Seguradora anuncia perda de 30 milhões de euros por acidente com Costa Concordia
A resseguradora alemã Hannover Re anunciou nesta segunda-feira (23) que o naufrágio do cruzeiro Costa Concordia, na sexta-feira (13) na costa italiana, custará à empresa pelo menos 30 milhões de euros.
Na semana passada, a Hannover Re se referiu a uma conta de pelo menos 10 milhões de euros com o acidente, enquanto sua concorrente alemã Munich Re falou de 50 milhões de euros. Uma companhia de seguros interrogada pela agência AFP havia indicado que o Costa Concordia, cujo naufrágio deixou 13 mortos e 21 desaparecidos, estava segurado em 395 milhões, o maior montante já conhecido de um acidente marítimo.
Três tipos de seguros podem ser aplicados para este acidente: o seguro do próprio barco (corpo marítimo), o seguro de responsabilidade civil e a apólice assinada para as mercadorias transportadas.
Mortos e buscas
Megulhadores da equipe de resgate encontraram neste domingo (22) o corpo de uma mulher, elevando para 13 o número de mortes confirmadas no naufrágio do navio. Segundo um porta-voz oficial, o corpo estava na parte submersa do navio, a 10 metros de profundidade.
Até o momento, apenas oito vítimas foram identificadas formalmente: seis turistas --quatro franceses, um espanhol e um italiano--, um tripulante peruano e um violinista húngaro.
"Suba a b-o-r-d-o!"; ouça diálogo no momento do acidente do navio
Membros das equipes de resgate abriram uma nova passagem nesta segunda-feira com explosivos para poder chegar à ponte onde estão localizados os restaurantes do Costa Concordia com a esperança de encontrar os corpos dos desaparecidos.
As buscas na embarcação, realizadas em condições muito difíceis, segundo os mergulhadores, avançam lentamente devido ao tamanho do navio, do comprimento de três estádios de futebol e da altura de um edifício de 20 andares.
Ao mesmo tempo, um comitê de especialistas deveria tomar a decisão nesta segunda-feira sobre o início do bombeamento das 2.380 toneladas de combustível contidas nos tanques do barco.
"Hoje será decisivo, seguramos nossa respiração para ver se será possível começar o bombeamento sem deter a busca das pessoas desaparecidas", indicou à AFP o prefeito de Giglio, Sergio Ortelli.
Segundo os socorristas, a chance de encontrar sobreviventes é mínima, dez dias depois da catástrofe. Um navio oceanográfico com câmeras de alta definição deve chegar em breve para explorar o fundo do mar em busca de corpos eventualmente bloqueados embaixo do Costa Concordia.
Cruzeiro naufraga na itália
O acidente
O navio de cruzeiro Costa Concordia colidiu contra as rochas em águas da ilha italiana de Giglio, com 4.229 pessoas a bordo, entre elas mais de 3.200 turistas de 60 nacionalidades diferentes e mais de mil membros da tripulação.
A companhia proprietária da embarcação, Costa Cruzeiros, admitiu que houve "erro humano" e que o capitão não respeitou o regulamento, aproximando-se até 150 metros da costa.
O comandante do navio, Francesco Schettino, é acusado de homicídio culposo múltiplo (sem intenção de matar), naufrágio e abandono do navio, crimes pelos quais pode ser condenado a até 15 anos de prisão.
(Com agências internacionais)
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