plano de governo desses candidatos e o sonho dos paulistanos.

Para te ajudar nessa escolha, que a gente está justamente com esse objetivo de fazer uma sabatina totalmente programática e que tem temas específicos Essa segunda série de sabatinas é dividida em sete temas. A gente traz educação, habitação, zeladoria, transporte saúde, segurança e aí o último bloco falando sobre conjuntura política e o que normalmente a gente acaba explorando muito durante todas as sabatinas Fica focada somente no último bloco e antes a gente vai discutindo o projeto de programa de cada um desses candidatos.

A gente está com um time de especialistas nos ajudando, inclusive, nessa discussão nessa análise do que os candidatos propõem. Já recebemos aqui Pablo Marçal, Tabata Amaral e hoje é dia de receber o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, que já está conosco ao [00:03:00] vivo aqui no UOL e na Folha. Olá, prefeito bom dia, seja bem-vindo aqui à nossa sabatina.

Ricardo Nunes: Obrigado Fabíola, bom dia, Fábio Haddad, bom dia, Raquel Landim, todos que nos acompanham aqui no canal UOL. Obrigado pelo convite, prazer estar aqui com vocês.

Fabíola Cidral: Nossa, está pipocando um pouquinho aí a internet, vamos ver se a gente consegue estabilizar isso, mas vamos embora. Olá, Fábio hoje a gente está num outro horário, o prefeito teve esse horário disponível, a gente aceitou às três horas da tarde estamos aqui com o prefeito Olá, Fábio boa tarde para você.

Fábio Haddad: Oi, Fabiola boa tarde. De manhã de tarde, de noite, a gente está sempre disposto a debater a cidade. Vamos em frente.

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Fabíola Cidral: 24 horas. Olá, Raquel, boa tarde. Oi, Fabiola, boa tarde Boa tarde, Fábio Boa tarde, prefeito. Bom, a gente tem aqui uma regra prefeito, que é o seguinte... Não pode sair do tema, a gente vai colocando o tema de cada bloco, a ideia é não sair do tema, se sair do tema, aí eu falo: prefeito vamos voltar para o tema, não voltou prefeito vamos voltar para o tema, não voltou a gente muda o bloco e aí perde o tempo disso, mas isso não aconteceu até agora, tenho certeza que não vai acontecer com o senhor.

Vamos lá, vamos começar com segurança, candidato vou te chamar de candidato aqui, que é o candidato à reeleição, vamos começar com segurança pública, porque esse é um tema que desperta bastante interesse e preocupação por parte dos paulistanos, muitos do que já passaram aqui. Já fizeram promessas ousadas, duplicar, triplicar a Guarda Civil Metropolitana.

O seu plano de governo traz o aumento, mas fala muito genericamente, o aumento efetivo da Guarda Civil Metropolitana, mas não se compromete com os números. E justamente o senhor que está no comando da Prefeitura poderia se comprometer um pouco mais. Então a pergunta é muito clara e objetiva. Vai aumentar o efetivo em quanto, prefeito? Qual vai ser o custo [00:05:00] disso? Quando que isso começa a valer?

Ricardo Nunes: Aumentar em mais 2 mil homens Eu já aumentei 2 mil. Nós tínhamos em torno de 5.500, né 5.348. Já fiz o concurso também 2 mil. Então nós estamos hoje com quase 7.500 homens e mulheres que trabalham na Guarda Civil Metropolitana. Nos próximos quatro anos, mais 2 mil guardas civis metropolitanos E não é só aumento de efetivo né, Fabíola?

A gente precisa também ver a questão da qualidade desses profissionais com relação à questão salarial. Eu dei um aumento de 72% para a carreira inicial do Guarda Civil Metropolitana. As atividades especiais que eles desenvolvem eram R$ 150,00, eu levei para R 1.700,00, e equipar os locais de trabalho deles.

Viaturas, só ontem eu coloquei mais 230 viaturas estão chegando mais 50 viaturas elétricas, então são mais 280, só agora, fora as que eu já ampliei. E a [00:06:00] questão de armamento, a gente tirou todos aqueles armamentos ultrapassados coloquei pistola automática para todos, fuzil muito treinamento e também tecnologia com os drones.

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Só para a gente ter uma ideia, Fabíola, na nossa inspetoria do DronePol, só de 2021 até agora, foram quase 500 pessoas presas no trabalho do drone, que ele fica ali fazendo aquela... Verificação percebe um ato delituoso, vai lá e faz a prisão 478 prisões só através do DronePol e se soma isso a questão do SmartSampa que isso vai ser assim fantástico nesse trabalho conjunto com o governador Tarcísio onde essas câmeras com inteligência artificial com altíssima tecnologia vai poder contribuir já está começando a contribuir bastante com a segurança na cidade.

Fabíola Cidral: Voltando na pergunta que é da GCM, o senhor fala em 2.000 homens em 4 anos qual é o plano disso exato?
Quantos no primeiro ano? Qual vai ser o custo disso? É inviável colocar os 2 mil logo no início do primeiro ano de gestão? Qual vai ser o custo para ampliar 2 mil homens da Guarda Civil Metropolitana na cidade?

Ricardo Nunes: 110 milhões para cada mil homens, nós vamos colocar 500 ano a ano, porque eu tenho que cuidar ali da questão da academia, é importante a gente ter espaço para eles fazerem o treinamento, tem que ser bem treinado, não adianta não é só colocar homens, você tem que comprar armamento, o local, viatura, enfim, tem toda uma infraestrutura que a gente precisa prever e cuidar para poder colocar na rua.

Então, nesse período, mesmo eu tendo tido a pandemia, tudo, fazer o concurso, nós tivemos aí a alegria de conseguir colocar já mais 2 mil homens então a gente vai nos próximos 4 anos, a ideia inicial, 500, 500, 500, 500, com a [00:08:00] probabilidade de antecipar. Vai depender ali do fluxo da academia para o treinamento, mas no mínimo, no mínimo, 500, 500, 500 com a possibilidade de antecipação mas serão 2 mil nos próximos quatro anos.

Raquel Landim: Perfeito, Primeiro Comando da Capital, problema gravíssimo em São Paulo. O senhor e também outros candidatos na campanha têm associado, têm levantado suspeitas das ligações de Pablo Marçal com o PCC, do candidato do PRTB com o PCC. Mas é importante a gente ressaltar as investigações do Ministério Público.

Mostraram envolvimento de duas empresas do transporte público de ônibus aqui da cidade de São Paulo com o primeiro comando da capital, com o PCC. A gente sabe que o seu nome não aparece em nenhum dos documentos do inquérito, mas o senhor gravou um vídeo elogiando uma dessas empresas. O senhor escolheu uma dessas empresas para fazer o [00:09:00] transporte na represa Pires.

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Como que foi possível, dentro da sua gestão ninguém perceber que isso estava acontecendo? Ninguém ser unido? O senhor consegue explicar?

Fabíola Cidral: Está..

Ricardo Nunes: travando.

Fabíola Cidral: Mas voltou agora, pode falar, voltou voltou agora, voltou. Perdão prefeito, o senhor conseguiu...

Raquel Landim: ... ouvir a minha pergunta? Não

Ricardo Nunes: Eu ouvi que você falou sobre as duas empresas que tinham...

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Raquel Landim: Vou só reformular então, o que eu perguntei? O senhor e vários dos seus adversários associam o Pablo Marçal ao primeiro comando da capital, tem várias investigações em curso, mas tem duas empresas do sistema de ônibus que estão envolvidas aparecem no Ministério Público envolvidas com o PCC.
E a pergunta que fica é, como foi possível ninguém na gestão perceber isso? Ninguém ainda ter sido investigado, [00:10:00] punido? O senhor consegue explicar?

Ricardo Nunes: Lógico. Primeiro é bom a gente colocar, Raquel, que há dois anos atrás foi eu que pedi para a Procuradora-Geral do Município o controlador, ir até o Ministério Público pedir a celeridade da investigação colocar a Prefeitura à disposição, quem atendeu...

Lá na época, dois anos atrás, foi o próprio doutor Lincoln que foi o que está comandando essa operação atual. Nós somos assistentes de acusação a Prefeitura meu pedido entrou no processo como assistente de acusação, isso é muito importante a gente colocar, e nós entramos como assistente de acusação, e a questão da intervenção a Justiça solicitou a intervenção da Transvolve e eu, por iniciativa minha, fiz essa ação também na UPBUS.

Então, por parte da Prefeitura de São Paulo, o que existe é total rigor nessa questão, lembrando que isso começou lá atrás na época do PITA, foi na [00:11:00] época do PT que se instituiu a questão das cooperativas, foram feitos os contratos emergenciais nesse período todo, na gestão do Bruno fez a licitação, eu assumo tem um contrato assinado e...

Da nossa parte, fomos nós que fizemos a intervenção, fomos nós que pedimos a assistência de acusação, fomos nós que pedimos a investigação. Isso é uma coisa muito importante.

Com relação ao Pablo Marçal...

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Raquel Landim: Rapidinho, a gente não tem dúvida de que a prefeitura é alesada, de que o cidadão é a vítima quando tem envolvimento do crime organizado. Mas o senhor consegue descartar que tenha tido o consentimento ou o envolvimento de alguém da prefeitura para que isso acontecesse?

Ricardo Nunes: Olha, essa questão, Raquel, eu tenho o maior interesse de saber. Tenho falado isso de forma muito transparente. Eu estou aqui com você, Raquel Fábio e a Fabíola, que são pessoas muito ponderadas e muito coerentes que fazem um bom jornalismo, de sempre colocar a verdade.

A gente está aguardando o momento que tenha uma investigação com a contribuição com a prefeitura atuando como assistente de acusação, compartilhando informações, essa coisa toda. Não existe uma condenação, portanto uma definição uma conclusão desse processo de investigação.

Raquel Landim: As evidências são muito fortes.Mas prefeito desculpa deixa eu insistir nesse ponto, prefeito até mataram, gente.

Fábio Haddad: Prefeito, deixa eu só insistir. O senhor abriu uma investigação dentro da prefeitura, concluiu que houve participação de algum funcionário, concluiu que não há participação de ninguém dentro da prefeitura nessa questão toda. Qual a posição sobre isso? O que o senhor descobriu?

Ricardo Nunes: Fábio, o que a gente tem com relação à investigação criminal? Só para a poder separar existe a investigação administrativa, que é onde a gente tem a capacidade de atuação a capacidade de investigação criminal... E aí, você sabe bem disso, depende de quebra de sigilo telefônico bancário, que isso quem tem capacidade e competência jurídica para fazer é o Ministério Público e a Polícia Civil, que eles estão fazendo com a contribuição da prefeitura.

