'Agressão covarde', diz Nunes sobre soco desferido contra seu assessor
O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, classificou, nesta terça-feira (24), como "agressão covarde" o soco desferido contra o marqueteiro de sua campanha no debate do grupo Flow, realizado na noite de segunda-feira (23).
O que aconteceu
Prefeito afirmou que "o troco" da agressão de Nahuel Medina, assessor de Pablo Marçal (PRTB), a Duda Lima, marqueteiro de Nunes, virá "na urna". "A cada atitude dele como essa, aumenta a rejeição", afirmou Nunes sobre Marçal.
Prefeito acredita em agressão combinada entre Marçal e o assessor. Na entrevista concedida na manhã desta terça (24), Nunes afirma que, em um dos vídeos do momento do soco, o candidato do PRTB abaixa a cabeça antes de Medina atacar Lima. Apesar da fala do prefeito, as imagens não permitem confirmar que a combinação de fato aconteceu.
Nunes defendeu que organizadores de debates garantam "ambiente com segurança". Nós estamos lidando ali com uma quadrilha, são delinquentes, são pessoas do mal, são pessoas agressivas, são pessoas truculentas, que não consegue viver num ambiente em harmonia e de respeito", afirmou ele.
Nunes disse que nota de Marçal sobre episódio foi "desrespeito". No texto, o candidato do PRTB afirma que Lima "perdeu o controle", "agrediu" Medina e proferiu "zombarias" antes do soco desferido pelo cinegrafista de Marçal. Entretanto, as imagens disponíveis até o momento não permitem confirmar essas informações.
Ataque "sem nenhum motivo" deixou Lima "achincalhado" e "abalado psicologicamente". "Ele (Medina) deu um soco sem ele (Lima) ter nenhuma possibilidade de defesa", afirmou o prefeito.
Apesar da situação, Nunes confirmou presença nos próximos debates. O próximo está marcado para sábado (28) e será organizado pela TV Record. Além desse debate, há outros dois previstos: um marcado por UOL e Folha na segunda (30) e outro pela TV Globo na quinta (3).
Não tem sentido razoável a participação desse cidadão nesse processo. Alguém que ataca, alguém que não conhece a cidade, que não tem nenhuma proposta
Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição
Nunes disse que ficou na delegacia até 4h da manhã acompanhando o publicitário. As declarações foram dadas hoje em um debate promovido pela Associação Comercial de São Paulo.
Ele criticou a violência na campanha eleitoral, mencionando a cadeirada dada por José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB). "Olha a situação que a gente chegou. Não tem um dia que não temos um grande desafio. É necessário ter ponderação para resolver os problemas de forma equilibrada, e estou me apresentando como isso também", afirmou.
Não dormi vivendo aquela tensão, esse momento horrível, de ver o Duda Lima agredido, machucado e ultrajado por uma agressão covarde. Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição
Duda Lima foi agredido por um membro da equipe de Marçal logo após o candidato ter sido expulso do debate. O autor da agressão foi Nahuel Medina, responsável pela captação de vídeos. Em uma postagem no Instagram, Medina disse que "se defendeu "instintivamente".
O publicitário levou seis pontos no rosto e nega ter começado briga com funcionário da campanha de Marçal. Ele sustenta que afastou com as mãos um celular que estava apontado para ele, mas que foi agredido por Medina, minutos depois, quando estava de costas.
Duda Lima pediu medida protetiva à polícia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a defesa dele entregou imagens referentes à agressão e pediu uma medida protetiva, para que Medina não possa se aproximar dele. Esse pedido será analisado pela Justiça.
Campanha de Nunes repudiou "ataques verbais" durante a campanha e que "a provocação e o achincalhe são métodos para desvirtuar a discussão dos problemas reais". Em nota assinada pelo coordenador da campanha, Baleia Rossi, ele diz que o candidato "seguirá na defesa de valores em favor do equilíbrio" e em respeito ao "eleitor".
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Quero receberCampanha de Marçal diz que Duda Lima arranhou peito de assessor e jogou o celular dele no chão. "Diante desse cenário, Medina reagiu de maneira reprovável, perpetuando um ciclo de agressão física que é inaceitável, principalmente em ambientes de debate".
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