Polícia envia inquérito contra Marçal por laudo falso à Justiça Eleitoral
A Polícia Civil enviou para o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) a investigação aberta contra Pablo Marçal (PRTB) pela divulgação de um laudo médico falso de Guilherme Boulos (PSOL).
O que aconteceu
O delegado William Wong Alves, do 89º Distrito Policial, encaminhou a apuração contra Marçal para a Justiça Eleitoral. A informação foi confirmada ao UOL pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo).
Os autos foram enviados ao TRE-SP para evitar duplicidade nas investigações. Como se trata de um crime eleitoral, as apurações na Polícia Civil e na Justiça Eleitoral tinham o mesmo objeto. Por essa razão, o inquérito ficará concentrado no TRE-SP.
A Polícia Federal também investiga o caso. Após a publicação do laudo falso, na noite da última sexta (4), a PF incluiu o caso em um inquérito que apura acusações e crimes contra a honra cometidos por Marçal contra os adversários, ao longo da campanha pela Prefeitura de São Paulo.
Marçal publicou o laudo médico falso às vésperas das eleições. O documento, que tentava associar Boulos ao uso de drogas, foi divulgado no perfil de Instagram do influenciador na noite da última sexta (4).
Perícias da Polícia Civil e da Polícia Federal confirmaram que a assinatura no documento é falsa. No domingo (6), ao ser questionado sobre o episódio, o desembargador Silmar Fernandes, presidente do TRE-SP, disse que, se a fraude ficar comprovada, Marçal vai responder judicialmente. Se for condenado, ele pode ter os direitos políticos suspensos, o que lhe deixaria inelegível.
Marçal atribuiu a publicação do documento ao seu advogado, Tássio Renam. "Vocês podem falar com o Tássio Renam. Ele que postou, na hora da postagem eu estava no (podcast) Inteligência Limitada. Ele mesmo postou. E a gente está 100% em paz", afirmou a jornalistas após votar no domingo.
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