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Nós somos assistentes de acusação nesse processo. Nós contribuímos com os dados, com as informações para o Ministério Público. Não existe uma coisa distanciada de interesse. Existe assim, o maior interessado nesse processo todo somos nós da Prefeitura de São Paulo. Mas é só bom a gente colocar, porque as pessoas estão confundindo achando que a Prefeitura talvez tenha esse poder de quebrar sigilo telefônico, sigilo bancário, sigilo fiscal.

Essa investigação que faz com que se chegue ali... Porque esse pessoal... O candidato mas a gente sabe Eles fazem as coisas de forma...

Fabíola Cidral: Mas tem uma questão, né, candidato, que a gente vê aí, sempre quando há alguma suspeita grave, isso envolve aí uma investigação muito séria, como o senhor mesmo coloca aqui, né, um envolvimento com...

Às vezes não é melhor suspender, afastar, do que na verdade, insistir esperar a investigação para que as coisas aconteçam, quer dizer, trabalhar com empresas suspeitas, isso é um perigo, né, isso é um perigo não é um recado bom para a sociedade, né?

Ricardo Nunes: Não não, mas Fabíola, me ajude a informar quem está nos ouvindo, a diretoria está afastada, quem está hoje operando é a Prefeitura de São Paulo, eu fiz a intervenção...

Com um funcionário de carreira de 35 anos em uma das empresas, o outro funcionário de carreira de 37 na outra, e nessa intervenção tem, junto dessa intervenção um procurador, que é concursado, um auditor fiscal e um controlador. São profissionais concursados da prefeitura que compõem essa intervenção.

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Então, hoje, eu até te peço, por favor, Fabíola, me ajude a esclarecer isso. Não existe atuação dessas empresas, da direção das empresas, na gestão Quem está fazendo a gestão é a prefeitura por intervenção Essas pessoas saíram. Inclusive um dos diretores dessa empresa, ele foi recentemente preso Por quê?

Porque ele... Quando o interventor chegou lá, essa pessoa estava lá, nós comunicamos ao Ministério Público que desencadeou a sua prisão para tentar, inclusive, levar para uma conversa numa padaria do local público um dos interventores. Então, nós estamos sendo rigorosamente firmes nesse quesito. Então, eu te peço aqui, não é como candidato, é como prefeito, Fábio, por favor, espera um pouquinho.
Como prefeito, as: duas empresas não têm gestão dessas pessoas que estão sendo investigadas, elas estão afastadas. Mas acho que ficou claro esse ponto.

Fábio Haddad: Sim ficou bem claro.

Ricardo Nunes: Mas ajude confirmar.

Fábio Haddad: Sim, com certeza. Vamos falar de Cracolândia, que eu sei que é outro ponto que o senhor gosta de citar. O senhor fez várias intervenções na Cracolândia aqui no centro.

Nós tínhamos uma situação que era a cena de uso concentrada na Praça Princesa Isabel, esses usuários se espalharam pelo centro, ficaram itinerantemente se fixando em algumas ruas, hora para desespero dos moradores hora para alívio quando eles saíam. O senhor foi muito criticado por isso, mas não dá para dizer que a Cracolândia acabou muito, muito longe disso.

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O senhor pretende acabar com a Cracolândia? É possível acabar com a Cracolândia?

Ricardo Nunes: Fábio nós estamos com trabalho para chegar nessa situação. E qual é o trabalho? Hoje, nós temos em torno de 900 usuários, que a gente tem ali uma contagem diária inclusive disponibilizada publicamente para vocês, a imprensa para a sociedade, para ter essa transparência.

Lá em 2015, 2016, eram 4 mil usuários, portanto a gente teve um avanço. Eu tenho hoje mais de 2 mil usuários Tratamento dos nossos equipamentos tanto da Prefeitura como do Estado, um trabalho conjunto, um trabalho conjunto entre a prefeitura e o Estado, onde oferece tratamento para as pessoas. Então, a gente saiu de 4 mil para 900, evidentemente houve o avanço. 900 é algo aceitável? Não. Já era muito incômodo, a gente precisava fornecer equipamentos para acolhimento dessas pessoas. Paralelo a isso, a questão das ações de prisão dos traficantes, que estão acontecendo constantemente todos os dias. A gente colocou muito GCN, Polícia Civil, Polícia Militar Ministério Público Numa ação conjunta inclusive, foi preso o Léo da Favela do Moinho, junto com a Janaína da Favela do Moinho, que eram grandes traficantes, presos nessa última operação.

Foram feitos o emparedamento de vários hotéis, estacionamentos, ferro velho. Ou seja, existe um pulso forte do Estado, prefeitura egGoverno do estado, com relação à situação. Agora, tem uma coisa Fábio, que é importante no nível que a gente está tratando aqui, esse debate, de trazer para as pessoas. Mas se não me engano acho que até a Mariana já publicou isso.

O estudo da Unifesp, de que essas pessoas que ficaram lá, as que estão lá, a gente foi tratando, convencendo para tratamento, e dessas que ficaram, 59% estão há mais de cinco anos, e 37%. Há mais de 10 anos. É lógico vamos ter aqui transparência e ver os fatos como eles são. Quem está há 5, 10, 15 anos usando o crack, você vai ter uma dificuldade maior de convencimento para ir.

Mas o que tem? Se a gente sair daqui agora dessa entrevista do UOL e for para lá agora, agora a gente vai ter lá. A gente está...

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Fabíola Cidral: O candidato, a gente está com problema aí na conexão com ele, a gente está tentando... A ciência social, convencendo as pessoas... A gente está tentando aí, tentar melhorar sua conexão candidato não sei se tem alguém aí, a gente para o tempo agora que está rolando para a gente ver se a gente consegue melhorar um pouquinho a conexão com o candidato à reeleição em São Paulo Ricardo Nunes, que está oscilando muito a internet dele, e aí a gente vai tentar retomar essa internet, ele está desligando e ligando novamente para ver se a gente consegue retomar essa entrevista.

Então a gente volta em instantes, a gente volta em instantes eu posso ficar conversando aqui com a audiência, a gente volta em instantes com a retomada com a entrevista aqui com o candidato à reeleição Ricardo Nunes.

Estamos de volta aqui com a sabatina com o candidato à reeleição Ricardo Nunes, do MDB, e agora a gente retomou vamos ver se a conexão agora está melhor, está me ouvindo bem, candidato?

Ricardo Nunes: Estou ouvindo bem, Fabíola, estou bem.

Fabíola Cidral: Melhorou muito, melhorou muito. Vamos lá, o senhor estava falando, respondendo a pergunta do Fábio a respeito da Cracolândia, vamos retomar desse ponto, né e ele te pressionou até responder se vai acabar com a Cracolândia, o senhor falou que estava no caminho disso, mas a gente queria aí um compromisso o senhor pretende acabar com a Cracolândia em quatro anos?

Ricardo Nunes: Desde o primeiro dia que eu assumi a gente tem, a gente segue esse objetivo, agora como eu estava explicando, a própria pesquisa da Unifesp, a gente tem lá 59% das pessoas que ficaram lembrando eram 4 mil na época do PT, hoje tem em torno de 900%, 59% das pessoas que estão lá estão há mais de 5 anos e 37% há mais de 10 anos.

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Você tem um convencimento dessas pessoas com muito maior dificuldade. O que a gente tem? Se a gente sair daqui agora e for lá, estarão lá os agentes da saúde e da ciência social convencendo essas pessoas de irem para tratamento. Qual é o meu compromisso e do governador Tarcísio? Deixar equipamentos disponíveis para receber essas pessoas para se tratarem.

Todos os dias prender traficante e fazer a urbanização. Como a gente fez na Princesa Isabel, que aquilo era um local cheio de barraca, cheio de tráfico e hoje é um local que as famílias estão lá usando, brincando, levando as crianças, seus gatos cachorros. Virou um local para o paulistano poder usufruir.

Então, o que a gente tem é um compromisso diário, eu e o Tarcísio, a prefeitura e Estado juntos. De poder fazer aquele enfrentamento. Como eu disse, Fabíola, eram 4 mil, hoje 900, a gente vai diminuindo isso. Mas tem um prazo. De um problema de 30 anos. Eu tenho certeza de que com a nossa com a nossa energia, todos os dias trabalhando com a nossa equipe, do estado e da prefeitura, nós vamos chegar no momento em que vai resolver essa questão, Vai ser daqui um ano, dois anos, três anos.

Fabíola Cidral: 30 anos para acabar com a Cracolândia. 30 anos, é isso?

Ricardo Nunes: Não, eu falei que a Cracolândia existe há 30 anos.

Fabíola Cidral: Ah, entendi.

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Fábio Haddad: O senhor citou a operação do Ministério Público há algumas semanas e nessa operação foi apontada a existência de uma milícia Ou algo parecido com uma milícia envolvendo GCMs. Quais ações vocês tomaram depois disso? A GCM era um braço importante de ação da prefeitura aqui na Cracolândia e foi uma descoberta bastante assustadora.

Ricardo Nunes: O único que não existe milícia, Fábio. A gente precisa ter muito cuidado e cautela. Nós estamos falando de uma instituição com quase 7.500 homens e mulheres que todo dia cada um sai ali da sua casa, põe sua farda, seu armamento para defender a sociedade e não sabe se volta.

Então, com todo o respeito, eu vejo como muito irresponsável dizer que é uma milícia que é bem diferente do que acontece em outros municípios, outros stados, de você ter aquilo institucionalizado Aqui o que a gente tem?

Uma corrigidoria e o prefeito com muito pulso. Esse GCM que foi preso agora nessa operação, eu, Ricardo Nunes, pedi em junho do ano passado a prisão dele para o Ministério Público que foi negado. Eu pedi. Tem matéria na imprensa foi divulgado, amplamente divulgado. E demonstra o que? A nossa contundência de qualquer pessoa da GCM que esteja ali comprometendo a imagem positiva da instituição, que ela seja afastada e responda administrativamente e criminalmente.

Então, volto reforçar, eu pedi em junho do ano passado a prisão desse GCM ao Ministério Público Que não foi aceito, prosseguiu suas investigações e agora ele foi preso nessa operação. Então não vai ter da nossa parte nenhum tipo de aceitação com relação a gente estando participando. Deu qualquer problema, eu já afasto.

Afasto imediatamente, passo a demissão, já demiti vários guardas civis metropolitanos e defendo aqui com muita tranquilidade a instituição que está trabalhando para a sociedade. Não existe milícia, não existe milícia na Prefeitura de São Paulo, porque tem um prefeito firme e que quando tem qualquer situação que há percepção de envolvimento com crime, como eu fiz, eu mesmo peço a prisão para o Ministério Público Pena que o Ministério Público não aceitou no ano passado.

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E aconteceu agora.

