Filhos de Bolsonaro são os mais votados nas cidades em que concorreram
Carlos e Jair Renan, filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, fizeram parte dos candidatos que disputaram cargo nas eleições deste domingo (6): ambos buscavam uma vaga na Câmara dos Vereadores em cidades diferentes e foram os candidatos mais bem votados nos respectivos municípios.
Relembre abaixo alguns pontos das respectivas campanhas.
Carlos Bolsonaro, candidato no Rio de Janeiro
Atualmente cumprindo o sexto mandato seguido como vereador no Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL) concorreu novamente para permanecer no cargo que ocupa desde 2001. Ao longo dos últimos meses, o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Rodrigo Bacellar, se aproximou da família Bolsonaro, incluindo Carlos. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a estratégia de Bacellar visa firmar aliança com a família do ex-presidente para a disputa do governo do estado nas eleições de 2026.
A campanha do filho "02" do ex-presidente recebeu R$ 1,85 milhão da direção nacional do PL, segundo dados registrados até o mês de agosto no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O valor, transferido pelo partido a partir do fundo eleitoral, é o mais alto já recebido por Carlos em suas campanhas eleitorais e é o equivalente a quase 90% do que um vereador carioca pode gastar no pleito.
Segundo informações do Estadão, Carlos recebeu ainda R$ 1.000 do pai e R$ 7.600 de Amanda Brandão Paes Armelau, a Índia Armelau (PL), candidata a vice-prefeita do Rio de Janeiro na chapa de Alexandre Ramagem (PL), derrotado por Eduardo Paes (PSD) no primeiro turno. Ainda de acordo com o Estadão, o maior gasto da campanha de Carlos até meados de setembro havia sido com serviços advocatícios: mais de R$ 200 mil foram destinados a escritórios do ramo.
Carlos Bolsonaro foi eleito com 130.480 votos, o mais bem votado da cidade.
Jair Renan Bolsonaro, candidato em Santa Catarina
Com 26 anos, Jair Renan Bolsonaro (PL) se candidatou a vereador em Balneário Camboriú (SC). Além do apoio do pai e dos irmãos, Jair Renan também contou com respaldo público da deputada federal Caroline De Toni (PL).
O pleito de 2024 marcou a entrada de Jair Renan para as eleições. Desde 2023, ele atuava como auxiliar parlamentar no gabinete do senador Jorge Seif (PL), de onde foi desligado em julho deste ano para iniciar sua campanha eleitoral.
Compartilhando o primeiro nome e o sobrenome com o pai, o filho "04" optou por utilizar na urna o nome "Jair Bolsonaro", escolha duramente criticada pelos adversários de Jair Renan, que acusaram o candidato e seu pai de induzirem o eleitor ao erro, já que o nome indicado é diretamente ligado ao ex-presidente.
Com pouca experiência na política, Jair Renan parece ter sofrido com a falta de confiança até mesmo do pai: durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro ordenou que o filho não falasse em público para evitar eventuais gafes e perda de votos. Em suas redes sociais, Jair Renan também adotou a estratégia de permanecer calado, sendo chamado por muitos internautas de "candidato mudo".
Durante comício em Balneário Camboriú em meados de setembro, o ex-presidente impediu que o filho conversasse com a multidão presente. Na ocasião, Jair Renan permaneceu calado. Assista abaixo o momento em que Jair Bolsonaro nega o microfone ao filho:
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Quero receberEle foi eleito com 3.033 votos.
A família Bolsonaro na política
Com a candidatura de Jair Renan em Santa Catarina, todos os filhos homens de Bolsonaro estão envolvidos na política: Flávio Bolsonaro é senador e Eduardo Bolsonaro é deputado federal. Assim como os irmãos, Flávio e Eduardo são filiados ao PL.
Além dos filhos, Jair Bolsonaro também teve o irmão como candidato em 2024. Renato Bolsonaro (PL) concorreu ao cargo de prefeito na cidade de Registro, no interior de São Paulo. Segundo o Estadão, Renato recebeu mais de R$ 390 mil do partido para sua campanha eleitoral, mas não foi eleito.
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