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Franceses são maioria entre vítimas de avalanche no Nepal que matou pelo menos 9 pessoas

Um turista é resgatado de helicóptero depois de uma avalanche na montanha Manaslu, no Himalaia, no Nepal, neste domingo (23) - Simrik Air/Efe
Um turista é resgatado de helicóptero depois de uma avalanche na montanha Manaslu, no Himalaia, no Nepal, neste domingo (23) Imagem: Simrik Air/Efe

Do UOL, em São Paulo

23/09/2012 16h29

Nove alpinistas, em sua maioria europeus, morreram em uma avalanche neste domingo no monte Manaslu, a oitava maior montanha do mundo, na cordilheira do Himalaia no Nepal, anunciou a polícia local. Pelo menos quatro deles seriam alpinistas franceses.

"A maioria das pessoas mortas são francesas", disse o sherpa Ang Tshering, vice-presidente da Associação de Alpinistas do Nepal, após uma conversa por telefone por satélite com membros da expedição.

"Um ou dois são espanhóis, um italiano, um sherpa (nepalês) e um alemão estão entre as vítimas fatais", completou.

Autoridades nepalesas disseram que quatro pessoas estão desaparecidas. Cinco alpinistas feridos foram resgatados por helicópteros e levados para a capital, Katmandu.

A expedição, que era formada por 25 alpinistas, havia praticamente alcançado o cume do monte Manaslu (8.156 metros) quando aconteceu a avalanche na manhã deste domingo.

O alpinista alemão Andreas Reitero, de 26 anos, disse que estava dormindo em sua barraca quando a avalanche chegou, às 4h (horário local). Seu acampamento foi montado cerca de 7 mil metros acima do nível do mar.

"Foi um barulho alto. Fiquei com medo", disse Reitero à Reuters do hospital em Katmandu depois de ser resgatado por um helicóptero da montanha, 100 quilômetros a noroeste da capital.

"Eu fiquei tão confuso que não posso dizer a distância que fui carregado ou quantas pessoas estavam no acampamento na hora da avalanche", disse ele, que está sendo tratado por uma lesão nas costas.

"Eu tive sorte. Não fui arrastado muito longe e fiquei de fora (...), não enterrado na neve".

Reitero fazia parte de um grupo de 13 alpinistas --11 alemães e dois austríacos. Um dos alemães do grupo morreu, disse ele.

Vítimas

"De acordo com as informações do campo de base, há sete vítimas francesas, das quais três guias da região de Chamonix (nos Alpes franceses) e quatro de seus clientes", declarou o vice-presidente do SNGM, Christian Trommsdorff, acrescentando que dois feridos tinham sido levados de helicóptero para Katmandu.

O governo da Espanha confirmou que um espanhol está entre os mortos, enquanto a imprensa italiana informou que o alpinista Alberto Magliano, de 66 anos, está entre as vítimas. De acordo com o consulado da Itália em Calcutá, nove italianos integravam a expedição.

Anish Gupta, da empresa Cho-Oyu Trekking, agência de Katmandu que organiza expedições, disse que 14 alpinistas estrangeiros contrataram seus serviços para subir o Manaslu. Esse grupo era composto por nove italianos, dois franceses e três equatorianos.

"Deles, um guia sherpa morreu na avalanche no acampamento nº 3 e o italiano, Alberto Magliano, está desaparecido. Todos os outros retornaram ao acampamento e estão a salvo", afirmou.
As condições meteorológicas prejudicavam os voos de helicópteros e muitos feridos permaneceram no acampamento base.

Um dos sobreviventes da tragédia, o italiano Silvio Mondanelli, afirmou à imprensa de seu país que pelo menos 13 pessoas morreram na avalanche.

Mondanelli explicou que a avalanche sepultou o acampamento base nº 3 do Manaslu, a 7.000 metros de altura.

No momento, todos os alpinistas estavam dormindo em suas barracas e foram atingidos em cheio pela grande massa de neve e gelo.

A avalanche teria acontecido às 05h00, de acordo com testemunhas.

O Nepal tem oito das 14 maiores montanhas do mundo, todas acima de 8.000 metros de altura, incluindo o Monte Everest, o maior do plante e que atrai milhares de alpinistas a cada ano.

A Manaslu é a oitava montanha na lista das maiores do mundo e é considerada a mais perigosa. (Com agências internacionais)