Fabíola Cidral: Vamos para a educação candidato, na área de educação. A preocupação por parte dos especialistas nessa área, de algumas promessas suas, que até são um pouco vagas no programa de governo, é diante do que aconteceu nos últimos três anos. E eu queria tocar nesse ponto, por exemplo, da alfabetização, que eu acho que é um ponto bem delicado da cidade neste momento.

São Paulo estava na posição de número dois do ranking nacional de alfabetização e acabou caindo em três anos durante a sua gestão 19 posições, o que é uma vergonha para uma cidade de São Paulo. O senhor tem sido questionado muito sobre isso, alvo de ataques inclusive, de seus adversários sobre esse assunto, e o senhor sempre culpa a pandemia.

Fala que foi por causa da pandemia, que foi por causa da pandemia. Bom, então a gente traz aqui três exemplos de capitais que cresceram nesse período de pandemia e que tiveram inclusive, lockdown nesse período. Estou falando do Rio de Janeiro, de Vitória, de Goiânia. E a gente quer saber, então, candidato, qual foi a real razão para essa queda?

Aí, adversários seus apontando vários pontos, mas eu queria ouvir do senhor. Como é que o senhor justifica um resultado tão horroroso na alfabetização das crianças em São Paulo?

Ricardo Nunes: Primeiro que faltou uma leitura do que o próprio Ministério da Educação trouxe de que não é correto Vou fazer uma comparação Desses dados com os dados anteriores porque o Ministério da Educação mudou a metodologia.

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Isso o Ministério da Educação colocou para todo mundo, para nós prefeitos, para vocês, a imprensa. Então a precisa comparar aquilo que está no direcionamento do Ministério da Educação. Então, eu volto a afirmar, o Ministério da Educação traz que não é correto comparar Mas aí tem oscilações pequenas.

Fabíola Cidral: a gente está falando de 19 posições, candidato. A gente não está falando de uma oscilação aqui ou outra.

Ricardo Nunes: O Ministério da Educação orientou aos senhores jornalistas aos senhores prefeitos de que não é correto fazer uma comparação porque a metodologia foi diferente, Fabíola. Se você quiser, eu te mando aí no seu WhatsApp a orientação e a posição do Ministério da Educação Não tem problema nenhum de responder as questões.

Eu só estou falando o seguinte, não existe problema nenhum de responder as questões. A gente só precisa fazer comparação daquilo que é possível comparar.

Fabíola Cidral: Mas qual é o diagnóstico? Deixa só ele tentar falar o diagnóstico, então. Qual é o diagnóstico [00:32:00] então, senhor faz sem fazer essa comparação? Qual é o diagnóstico que o senhor faz?

Raquel Landim: Não não, não Deixa eu fazer só uma observação sobre isso. Essa comparação que o senhor está falando que não pode ser feita, eu recebi essa comparação do Todos pela Educação uma das entidades mais respeitadas de análise da educação brasileira. Eles montam uma tabela em que eles comparam o Ideb de várias capitais de 2019 a 2023.

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E ali tem as taxas de crescimento e decréscimo entre várias capitais. E a gente enxerga as capitais que caíram e as capitais que subiram. Rio de Janeiro sobe, Vitória sobe, Goiânia sobe São Paulo está entre as que caem.

Ricardo Nunes: Então aí é outra questão, Raquel. Aí é Ideb, Tudo bem. Ideb dá para a gente comparar a alfabetização, não sou eu que estou falando, gente.

Eu estou te trazendo o que o Ministério da Educação trouxe porque eles mudaram a metodologia e eles disseram que não é. Depois vai sair no FatoFake que vocês fazem o que eu estou falando. E de que não é correto fazer uma comparação porque mudou a metodologia. E deve, e deve sim. Nós estamos com 0,2% a maior na média das capitais no ensino final e estamos com 0,2% menor no ensino inicial.
Realmente a gente precisa melhorar a questão do ensino inicial.

Com relação à comparação das capitais, nós estamos 0,8 pontos acima por exemplo da cidade que é administrada pelo PSOL. Nós estamos com 5,8 e a cidade que é administrada pelo PSOL, 5. Pode conferir aí, Raquel. Estou vendo se você conferia aí.

E estamos melhores também do que a cidade, a principal cidade do país que é administrada pelo PSB. Agora, o que é muito importante nesse processo? É o que a gente conseguiu fazer de base para poder termos agora, nos próximos quatro anos, os melhores Idebs do nosso país. Por quê? Você pega evasão escolar.

A gente tem uma evasão escolar muito alta no país. Eu tinha aqui 0,95. Semana passada eu atualizei os dados, caiu para 0,7 de evasão escolar. Porque a gente fez muitas ações. O Mãe Guardiãs quando eu tratei 4 mil mães, mamães de alunos da nossa rede municipal, para elas ajudarem nessa questão da evasão.

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Porque como elas moram lá nos bairros, uma criança faltou ela é uma mãe de um aluno da escola. Ela vai e visita da casa da pessoa. Então, a gente só tem essa alegria de poder diminuir. A gente colocou tecnologia, 506 mil tablets para os alunos. Com acesso à internet, porque eu sou do pedagógico Eu fiz a valorização do piso dos professores, em 44%.

Fabíola Cidral: Desculpa interromper, o senhor está falando de coisas que o senhor fez. Eu fiz uma pergunta muito objetiva qual é o diagnóstico que o senhor tem do nosso resultado de alfabetização? É isso que eu gostaria de ouvir.

Ricardo Nunes: Eu vou responder pela terceira vez de que o Ministério da Educação, ele colocou que não é correto [00:35:00] comparar os dados da alfabetização desse ano com os anos anteriores, porque mudou a metodologia.

Então, não existe uma condição de fazer a comparação, Fabíola,

Fabíola Cidral: Então eu vou fazer a pergunta de outro jeito. Como que a gente pode melhorar a alfabetização das crianças?

Ricardo Nunes: Exatamente. Hoje, a cidade de São Paulo tem vaga de creche para todas as crianças. Todas as crianças têm vaga de creche período integral.

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Todas nossas crianças, período integral. E as crianças que passam pela creche, Fabíola, os estudos mostram Que elas vão ter 25% a mais de capacidade de assimilar o aprendizado, 25% a mais, até porque desde um dia na barriga da mamãezinha até os 7 anos, é a fase principal do desenvolvimento do cérebro pela praticidade, a questão inclusive cognitiva.

As nossas creches têm 5 refeições pedagogas o salário das nossas professoras da rede conveniada saiu de R.800 para R.540, então eu fiz essa valorização, instituiu o prêmio para a nossa rede parceira de [00:36:00] R$.000 para todos, desde que tenha assiduidade, ou seja, a gente ampliou bastante o nosso recurso o nosso investimento na educação que os resultados serão muito positivos por conta de toda essa infraestrutura que a gente conseguiu colocar, pela saúde financeira que a gente conseguiu da cidade.

Fábio Haddad: Perfeito deixa eu aproveitar esse seu mote e fazer uma pergunta um pouco mais direta. Os dados do MEC hoje são de que a cidade de São Paulo tem 38% de crianças alfabetizadas na idade correta. O seu plano de governo cita, ataca esse problema, mas não dá prazo, não dá qual a meta. Qual a sua meta?

Quantos por cento de crianças alfabetizadas na idade certa na cidade de São Paulo nós teremos ao final do seu segundo mandato, caso o senhor seja eleito?

Ricardo Nunes: Eu vou pegar um dado então, Flávio, pra gente poder ter aqui um comparativo. Na gestão do PT, eles acabaram suspendendo a realização da Provinha São Paulo.

Não sei se vocês têm conhecimento, nós retomamos a provinha. Os nossos resultados da Provinha, a gente foi pra 89%. 89%. Nossa meta é chegar em 95%. Então a gente já tem um índice pela Provinha São Paulo que tem... Toda a credibilidade como tem do Ministério da Educação eu só estou falando o seguinte, o Ministério da Educação gente, é bom, não é ruim eu não estou criticando, eu só estou colocando que mudaram a metodologia e o próprio Ministério pediu que não fosse coerente fazer uma comparação por mudança de tecnologia, só isso não achar que eu estou fazendo alguma crítica ao Ministério da Educação, não é isso

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Raquel Landim: O Fábio agora tem dado muito objetivo, prefeito o dado da alfabetização do momento ele não está nem fazendo comparação e a comparação era do índice do Ideb, do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que mostra o quanto São Paulo caiu então acho que a gente pode sair dessa questão de, ah, comparou não comparou e etc, porque é objetivo, a educação em São Paulo [piorou, mas prossiga.

Ricardo Nunes: Não, não piorou Raquel, não piorou e nós não estamos falando de coisas distintas Ideb é uma coisa E a questão do índice de alfabetização é outra coisa.Então, se você puder, por favor, porque o que eu estou falando aqui com vocês é para muitas pessoas que estão falando com o prefeito de São Paulo. A gente precisa trazer as informações corretas. Eu estou falando de três coisas distintas.

A questão da alfabetização é uma coisa que a Fabíola trouxe. A questão do Ideb é outra questão.
E a questão da provinha em São Paulo é uma outra questão que eu estou respondendo ao Fábio, que ele concordou comigo que existe essa questão do Ministério da Educação que mudou a metodologia.

Eu estou colocando os dados porque ele me perguntou qual é o dado e qual que é para os próximos quatro anos. O dado hoje é o de 89% da provinha em São Paulo que nós realizamos, que havia sido suspensa na gestão do PT.
A gente retomou e a nossa meta é 95% para o próximo mandato.

Fabíola Cidral: 95% das crianças alfabetizadas, é isso. Vai lá Raquel.

Raquel Landim: Eu queria perguntar das creches, o senhor sempre diz que São Paulo não tem fila para creche. Nos últimos quatro anos eu conversei com os especialistas da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, que são especialistas na primeira infância, e eles me disseram que pelos critérios da Prefeitura de São Paulo, se uma família, por exemplo desiste da vaga, porque ela mora muito longe da vaga onde foi oferecida a creche para aquela criança e não tem condições de levar aquela criança até a creche, ela sai da fila o senhor acha esse critério justo?

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Não é uma forma de diminuir essa fila?

Ricardo Nunes: Existe esse critério, o que existe foi que eu instituí o BabyTag, a gente não tinha, por exemplo, o transporte escolar gratuito para os bebês. Eu instituí, e que os bebês que moram na creche com uma distância de até 1,5 se ela estiver acima de 1,5, a gente faz o transporte gratuito da criança que não tinha.

E para todas as crianças, que é o antes, a gente fazia o transporte gratuito para quem morava acima de 2 km, para usar o transporte gratuito. A gente reduziu para 1,5 km e instituímos o BabyTag. A gente tem creche para todo mundo, esse é um tema que pode ser o instituto que for, nós temos creche para todas as crianças e vou fazer agora na próxima gestão, o Mamãe Tarifa Zero.

