Strauss-Kahn chega à audiência que pode determinar sua liberdade
O ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn já chegou ao Tribunal Penal de Manhattan, para uma audiência surpresa com o juiz Michael Obus, que pode determinar sua soltura.
A promotoria de Nova York estaria de acordo em libertar Strauss-Kahn, preso pela acusação de tentativa de estupro contra uma camareira de hotel em maio passado.
A promotoria também estaria de acordo em libertar o réu e em restituir-lhe a fiança de US$ 1 milhão e o depósito de garantia de US$ 5 milhões pagos quando foi para prisão domiciliar.
Segundo o jornal "The New York Times", os promotores têm dúvidas sobre o testemunho da suposta vítima de Strauss-Kahn e consideram que a camareira mentiu repetidas vezes desde o dia 14 de maio, quando ocorreu o incidente em um quarto de hotel em Nova York.
"É um desastre, um desastre para ambas as partes", disse um funcionário ao jornal.
O jornal afirma que a polícia descobriu supostos vínculos da vítima, uma guineana de 32 anos, com atividade criminosa, incluindo lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
Várias pessoas fizeram depósitos em dinheiro - que somaram US$ 100 mil - na conta bancária da suposta vítima nos últimos dois anos, e os promotores teriam conversas gravadas da camareira com indivíduos sobre o pagamento pela acusação de agressão sexual, destaca o jornal.
Strauss-Kahn, de nacionalidade francesa, sempre negou as acusações de estupro e agressão sexual contra a camareira, que alegou ter sido atacada quando trabalhava em um hotel de Manhattan.
*Com agências internacionais
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