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60% dos moradores de São Paulo aprovam reeleição para prefeito

Daniel Bramatti

17/10/2020 07h31

Seis em cada dez moradores da cidade de São Paulo são a favor da regra que permite a reeleição de prefeitos, segundo a pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão sobre as eleições para a prefeitura da cidade.

A permissão para que detentores de mandatos executivos possam se candidatar a uma reeleição consecutiva foi aprovada em 1997, por meio de emenda constitucional. Desde então, o fim dessa regra já foi discutido em diversas propostas de reforma política no Congresso.

Levantamento recente feito pelo Estadão/Broadcast indicou que líderes de 16 dos 24 partidos com representação na Câmara e no Senado apoiam a extinção da reeleição. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que articulou a medida e dela se beneficiou, disse recentemente estar arrependido.

Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para proibir a recondução de chefes do Executivo foi apresentada no início de setembro pelo deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).

Continuidade

Em São Paulo, o fato de a maioria absoluta apoiar o instituto da reeleição não significa simpatia pelo continuísmo. Em relação à disputa municipal deste ano, a mesma pesquisa Ibope revela que quase dois terços dos paulistanos querem que a administração do município mude "muito" ou "totalmente".

Ainda segundo o Ibope, Celso Russomanno (Republicanos) e Bruno Covas (PSDB) estão tecnicamente empatados na disputa pela Prefeitura, com 25% e 22% das intenções de voto, respectivamente. A seguir estão Guilherme Boulos (PSOL), com 10%, e Márcio França (PSB), com 7%.

Na comparação com a pesquisa anterior, publicada há duas semanas, os dois líderes apenas oscilaram dentro da margem de erro, que é de até três pontos porcentuais para mais ou para menos, mas a distância entre o deputado e apresentador de TV e o atual prefeito da capital passou de cinco para três pontos porcentuais.

Entre os demais candidatos, Jilmar Tatto (PT) passou de 1% para 4%. Artur do Val (Patriota), conhecido como Mamãe Falei, oscilou de 1% para 2%. Os outros concorrentes ficaram com 1% ou menos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 15 de outubro, com 1.001 eleitores. As entrevistas foram realizadas de forma presencial - por causa da pandemia de covid-19, a equipe do Ibope usou equipamentos para proteção da própria saúde e da dos entrevistados.

O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerada a margem de erro. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo SP-01432/2020.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.