Como eu fiz o Domingão Tarifa Zero, a nossa próxima etapa é o Mamãe Tarifa Zero. As mamães que têm criança nas nossas creches, que recebem 5 refeições por dia, feita por nutricionistas, que são pedagogas que cuidam, que tem todo um cuidado, a gente tem um orgulho enorme disso. Por conta disso que eu falei da alfabetização, de poder assimilar o aprendizado, a gente vai poder ter alunos melhores do que os que passam por creche, eles vão ter uma capacidade maior de assimilar o aprendizado, então a gente hoje tem um grande avanço.

No país que tem uma quantidade muito grande de crianças sem creche, e, do que tem, metade não é período integral, e aqui a gente tem atendimento 100%, e 100% período integral, então a gente pode se orgulhar bastante disso, Não existe nada ao contrário do que todo mundo, toda mamãezinha, e tem mais, Raquel no programa Mãe Paulistana, ela escolhe a creche sabe quando?

No quarto mês de gravidez. Ela está fazendo o pré-natal com a gente, vai ter o seu enxoval, quando nasceu fez o teste do pezinho, que é para detectar nove doenças, aqui são 50 doenças. Ela vai ter todo o cuidado, recebe o transporte para ir fazer os seus exames e no quarto mês ela já escolhe qual é a creche que o seu filho vai ficar quando nascer.

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Então houve um grande avanço na primeiríssima infância, na primeira infância na cidade de São Paulo e é o que eu quero continuar fazendo nos próximos quatro anos.

Fabíola Cidral: A gente já vai passar para o transporte. Eu só queria fazer uma pergunta muito objetiva, porque eu acho muito preocupante quando a gente não olha o nosso problema real.

Por exemplo, você pode sair e conversar com qualquer especialista na área de educação ou até mesmo professor, e eles são bem críticos, assim de 0 a 10, assim, qual é a nota que o senhor dá para hoje a educação da rede municipal, assim? Porque se a gente não consegue enxergar às vezes, aonde está o problema, como que a gente vai poder melhorar isso, né?

Há uma crítica a educação pública como um todo no Brasil, né, há crítica. Agora, o senhor aqui, quando o senhor fala parece que está a mil maravilhas, né? A gente pega os números para trazer as provas o senhor está rebatendo mas assim, de 0 a 10, qual é a nota que o senhor dá para a educação em São Paulo?

Ricardo Nunes: Eu só não dou 10 porque eu tenho que estar o tempo inteiro, eu e minha equipe buscando uma melhora.

Eu daria 9,5 para a gente ficar sempre buscando a melhora. Não reconhecer que a cidade de São Paulo, com 12 milhões de habitantes... Tem crédito para todas as crianças, que em novembro e dezembro eu dou o cartão por R 950,00 para comprar o material, o uniforme escolar, que a gente fez a validação dos professores, que nós temos transporte escolar gratuito, que nas férias eu dei a cesta básica para 400 mil alunos, que nas férias a gente abriu os [00:43:00] polos de alimentação para atividades culturais.

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Fabíola Cidral: O senhor respondeu, 9,5 é a sua nota, eu acho que é importante aqui, fica para o eleitor também. Vamos para transporte, Fábio, que tem muita coisa importante no transporte mobilidade.

Fábio Haddad: Vamos, vamos acelerar, tem muito assunto para a gente falar. Prefeito, no seu plano de metas atual, o senhor fala em viabilizar não é construir, não é entregar, é viabilizar 40 quilômetros de corredores até o fim do seu mandato que encerra em dezembro.

Dessa promessa, o senhor efetivamente, segundo dados da própria prefeitura, construiu, entregou e estão funcionando 4,1 quilômetros que é o corredor Itaquera Líder. Menos de 10% dentro dessa promessa de 40 quilômetros. Segundo especialistas prefeito, uma parte do problema ali, ou uma visão que eles têm, é de que o dinheiro que deveria ser para corredores está indo para outras coisas e não se está dando prioridade para essa modalidade de obra.

Por que o senhor não concluiu, não vai concluir esses corredores? E como é que o senhor pretende que a população acredite no seu plano de governo, quando o senhor diz que vai entregar oito corredores que já estão em obras e mais seis novos em quatro anos?

Ricardo Nunes: Estava no plano de beta 40 de corredores. Hoje, eu tenho em obras 80 quilômetros. Se quiser, eu te falo aqui cada um e quantos quilômetros. Dou uns exemplos aqui. Corredor Imirim, Amador Bueno, Itapcirica, Interlagos, o Itaqueralita, que a já entregou, BRT Radial Leste, Sotelha Estação, antes do BRT, e Aricanduva, na ponte Interlagos, a extensão da Teutônio Vilela, que vai até a estrada do Jaceguava, Raimundo Pereira de Magalhães, que eu retomei a obra da Ponte Espírito Balape toda, Raimundo Pereira de Magalhães, 600 quilômetros, terão os corredores Chucre Zaidan, que eu retomei que terá o corredor.

Ali no Capão Redondo, onde eu vou fazer a extensão da Carlos Fadeira Filho até a M'Boi Mirim, também com o corredor que vai beirar ali o córrego dos Brancos. Então, falar em obra comigo, aí vai ser bem difícil, viu. Porque eu vou entregar 7 mil obras, nunca ninguém entregou a quantidade de obras que eu entreguei.

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Agora você sabe qual foi a burocracia que a gente teve com relação à tramitação, né? Vamos pegar um caso aqui, Corredor Interlagos. Um ano e pouco, com o Tribunal de Contas dando as suas contribuições para a gente poder fazer a licitação. Os terminais que era o meu grande sonho de fazer as PPPs dos terminais, eu consegui fazer do lote sul...

Do lote norte e oeste, não consegui fazer do lote leste, se você entrar no banheiro dos terminais que eu fiz a PPP você não sabe se você está entrando no banheiro de um shopping ou de um banheiro de um terminal, tal é a qualidade, da leste infelizmente não consegui porque houve uma visão diferente do Tribunal de Contas com aquilo que a gente imaginou.

Vamos soltar agora, tudo bem, mas nós tivemos essas questões de prazos que foram tendo que ser adequados por conta das exigências daquilo que a gente vive da burocracia, que eu sempre tenho falado, a gente já falou isso, já falei com a Raquel, falei com a Fabíola, com todos, precisa criar um processo de ter mais serenidade nas coisas, porque quem perde é população, a população perde BRT.

E a radial Leste tem mais de um ano para poder licitar. Agora que eu licitei, dei ordem de início, mais de um ano, o Smart Sampa um ano e meio para conseguir fazer a licitação. Então, infelizmente, a gente tem esses problemas de demora da burocracia, mas a nível de obras, da expansão daquilo que a gente está fazendo. Retomei agora, ontem, o túnel Sena Madureira, vai ser fantástico, fiz a venda de Sepax para poder fazer extensão da Roberto Marinho.

Raquel Landim: São muitas obras que o senhor está dizendo que foram tocadas e agora estão sendo tocadas em véspera de eleição, o que ajuda a aumentar a sua popularidade. Deixa eu só pontuar, são muitas obras que estão sendo tocadas ajuda a aumentar a sua popularidade, mas o ponto é que poucas coisas foram entregues como o senhor prometeu lá atrás, e aí o que a gente está questionando é o que garante para o eleitor que essas promessas vão virar realidade daqui a quatro anos.

Ricardo Nunes: Eu te adoro, mas falar que foram poucos que eu entreguei só de Upas. Sabe quantas?

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Raquel Landim: A gente só está colocando os dados

Ricardo Nunes: Não, Raquel, você está colocando o dado errado. Desculpe mas é o dado errado. Eu vou entregar 7 mil obras. A maioria das obras foi no ano de 2021, 22, 23. O número muito menor agora em 24.

Olha, de obras, 15 milhões de metros quadrados. Dá 4.200 quilômetros. Dá para sair daqui até Salvador, voltar e ir de novo.

Fábio Haddad: Mas se gente falar de corredor, prefeito, de corredor especificamente foram 4 quilômetros. Eu estou com o plano de metas aberto do senhor nesse momento. A meta 46, viabilizar 40 quilômetros, foram cumpridos 6,8.O senhor viabilizou 6,8. Desses 6,8, o senhor entregou, estão entregues. Se o morador for lá na rua agora, sair de casa e olhar, ele vai encontrar 4 quilômetros nesse corredor que eu citei. Esse dado é o da própria prefeitura.

Ricardo Nunes: Fábio, viabilizar. Quando eu estou com não 40 mas 80 quilômetros em obras, ele está viabilizado ou não?

Fábio Haddad: Bom, o seu plano de metas aponta 6,8. É o que diz o seu plano de metas.

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Ricardo Nunes: Mas, Fabio, viabilizar 40. Eu estou te garantindo que eu tenho 80 em obras. Ele está viabilizado porque quando eu estou em obras, eu tirei o licenciamento, eu passei por todos os órgãos, eu entenhei e ele está em obras. Eu vou te dizer aqui, ó, Imirim, Amador Bueno, Interlagos, Itapecirica, Teutônio Vilela, que a gente está fazendo aquela parte, Raimundo Pereira de Magalhães, tudo isso está em obra.

Fábio Haddad: São os oito que o senhor cita que vai entregar que já estão em obras no seu plano de governo.

Ricardo Nunes: Viabilizado, eles já estão em obras. Então, está 40, eu [00:49:00] fazendo 80.
Aí tem corredor Corredor estava previsto 50, eu estou fazendo 50 e poucos. Você pega, por exemplo, Guarati Metropolitano estava previsto 1.000, eu coloquei 2.000. Vila Reencontro, não tinha nenhum. Entreguei 10 Vilas Reencontro. Armazém Solidário não tinha nenhum. Entreguei 5. Tinha mil obras no plano de metas, eu tô entregando 7.000. 7.000 quando vocês falarem comigo não pega mais plano de meta porque não eu entreguei eu tô entregando muito mais muito mais.

Raquel, só deixa eu falar uma coisa, por favor, você falou assim tá entregando agora, é ano de eleição, No começo, assim, justiça comigo, só de UPA eu entreguei 1, eu entregarei quatro agora mais este ano, até o final do ano mais quatro e vou entregar oito, opa, 18, Se você quiser, eu cito uma por uma aqui, quais foram todas. Centro de dor crônica, não tinha nenhum, entreguei seis.

Fabíola Cidral: Mas a gente está falando de transporte, a Raquel tem uma pergunta de transporte, vamos lá, depois a gente muda de assunto.

Raquel Landim: Interessa a todo paulistano que usa esse modal de transporte é importante. A tarifa está congelada desde 2020 em 4,40. O senhor já disse que não vai reajustar, mas o subsídio também já está em valor recorde já está passando de 5 bilhões de reais.

