Polícia Civil de SP vai apurar se assinatura de laudo é mesmo de médico
William Wong, delegado titular do 89º distrito (Jardim Taboão - portal do Morumbi), em São Paulo, disse na tarde deste sábado (5) que vai fazer uma perícia no laudo falso postado por Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, obter outras assinaturas e confrontar com a do médico morto.
A Polícia Civil de São Paulo também vai falar com a filha do médico, que disse que o pai nunca trabalhou na clínica que aparece no laudo.
O inquérito tem como fim apurar a falsidade do atestado médico. e será conduzido sob sigilo. Nada será feito amanhã, dia de votação do primeiro turno, porém a perícia já foi pedida e as diligências começam na segunda-feira (7). A investigação sobre a falsidade do laudo é totalmente independente de processo na Justiça Eleitoral.
Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, apresentou uma procuração assinada pelo médico falecido que será confrontada com o atestado médico.
Caso o atestado seja declarado pela polícia como falso, o crime imputado a Marçal é falsificação de documento particular, mas, segundo o delegado Wong, existem crimes contra a honra que Boulos pode requerer, como calúnia e difamação.
"A propagação e divulgação do atestado falso vai configurar crime contra a honra", explica Wong. "Se for um atestado falso, com certeza virão outros crimes."
Entenda o caso
Boulos pediu a prisão de Marçal depois que o ex-coach divulgou um prontuário médico falso que aponta surto psicótico grave e uso de cocaína pelo deputado. Marçal publicou um prontuário médico forjado em suas redes enquanto participava de um podcast. O UOL confirmou que o número do RG do candidato está errado no documento.
O documento tem erros de digitação, erro nas informações do documento e é assinado por um médico que já morreu. José Roberto de Souza está com o registro no CRM-SP (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) inativo desde 2022. No site do órgão, a situação do profissional aparece como "falecido". A assinatura do documento forjado é é diferente da que aparece em um documento judicial de 2019.
(Em atualização)
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