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Eu queria saber se o senhor vai manter congelado durante todo o seu mandato, caso o senhor seja reeleito, e se isso é fiscalmente responsável.

Ricardo Nunes: Da minha parte você sabe muito bem que você nunca vai ter o tal do M da mentira do mentiroso lá que fala que vai fazer um monte de coisa que não vai fazer, que é um mentiroso uma pessoa irresponsável.

Então, a delinquência dele agora transcende para a eleição, mentindo para as pessoas. Da minha parte sempre vai ter a verdade. Eu vou chegar no final do ano, vamos fazer a avaliação do dissídio, do aumento do diesel, da questão da arrecadação para a gente definir a questão de tarifa. O que eu tenho falado?

Eu só reduzi impostos, acabei com taxas, mantive... Eu sou o único prefeito que manteve a tarifa durante quatro anos sem correção e com a cidade com a responsabilidade fiscal, sem abrir mão de responsabilidade fiscal. Até porque nós precisamos ver essa questão do transporte, Raquel, não só do ponto de vista tarifário, mas do ponto de vista da política de mobilidade.

Eu tinha 9 milhões de passageiros em 2019, hoje eu tenho 7 milhões de passageiros. Diminuiu a arrecadação. E dessa questão do subsídio, é muito importante a gente poder compartilhar aqui para os nossos ouvintes do UOL, de que 750 milhões... Vai para poder pagar a gratuidade do idoso, 450 milhões do estudante, 250 milhões da pessoa com deficiência.

Óbvio, estou falando aqui, Fabíola, Fábio, Raquel, em números redondos, mas só para ter uma ideia, então é a prefeitura que deve arcar com a sua gratuidade, como é o estado que arca com a gratuidade do metrô. E a gente manteve essa questão da tarifa até para atrair mais passageiros, porque a gente precisa incentivar o transporte coletivo e desincentivar o transporte individual.

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Agora, na mobilidade, a gente está fazendo uma grande ação, estamos trocando os ônibus a diesel por ônibus elétrico, mantendo a tarifa, ampliando a questão de corredores.

Raquel Landim: Só uma questão mais objetiva, a minha pergunta foi se o senhor vai manter congelado durante os próximos quatro anos e se é fiscalmente responsável, se a prefeitura tem orçamento para isso.

Ricardo Nunes: Sim, olha, sempre da minha parte, até porque a minha grande expertise é na área de finanças, eu sempre atuei com a responsabilidade fiscal, nunca vou atuar de forma nenhuma com alguma mentira aqui responsável de falar aquilo que não é possível fazer. E a ideia é que a gente possa manter, eu não tenho como falar que eu não vou subir, a minha ideia, eu tenho demonstrado no quarto ano que eu estou governando a cidade, que eu mantenho as tarifas congeladas eu reduzo impostos é a minha forma de governar.

Agora, falar que eu vou manter sem aumento para frente, eu não posso garantir isso, é a minha intenção garantir eu não posso porque vai depender de inflação. Se tiver uma explosão de diesel, como é que faz? Eu vou ficar como mentiroso? Não posso. Mas acho que o que vale mais nesse momento, Raquel, é a forma como a gente administra com responsabilidade fiscal, fazendo aquilo que é possível e diminuindo impostos e diminuindo o que então? A aquilo que é possível para as pessoas que vivem trabalham e moram em São Paulo.

Fabíola Cidral: Vamos para a saúde candidato. Na saúde também tem muita coisa importante para a gente tratar a preocupação do paulistano com a saúde. Essa fila de 500 mil pessoas para exame, isso é falado a todo momento, as pessoas tocam muito nesse número que assusta. O que explica esse número?

Ricardo Nunes: Nós não temos fila de exame só no setor público, no privado também tem, Fabíola.
O que a gente fez no ano passado, para você ter ideia, nós fizemos 70 milhões. 70 milhões de exames, é um volume que nunca houve. Eu saí do orçamento da saúde em 2016 de 10 bilhões para 20 bilhões, ampliamos os equipamentos de saúde, a gente está dando celeridade nesses processos, abriu um centro de alta tecnologia oncológica, demos o nome do Bruno Covas.

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Fabíola Cidral: Candidato, mas o que explica a fila que o senhor está falando aí, como explicar para a pessoa que está na fila?

Ricardo Nunes: Eu já havia falado, você teve na pandemia, não só na cidade de São Paulo, mas em todas as cidades do Brasil e todos os estados um aumento da fila tanto de cirurgia eletiva, de exames por conta da questão da pandemia, colocou-se todos os equipamentos para cuidar da pandemia, e agora o que eu estou fazendo?

Estou dando uma celeridade com relação a esse tema, tanto é que eu te trouxe aqui esse dado importante. No ano passado.eu fiz 70 milhões de exames, foram 30 milhões de consultas. Nós tínhamos, anos atrás, 4,8 milhões pessoas que usavam o serviço de saúde pública. Hoje são 5,8 milhões de pessoas que usam.

E pelo quarto ano consecutivo o Datafolha dá que a população de São Paulo avalia a saúde como um dos melhores serviços. Sempre era Poupatempo, Bom Prato. Quarto ano consecutivo, a gente tem a alegria de o Datafolha trazer como um reconhecimento da população a saúde.

E essas ações estão acontecendo com investimento, a gente está ampliando. Nós temos 17 hospital- dia, Fabiola. Por que hospital dia? Porque só funciona de dia. Dos 17, eu transformei 12 em 24 horas.
Porque a noite faz o quê? Cirurgias exames o tempo inteiro. Nas nossas UPAs que eu estou abrindo eu já estou colocando no laboratório dentro, em vez da pessoa... Ter que mandar o material para fora para fazer exame e voltar, já estou fazendo com o laboratório dentro.

Então, o que a gente tem de concreto? Existe a fila existe, mas ela está fluindo com um grande investimento com as ações que a gente está tomando aqui na cidade.

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Raquel Landim: Prefeito, a prefeitura fez uma parceria com a UFMG, a Universidade Federal de Minas Gerais, para apoiar o desenvolvimento de uma vacina contra a dependência de cocaína e crack. Os especialistas têm dúvidas se vacina é ou não é a melhor forma de lidar com esse problema, mas o que eu queria saber é o seguinte, se funcionar, o senhor vai obrigatoriamente fazer uma vacinação compulsória dos usuários na cracolândia?

Ricardo Nunes: Não nem poderia, eu não posso nem fazer internação compulsória, eu acho que era importante a internação compulsória para pessoas que estão lá tantos anos, estão acabando com as suas vidas. Mas jamais fazer a vacinação compulsória, nem poderia fazer, nem teria como fazer. Agora a gente está apoiando o desenvolvimento dessa vacina, eu acho que...

Raquel Landim: Mas então como é que funcionaria isso? Como que levaria as vacinas para essas pessoas dependentes?

Ricardo Nunes: Ali a gente vai ter que fazer o convencimento, né, Raquel? A gente vai ter fazer o convencimento, o que nossas equipes têm feito lá. Nós fizemos, eu criei mais um serviço que é o centro de tratamento prolongado para as pessoas dependentes, a gente abriu o hospital, o hospital Cantareira para receber só pessoas dependentes, o Tarcísio abriu mais vagas no hospital para pessoas dependentes, a gente está...

Eu ampliei os CAPs CAPs AD, álcool e drogas, hoje nós temos 103 CAPs na cidade, 35 deles para álcool e drogas. Então os trabalhos que a gente tem feito com relação ao recebimento dessas pessoas e passarem no centro que é teatro, é o convencimento, não existe uma outra alternativa a não ser você sufocar o crime para não ter tanta droga ali sendo disponibilizada e convencer a ir para o tratamento e deixar à disposição.

Porque se o médico, as pessoas falam, é a favor da internação compulsória, o prefeito não pode fazer internação compulsória, eu sou a favor de que o médico, definindo a internação compulsória, eles quase não fazem isso, eu vou dar ali os leitos para as pessoas serem internadas, porque eu vou lá, Raquel, eu vejo a dor daquelas pessoas, eu vou lá, eu converso com as pessoas, tem gente ali que não tem jeito, se você não pegar e tratar, ele já está tão consumido pela droga que ele vai estar ali entregando a sua vida, então se tiver a determinação médica que o está previsto na lei, aliás o médico, quando ele determina a internação compulsória, ainda precisa ser validada pelo juiz.

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Nem o médico sozinho pode determinar a internação compulsória, então se for uma vacina, só o médico validado pelo juiz. Se houver essa decisão do médico e de juiz, evidentemente a gente vai dar todo o apoio. Vamos atacar juntos aqui do outro ponto que é bastante criticado sobre a saúde pública aqui de São Paulo, que é a desigualdade dentro do próprio sistema municipal de saúde.

Os moradores da Vila Sônia, por exemplo, esperam em média 4 dias para uma consulta de atenção primária. Dados da prefeitura em Cidade Líder e Campo Grande, por exemplo, já dá 39 dias de espera. É um abismo, uma cidade muito desigual no atendimento à saúde. O seu plano de governo não ataca esse ponto, é um tanto genérico, não apresenta metas não apresenta prazos.

Fábio Haddad: O que o senhor pode dizer para a população de São Paulo, para o eleitor de São Paulo, que vai fazer para diminuir esse cenário, esse abismo entre as regiões?

Ricardo Nunes: Olha, Fábio, a população de São Paulo já sabe que a gente está avançando e vamos continuar avançando. Eu sou o único candidato que as pessoas sabem que já fez, os outros só criticam porque nunca fizeram nada.

E eu já dei provas que fiz. Paraileiros não tinha UPA, está lá a UPA. A gente não tinha UPA na cidade de Tiradentes, tem lá a UPA. Lá no sítio de Jaraguá, entreguei a UPA. Já estou construindo a segunda lá na cidade de Tiradentes. Eu entreguei a UPA do Carrão, que não tinha. A gente entregou a UPA da Moca. Ou enfim, nós estamos ampliando os equipamentos.

Hospitais... Eu gosto sempre de fazer uma colocação para as pessoas poderem memorizar com facilidade. Desde 1554, fundação da cidade de São Paulo até 2020, 466 anos, foram feitos 20 hospitais. Hoje tem 30. Brunião tem 10 novos hospitais Centro de Dor Crônica, aos UBS, temos 474 UBS. A gente foi ampliando a nossa rede.

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Então, é importante que a gente tenha essa percepção de que a gente tinha um vácuo muito grande, muito grande de equipamentos de pessoas. Olha, Fabio, deixa eu te falar uma coisa. Até 2016, tinham 81 mil colaboradores da saúde. Hoje tem 118 mil. 118 mil.

Fábio Haddad: Mas prefeito, só uma ponderação. O senhor, assumindo um novo cargo, caso seja eleito, o senhor assume um cenário que está dado, de grande desafio de grande diversidade. Como resolver isso? O que o senhor vai fazer em quatro anos? É aumentar o número de UBS? Quantas Onde?

Ricardo Nunes: Nós vamos aumentar. A gente vai ter um equipamento 24 horas em cada um dos distritos. Nós temos 96 distritos. Equipamento que às vezes, já funciona, eu vou transformar em 24 horas. Acho que é muito importante essa coisa de ter o equipamento em 24 horas Para as pessoas.

A questão das UBSs nós vamos ampliar as UBSs hoje como eu falei para você, tem 474, nós vamos chegar em 490 UBSs As UPAs a gente vai ampliar as UPAs e com qualidade. Eu já entrego oito ano que vem, a gente vai ter mais 20 UPAs na cidade. Os hospitais, eu dei início de obra agora no Hospital Sorocabana, 252 milhões de reais, nós vamos ter ali 250 leitos no Hospital Sorocabana, que já deu início de obras.

Estou fazendo os nossos hospitais aí que é importante. Não é só a gente pegar e fazer ampliação de equipamento, é pegar o que já tem, requalificar, melhorar e a gente poder ampliar o número de leitos, porque eu já tenho ali um hospital. Eu estou com quatro hospitais que eu estou dando início de obra agora para fazer ampliação e reforma E melhora na sua qualidade de atendimento.

Ou seja, que a gente tenha a saúde avançando, até porque a saúde financeira da cidade foi cuidada, é fundamental. Tem uma coisa importante, Fábio, quando a gente abre uma UPA, custa 10 milhões para construir. 10 milhões eu construo uma UPA, na média. O custeio, 5 milhões por mês. Uma UPA custa 5 milhões por mês.

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Então, é importante que a gente trate de forma paralela de forma responsável, a questão da saúde financeira. Porque quando você abre um equipamento desse, você pega esse centro que eu te falei agora há pouco, que eu abri, o Centro de Tratamento Oncológico Bruno Covas. 37 milhões por mês. 10 mil consultas, 4 mil exames, 400 cirurgias Lá tem robô, tem PET scan, tudo que tem nos hospitais mais chiques.

Mas as pessoas precisam saber, a gente só consegue fazer isso se o prefeito, e que é meu caso, que eu estou comprovando estou comprovando. Que eu tenho capacidade, porque eu já estou fazendo, capacidade de aumentar a arrecadação, de trazer recursos e manter os equipamentos. Eu tenho muita preocupação de uma irresponsabilidade fechar equipamento de saúde nosso.

Raquel Landim: Prefeito. Eu queria fazer uma pergunta para o senhor sobre uma polêmica que surgiu no primeiro debate entre os candidatos, que o senhor não respondeu e depois também a prefeitura soltou uma nota muito evasiva. Então, eu queria dar oportunidade para o senhor para esclarecer. No dia 6 de janeiro o senhor fez uma endoscopia e uma colonoscopia no Hospital Municipal de Santo Amaro. O senhor furou a fila dos exames ou o senhor agendou previamente?

Ricardo Nunes: Não existe furar fila, não foi o primeiro exame que eu fiz, eu já tinha feito. Uma coisa muito positiva Raquel, quando você tem um prefeito, porque eu tenho meu plano de saúde, Mas eu ando de ônibus eu vou comer lá nos serviços que eu faço na periferia, que eu tenho o maior programa de segurança alimentar, que foi reconhecido pela ONU.

Quando eu vou fazer um exame no hospital, não é para forjar ou para se beneficiar, é como prefeito ver como está a qualidade do serviço. Eu não tenho plano de saúde, eu posso te mandar. Não tem o menor sentido as pessoas acharem que eu vou querer furar qualquer coisa. Eu não preciso furar eu vou em qualquer hospital e faço. O que quero com o prefeito é ver o serviço.

Raquel Landim: Eu não estou questionando que o senhor esteja indo lá para testar a qualidade do serviço, mas como a gente acabou de falar, a fila de exames em São Paulo é muito grande. A gente tem os dados aqui, ela chega a 500 mil pessoas. Por isso a minha pergunta, o senhor agendou previamente ou o senhor furou a fila?

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Ricardo Nunes: Lógico que eu fiz o agendamento, lógico que a gente... É como furar fila, Raquel? Furar fila é quando alguém se beneficia para ter alguma situação de benefício próprio. Eu estou no exercício da minha função. Queria eu que todos os agentes públicos prefeitos, usassem o serviço para saber se é bom. Quando eu chego lá, que eu pego...

Fabíola Cidral: Prefeito, não fica ofendido com a pergunta, porque ela é muito objetiva. Não, mas... Marcou marcou, está tudo certo. O senhor está falando que marcou, marcou. Vamos mudar de tema, vamos para a habitação?

Ricardo Nunes: Mas eu não me ofendi, Fabíola, só estou colocando... Eu não me ofendi. Eu só estou colocando para a Raquel que é algo importante ter um prefeito que vá lá e use o serviço. Eu só estou colocando o seguinte, como eu vou lá e faço meus exames no serviço público da prefeitura para testar a qualidade, eu também pego ônibus Eu também pego ônibus de surpresa para ver como é está.

Eu vou lá comendo um serviço. Agora, eu não vou lá comendo uma creche para me beneficiar, para ter um prato de comida para ver se está bom. Eu e o Suplicy, Fabiola, eu e o Suplicy, outro dia fomos comer em uma escola, sabia? Eu e o Suplicy.

Fabíola Cidral: Daí deveria ser o todo dia, né, candidato? Acho que a gente nem tem que ficar, olha, eu ando de ônibus eu ando de bicicleta eu ando de ônibus ando a pé. A gente tem que ficar, eu acho, enfim. Mas vamos embora vamos falar sobre habitação Então Raquel comece contigo.

[01:06:39] Raquel Landim: Vamos lá, Fabi. Deixa eu pegar aqui o nosso roteirinho. Me dá só um minuto. Eu...

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[01:06:45] Fabíola Cidral: tenho aqui, vamos embora. Seguinte, candidato, hoje... Não, não pode deixar tudo. Achou achou, vamos embora, vamos embora.

[01:06:53] Raquel Landim: Candidato hoje nós temos 220 mil famílias que estão recebendo um cheque mensal de R$ 400. Eu estava só pegando o roteirinho para ter os números exatos.

Tá, esse valor não é reajustado desde 2015, portanto são quase 10 anos. Eu sei que é um complemento mas R$ 400 não dá para alugar nada em praticamente nenhum lugar de São Paulo. A minha pergunta é se o senhor pretende reajustar esse valor, porque o senhor não faz menção a esse reajuste no seu plano de governo.

Ricardo Nunes: Não, não.

Raquel Landim: Por quê? O senhor acha que o valor está adequado?

Ricardo Nunes: Não, porque o que eu fiz é aumentei para quem estava em área de risco para R$ 600, e quem está em área de risco eu tenho que tirar aquela pessoa de alé Eu aprovei uma lei onde também me possibilita fazer a indenização para quem tem área de risco para aquela pessoa sair da área de risco e não colocar sua vida em risco.

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O que eu estou fazendo é o maior programa habitacional da história da cidade. Eu vou zerar essas 20, não é 20 mil, são 21 mil famílias. Porque as entregas que eu fazendo de habitação estão atendendo grande parte, essa fila das pessoas que estão no auxílio aluguel. Então, eu tenho o atendimento da minha fila de Coab, a prioridade são a fila das pessoas que estão no auxílio aluguel.

Eu entreguei chave, Raquel, para a pessoa que está há 30 anos recebendo auxílio aluguel. Entreguei a chave agora. Então, eu quero pegar o recurso e investir na habitação para a gente não ficar com essa lista sendo toda vez... Reclama candidato.

Fabíola Cidral: O que o pessoal reclama é fala assim, dá uma olhada aí no Zap, no Quinto Andar, onde você consegue um aluguel de R$400 por mês em São Paulo.

Ricardo Nunes: Não é aluguel, é auxílio, Fabiola. É auxílio aluguel. Não é um aluguel, é um auxílio aluguel. Agora o que importante, não adianta eu dar ali um aluguel, porque o aluguel é o dinheiro que some. Se tem uma coisa que eu cuido da cidade muito bem é a questão das finanças. Então, o aluguel vai embora. Dinheiro perdido Perdido.

Quando eu dou celeridade na política habitacional, aliás vocês precisam ver quando a gente vai fazer essas histórias que a gente escuta, a pessoa está lá um tempão, não vai fazer diferença se é 400, se é 600, se é mil, porque ela não vai conseguir com isso ter a sua independência. O que vai fazer ela ter a sua independência é...
A política habitacional que eu estou fazendo...

Fábio Haddad: Vamos falar disso então, prefeito. Vamos falar de entrega de moradia. No seu programa pode entrar, que é um dos seus carros-chefes aí na campanha.

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Tem uma crítica a ele que é o seguinte, ele é um programa voltado para as pessoas mais pobres, o senhor me corrige se eu estiver equivocado, mas é de zero a três salários mínimos de renda familiar, e essas pessoas são de fato as que o grosso do déficit habitacional da cidade de São Paulo são justamente essas famílias que são muito pobres e que de fato têm muita dificuldade para conseguir comprar qualquer imóvel na cidade, ou alugar ou qualquer coisa do tipo.

A crítica é, esse programa pode entrar? Tem um impacto dentro do conjunto de habitações que o senhor pretende entregar pequeno, 4.700 moradias Não teria que ter um impacto maior dentro justamente desse grupo que deveria ser o prioritário, deveria ser o foco central da política habitacional, essas pessoas justamente as mais pobres?

Ricardo Nunes: Olha, tem uma questão importante para a gente colocar, a política habitacional não pode ser vista só do ponto de vista daquilo que o poder público faz, tem que ter o privado provendo política habitacional também. Porque quando você faz o provimento de política habitacional para quem ganha até três salários mínimos que é a HIS1 Habitação de Interesse Social 1, ou a HIS2, para quem ganha até seis salários mínimos, você vai vender esses apartamentos porque o pódio de entrada não é de graça, a pessoa paga 15% da sua renda.

Não estamos aqui para ficar dando peixe para ninguém, estamos aqui para dar vara para as pessoas e para poder ter o recurso e dar continuidade esse processo e não ficar torrando dinheiro em auxílio aluguel porque dá o provimento, a pessoa trabalha Geração de emprego e renda, ela vai trabalhar, vai pagar ali a sua parcela 15%.

Se ela ganhar R$ mil, ela vai pagar R$ 300 por mês. Então, é isso que a gente entende e defende. Quando a gente deu celeridade na revisão da lei de jornamento, no plano diretor, liberei os PILs, adequamos as legislações urbanísticas demos celeridade nesse processo, o privado está provendo muita habitação de interesse social.

Só de janeiro até dezembro de 2021, eu não tenho o dado atualizado agora, 24, mas até dezembro de 2021, foram 401 mil unidades de HIS1, HIS2, HMP que foram aprovadas na Secretaria de Licenciamento. Olha como a gente trouxe para a cidade... O privado fazendo habitação para vender para quem é mais pobre daquela sua faixa que cabe no seu salário e aí a gente vai fazendo o pode entrar que é uma inovação no programa habitacional, muito melhor do que qualquer um que tem no nosso país eu vou assinar agora mais 10 mil aquisições do pode entrar, então eu só não peguei a sua pergunta dos 4 mil, o que seria os 4 mil que você falou?

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Fábio Haddad: São 49 mil moradias, não é isso?

Ricardo Nunes: que eu vou entregar até o final do ano 72 mil entre as entregues as que estão em construção e já contratadas contratadas porque eu já contrato e eu já chamo pessoa que está lá no Silo Aluguel, que está lá na fila da Coab e já entrego para ela o documento já estou iniciando a obra, está contratado o seu apartamento vai ser tal você pode vir visitar aqui o seu sonho o stand, acompanhar a obra Então a gente vai ter 70 e maior programas de habitação da história da cidade.

E que realmente as pessoas conseguem comprar. Dentro dessa questão do pode entrar, eu tenho, por exemplo, o pode entrar reforma Que a gente reforma a casa das crianças. Eu fui outro dia, [01:13:00] Fábio, na casa de uma pessoa que a gente está fazendo a reforma. Eu cheguei lá e ela chorava muito, muito, muito muito, muito.
Porque a neta tinha asma e toda hora estava indo para hospital. Quando a gente fez a reforma na casa daquela pessoa pobre, a gente tirou o mofo e ela não estava mais indo para o hospital porque ela não sentia mais aquela alergia. Então a gente vai mudando a vida das pessoas. Então pode entrar aquisição, pode entrar reforma, ou pode entrar entidades.

Ah, Fábio é importante. Entidades de movimentos de moradia que são sérias. Não essas que invadem. Essas pessoas que descumprem a lei. Que nem o MTST do seu bolo. Entidades corretas. A gente fez... Um convênio para 14 mil unidades. E a entidade de moradia séria tem habitação dentro do programa Pode Entrar, que atende ali os associados daquela entidade, aquelas que estão com o documento certinho.

Então, a gente fez realmente uma gestão democrática, atendendo as entidades que são sérias de moradia, provendo habitação, fazendo reforma inclusive, de prédios aqui da região central de São Paulo e a questão da área de bananciais, como o do Guaicuri. Os barracos que estavam na beira do corre, a gente retirou. Fizemos apartamentos, estou entregando as chaves.

Lá do Boulevard da Paz, na região do M Boi Mirim, as casas que estavam nos barrancos, a gente retirou todas. Estamos fazendo os apartamentos, eu entrego agora, esse mês que vem, as unidades habitacionais para essas pessoas que estão morando com segurança. Ninguém fez um programa habitacional do tamanho que eu fiz, Fábio.

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Fabíola Cidral: Vamos lá, só para a gente não fazer uma pergunta sobre zeladoria, candidato vamos para a zeladoria porque a falta de zeladoria no centro da cidade levou muitos comerciantes moradores, a gente está no centro agora, nesse momento, aqui no prédio da Folha, e a gente vê essa situação do centro. Eles até organizaram um abaixo-assinado recentemente que foi entregue à prefeitura, reclamando.

E entre as reclamações há denúncias de obras inacabadas, troca de piso na rua 7 de abril buracos imensos na Praça Dom José Gaspar. E essa sensação, eu estava até conversando ontem também com alguns comerciantes daqui, circulando por aqui, e é uma sensação de abandono Queria entender um pouco, prefeito, qual é a dificuldade de cuidar do centro de São Paulo?

Ricardo Nunes: Eu não sei que mundo você está falando, Fabio Lá, porque o centro de São Paulo, hoje eu estou fazendo toda a reforma ali do centro velho, são 23 calçadões, 63 milhões de investimentos. O acha que o abaixo-assinado dos...

Fabíola Cidral: Comerciantes é furado? O senhor acha que não tem sentido?

Ricardo Nunes: É preciso saber de que partidos são filiados esse abaixo-assinado.

Porque no centro de São Paulo, os 23 calçadões que a gente está lá trocando todos os calçadões, 63 milhões. O viaduto ali, o Santa Ifigênia vou fazer agora a PPP para fazer o Parque Dom Pedro. A Praça da Sé, o que era, o que é hoje, está muito mais bonito. Aí, se você está no prédio da Folha, se você olhasse da janela há um tempo atrás e visse bem na sua [01:16:00] frente a praça que você está, é o que era, o que é hoje, é outra coisa.

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Falar de buraco, eu estou fazendo o maior programa de recapeamento da história da cidade, 4.200 quilômetros. E estou continuando estou com 80 ruas toda noite fazendo das 22 às 4 da manhã. Nós estamos fazendo uma grande reurbanização. Eu tive outro dia uma reunião na Associação Comercial de São Paulo, que é um órgão com ilegitimidade que não tem ideologia política, que atende os anseios verdadeiros dos comerciantes.

Elogiando a prefeitura eu fui até homenageado, porque agora estão vindo mais pessoas para o centro, mais comércio. Só naquela semana, 28 abriram novos no centro de São Paulo. Então a gente tem muito trabalho ainda para fazer. Mas dizer e não reconhecer o que a gente está fazendo, não... Não é possível, né?

Você pega a iluminação, o quanto melhorou a iluminação Eu votei o Pio Central, o Requalifica Centro, o valor que eu estou fazendo agora de investimento para poder recuperar os prédios ociosos Estamos colocando um bilhão de reais para a recuperação de prédios ociosos. A vinda de empresas para centro tem sido muito grande.

Fabíola Cidral: O está satisfeito com o centro, então? O senhor discorda então, da reclamação dos Se estivesse satisfeito eu não seria candidato à reeleição. Se estivesse satisfeito eu já teria cumprido o meu papel. Eu tenho muito mais coisa ainda para fazer, junto com o Tarcísio, inclusive esse projeto de fazer a mudança do centro administrativo do Governo do Estado para o centro, para a gente poder dar continuidade nas ações que a gente está desenvolvendo.

De eu poder fazer, nos próximos quatro anos, a extensão da Marquês de São Vicente até lá no Tucuruvi. Para a gente dar continuidade na Esplanada da Liberdade, que ontem eu fiz a primeira audiência pública. A Esplanada da Liberdade vai ser algo lindo. Hoje eu assinei a escritura do Parque do Bixiga. Nós fizemos a aquisição daqui aquele terreno...

Para ter ali no Bixiga o nosso parque, aquela região que a gente conhece tão bem e que não tem nenhum parque, era uma promessa de anos, uma luta de anos, ninguém conseguia eu fui lá e resolvi, hoje, assim a escritura hoje do Parque do Bixiga, logo, logo é uma realidade o nosso Parque do Bixiga.

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Fabíola Cidral: candidato, acho que o senhor está...

Ricardo Nunes: Olha, se vocês estão na Folha olha na janela eu vou mandar uma foto para você do que era.

Fabíola Cidral: Eu, eu, saio daqui a pé, eu saio aqui de bicicleta não é só da janela não, é com o pé no chão mesmo que a gente vai. Ô, candidato, vamos para o nosso último bloco aqui, que é sobre cultura política?

Ricardo Nunes: Então vai vai, ô Fabiola, então faça isso, você está pertinho dois quarteirões, se você me mandar uma foto lá, você está bem agressiva comigo hoje se você mandar uma foto para mim lá da Praça de Isabel, que...

Fabíola Cidral: Candidato, a gente não está agressivo ó, pode ter certeza, isso o senhor pode ter certeza, que o que eu mais quero é essa cidade maravilhosa, o sonho com uma cidade melhor, então o nosso papel aqui é isso, e a gente traz aqui a cobrança das pessoas que estão nos acompanhando A gente quer viver em uma cidade melhor, e acho que todo mundo está disposto se candidata a um cargo como esse... É isso, né? Vamos para a política, Raquel?

Raquel Landim: Prefeito, o Datafolha divulgado ontem mostrou que o Pablo Marçal já conseguiu conquistar 48% dos votos do eleitor de Jair Bolsonaro na última eleição. Ainda assim, o senhor segue vivo na disputa está empatado ali na liderança.

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Eu queria entender por que o senhor continua buscando o apoio de Jair Bolsonaro. Ontem ele declarou que ainda não é hora de entrar na sua campanha. Ele ainda não gravou para o senhor. O senhor vai amanhã no Palácio dos Bandeirantes se encontrar com ele logo cedo e com o Tarcísio de Freitas? Por que o senhor insiste em querer que Bolsonaro se engaje se o senhor já perdeu esse voto?

Ricardo Nunes: Raquel, quem está mais preocupado com isso é vocês, o que? Vocês que vocês não você, tá? A imprensa assim, todo lugar que eu vou essa pergunta, outro dia até comentei quem vai sair no santinho lá sou eu, até peguei um santinho sou eu que estou aqui, o 15 sou eu, eu sou o 15, na urna, a hora que você for lá votar, se você votar 15 vai estar a minha fotinho lá e é do coronel Melo então o que existe é por parte da imprensa assim, até não consigo entender porque tanto questionamento com relação a isso é um apoio super importante esse presidente que deu Para São Paulo, uma atenção muito especial, quando eu estive em julho de 2021 e resolvi o problema da dívida de São Paulo, R$ 25 bilhões.

Eu tive uma reunião com o presidente Bolsonaro em julho, em dezembro a gente assinou o acordo. Eu pagava R$ 280 milhões por mês. O partido do presidente Bolsonaro faz parte da nossa base, o partido do governador Tarcísio faz parte da nossa base. O Tarcísio me apoia, o Bolsonaro me apoia.

Raquel Landim: Mas não gravou com senhor ainda.

Ricardo Nunes: Ele foi na convenção. Mas não gravou com o senhor ainda e disse ontem que não é hora ainda de mergulhar na campanha.

Fabíola Cidral: O senhor vai amanhã no Bandeirantes se encontrar com ele?

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Ricardo Nunes: Devo ir, devo ir sim. Amanhã devo ir. Agora, ele foi na convenção Raquel, ele foi na convenção.

Fabíola Cidral: Perfeito.

Ricardo Nunes: Desculpa, desculpa.

Fabíola Cidral: Só me dando antes até de passar para o Fábio, que ele tem uma outra questão,

Raquel Landim: Deixa ele só...

Fabíola Cidral: Eu pensei que ele tinha parado. Ele parou de falar.

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Raquel Landim: O senhor vai amanhã tomar café da manhã com ele. Pretende gravar lá para o programa eleitoral amanhã no café da manhã:

Ricardo Nunes: Não, não está programado gravação. Amanhã tem a manifestação lá na Paulista. Talvez eu passe lá e vá junto, mas isso não está certo ainda. Mas o importante é que ele esteve lá na nossa convenção, já fez vídeo falando Já falou várias vezes, Aí ontem perguntaram para ele, não, agora não está na hora de intensificar, Ele está com a gente, vai ter o momento certo de intensificar. Estava em Minas, aí as pessoas perguntam para ele quando ele está no Paraná está no Mato Grosso, ele está correndo o Brasil todo. O importante é que a gente está aqui E eu pude, nessa oportunidade com vocês, falar aquilo que a gente está fazendo na cidade.

Fábio Haddad: Prefeito, aproveita então, aproveitando esse gancho, o senhor pretende ir amanhã a Paulista na manifestação? O senhor já deu declarações que não apoiam o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, o senhor pretende ir amanhã nesse evento?

Raquel Landim: E só emendando prefeito o seu adversário na direita Pablo Marçal, está lá em El Salvador, a gente não sabe ainda se ele vai chegar até lá.

Ricardo Nunes: Então, o Bukele precisa colocar no Google "Marçal PCC", porque o Bukele tirou o PCC de lá, precisa colocar lá no Google, "Marçal PCC", "Marçal Áudio Polícia Federal". Aí o Bukele talvez, talvez ele nem volte. Mas enfim, voltando aqui ao que importa, voltando aqui ao que é muito importante para a nossa cidade.

Fabíola Cidral: Mas candidato, se ele voltar de El Salvador, o senhor vai se incomodar de dividir. Ali o trio elétrico com ele e o Bolsonaro no meio vai ser um incômodo essa fotografia essa cena, não?

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Ricardo Nunes: Eu não tenho incômodo com nada, Fabiola eu acho que a gente só precisa inclusive, né, parabenizar vocês de todos da imprensa que tem possibilitado que conheça quem é esse Pablo Marçal mentiroso, um cara que fala as coisas sem nenhuma responsabilidade e não tem compromisso com a verdade, mente para as pessoas mentiu dizendo que só arrumava computador e na verdade ele é a parte íntegra inclusive, revelação do UOL ele era um dos expoentes ali do grupo criminoso que mandava e-mail para as pessoas, para as pessoas poderem ser enganadas e acessar e ter a sua conta roubada por ele, é agora envolvido o seu partido até o nariz com o PCC.

Então é isso que a gente fica preocupado, se tiver lá perto eu vou ficar só com bastante atenção, mas é uma pessoa que para mim realmente não tem nenhuma relevância, a não ser derrotar e tirar ele daqui, não permitir jamais que uma pessoa que tem acesso aos dados da prefeitura possa ter acesso, porque eu como prefeito tenho acesso a todos os contribuintes da cidade, eu tenho acesso às empresas que operam aqui, já pensou alguém do nível dele, que usa da criminalidade para mandar um e-mail para as pessoas para roubar, ter acesso às contas aqui das informações dos contribuintes de São Paulo, o que eu vou fazer é vencer esse cara que a mentira não vai prevalecer aqui não.

Fabíola Cidral: Agora o senhor vai estar lá amanhã, o senhor defende, o senhor já falou outras vezes que não defende o impeachment, Do Alexandre de Moraes. O que o senhor vai fazer lá amanhã, assim, exatamente, assim, é em busca do apoio dos apoiadores de Bolsonaro, ou o senhor mudou de ideia e hoje defende o impeachment de Alexandre de Moraes diante das últimas notícias, dos últimos acontecimentos?

Ricardo Nunes: Não, Fabíola, eu acho, sim, aquilo que a Folha de São Paulo trouxe de matéria, realmente, não é preocupante, é muito preocupante. E, obviamente, que a mais alta corte do país vai poder esclarecer ali aquilo que é necessário para a sociedade. Agora, essa manifestação é uma manifestação do Estado, em defesa do Estado democrático e de direito.

Eu me filiei no MDB, Partido do Movimento Democrático Brasileiro, no dia que eu tirei meu título de eleitor. A minha vida inteira a minha história inteira foi defender a democracia e manifestação ela é uma das questões que a democracia possibilita para todos nós. Então, vou estar lá. Desse contexto, quem tem que avaliar a questão de...

Não é do Alexandre ou de qualquer um do STF, é do Senado Federal. Cabe ao Senado fazer a sua avaliação de acordo com aquilo que tem de informação ou não. Então, até eu como prefeito, tenho que ter muita responsabilidade naquilo que eu falo, porque a função, o cargo que eu exerço requer bastante seriedade.

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Então, eu estarei lá, dentro de uma manifestação que defende o Estado democrático de direito e qualquer situação relativa à questão de impeachment ou não, compete aos senadores definirem lá, porque também tem as suas informações e é constitucionalmente responsabilidade deles.

Raquel Landim: Prefeito, a candidatura do José Luiz da Tenda do PSDB tem minguado. Pelo menos nas pesquisas, ele tem diminuído a quantidade de intenções de voto e parte desses votos estão migrando para o senhor. O senhor abriu conversas com ele para que ele eventualmente desista de tentar a Prefeitura de São Paulo ou para que ele o apoie no segundo tom?

Ricardo Nunes: Olha, Raquel, depois que ele decidiu ser candidato, eu não conversei mais com o apresentador da tela.

Até fiquei surpreso dele, no último debate, trazer a público, depois daquele ataque que ele sofreu do Pablito lá, de que o Pablito havia ligado para ele para poder combinar e ele bater em mim. Então, até então, ele não tinha revelado isso. Mas eu não falei com o apresentador José Luiz Atena. Eu acho que ele vai até o final, é a minha singela opinião, porque quem foi até aqui, acho que vai até o final.

Acho que é bom que vá até o final. Até para que a gente possa mostrar é muito diferente alguém que fica ali numa televisão só criticando criticando criticando e ver e participar dos problemas reais da cidade mesmo que seja dentro de um processo eleitoral eu estou fazendo a minha parte vou entregar essas obras a minha vida toda foi assim de ter muita transparência e verdade alguém pode às vezes discordar de mim mas vai saber exatamente o que eu penso e sempre com a verdade então eu tenho uma missão de defender a cidade de São Paulo do invasor de propriedade e do invasor de conta bancária.

O Datena acho que já, com todo respeito, me parece que não tem mais condições de subir na pesquisa para poder chegar bem até o dia 6 de outubro mas eu vou e vou continuar lutando para defender a cidade eu sou o que já fiz provei que posso fazer e tenho condições de continuar fazendo para a cidade continuar batendo o reto de geração de emprego e renda e as suas obras, a melhora da qualidade de vida das pessoas.

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Tenho certeza que no dia 6 de outubro as pessoas vão lá votar 15 para que a gente possa eliminar o invasor de propriedade, o invasor de conta bancária e o tchutchuca do PCC.

Fabíola Cidral: Para as considerações finais mas elas já ficaram aí nessa sua fala quase. Deixa eu só fazer uma pergunta muito, muito rapidinha que a Raquel te perguntou falando do Datafolha e antes até era aqui nos bastidores, a gente estava conversando sobre o Datafolha com o senhor. Esse resultado do Datafolha, de certa maneira traz um recado para o senhor que o Bolsonaro na TV e no rádio não faz tanta diferença?

Ricardo Nunes: Não, o apoio é importante, Fabiola é muito importante. A nossa união do centro e da direita a gente derrota, eu sou o único, em todas as pesquisas, inclusive hoje isso é mais uma pesquisa, eu sou o único que Que no segundo turno ganha de todos. Eu sou o único que ganha da extrema esquerda do Boulos no segundo turno.

Então, é muito importante que a gente tenha essa questão colocada e que as pesquisas vão trazendo claro qual é o cenário real. Eu sou o único candidato que vence o Boulos no segundo turno. Isso é fundamental. E o apoio do presidente Bolsonaro, do Tarcísio. Ontem eu fiz uma caminhada com o Tarcísio em Itaquera.

Eu fiquei tão feliz, Fabiola. Então o carinho... E aí, algumas pessoas falaram que eles transformaram essa área que era vermelha numa área verde-amarela. Então, o carinho das pessoas. A gente foi até a noite caminhando, uma energia muito positiva. O que as pessoas querem é serem atendidas ter o Estado presente, ter o atendimento das suas necessidades Sabe que não existe varinha mágica nada milagroso. Tudo depende de muito trabalho.

Fabíola Cidral: Dois minutinhos para o senhor.

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Ricardo Nunes: Eu queria agradecer a oportunidade de estar aqui com vocês. Eu sou o candidato que está à frente hoje da Prefeitura de São Paulo e que vai entregar 7 mil obras, que não tem nenhuma criança sem vaga de creche, que ampliou equipamentos de saúde, que fez o maior programa de recapiamento, que fez o armazém solidário, que fez a faixa azul que está salvando vidas, que fez a rede da hora para atender você que é jovem, daqueles cursos da economia criativa Eu sou o prefeito que está com o menor índice de desemprego desde 2015, que trabalha muito.

Eu não apareço muito, mas eu sou o primeiro a chegar na prefeitura, eu sou o último a sair, eu trabalho 7 dias por semana e a gente vai continuar avançando com a nossa cidade, protegendo ela do invasor de propriedade do invasor de conta bancária. Não é brincadeira uma cidade de 12 milhões de habitantes, tem que ter seriedade isso aqui não é um palco.

Uma ação do prefeito muda a vida de 12 milhões de pessoas. Eu queria muito poder contar com você para dar continuidade nesse trabalho com serenidade, com muita dedicação. E aproveitar estar aqui, 15. Obrigado, Fabíola, obrigado, Fábio, obrigado, Raquel, pela oportunidade de estar aqui com vocês.

Fabíola Cidral: Candidato muito obrigada por estar aqui mais uma vez na nossa sabatina respondendo todas as questões. Bom trabalho ao senhor e até uma próxima oportunidade.

Ricardo Nunes: Obrigado um grande abraço a vocês, viu?

Fabíola Cidral: Obrigada Raquel, até segunda. Obrigada, Fábio. Obrigada Até segunda. Bom, segunda a gente retoma aqui as nossas sabatinas, UOL e Folha com os candidatos à Prefeitura de São Paulo. A gente tem aí mais uma semana de agenda intensa com os candidatos, mas a gente vai ter mais duas semanas, né?

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Com os candidatos uma semana e mais alguns dias. Na segunda-feira a entrevista será com o candidato Guilherme Boulos a partir das 10h30 da manhã. A gente te espera para essa conversa e para você também trazer aqui as suas perguntas para esses candidatos. Pode mandar para o meu e-mail. Muito obrigada pela sua companhia e uma ótima tarde, uma boa sexta-feira a você.

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