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Com US$ 1 bilhão gastos em publicidade, campanha nos EUA bate recorde

Do UOL, em São Paulo

06/11/2012 10h49

A campanha presidencial norte-americana tem um novo recorde, mas no que diz respeito aos gastos em publicidade.

Na disputa deste ano foram gastos mais de US$ 1 bilhão (R$ 2 bilhões) em publicidade. Desse total, apenas US$ 700 milhões (R$ 1,4 bilhões) foram investidos em campanhas publicitárias para televisão.

A corrida presidencial termina hoje, após uma disputa acirrada entre o presidente norte-americano, Barack Obama, e o republicano Mitt Romney.

Eleições 2012 nos EUA
Eleições 2012 nos EUA
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Os primeiros resultados, como é tradição, já foram apurados em Dixville Notch e Hart's Location, em New Hampshire, logo depois da meia-noite (3h em Brasília). Obama e Romney empataram em Dixville Notch, com cinco votos. Em Hart's Location, Obama venceu com 23 votos, contra nove de Romney e dois do candidato do Partido Libertário, Gary Johnson.

O caráter apertado da disputa gera temores de que se repita a situação de 2000, quando o pleito foi decidido pela Suprema Corte. As duas campanhas montaram equipes jurídicas para lidar com possíveis problemas de votação, impugnações e recontagens.

O equilíbrio de poder no Congresso também estará em jogo. O resultado da votação para a Câmara e parte do Senado deve influenciar o resultado das negociações em torno do "abismo fiscal" relacionado ao pacote de cortes de gastos públicos e aumentos tributários que entrará em vigor no começo de 2013, caso não haja acordo em contrário.

Pelas últimas pesquisas, a expectativa é de que os democratas mantenham a pequena maioria no Senado, e que os republicanos preservem o controle da Câmara.

Como funciona a eleição

Além do presidente, os americanos fazem a renovação parcial do Congresso, dos governos estaduais, das assembleias legislativas estaduais e municipais, assim como referendos para diversos temas que são organizados em alguns Estados.

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Para se ter uma ideia, em Los Angeles, na Califórnia, a população decidirá se ator pornô deve usar camisinha. No total, os americanos vão votar sim ou não em 174 propostas em 38 Estados, além de diversos outros plebiscitos municipaisCasamento gay e taxa de refrigerante estão entre os temas.

Os eleitores que decidiram votar --uma vez que não é obrigatório-- tiveram que se registrar ao longo dos últimos meses nas seções eleitorais do país. A identificação do eleitor é feita de modo eletrônico e é necessário apresentar apenas um documento de identidade no momento da votação.

Para sair vencedor, o próximo presidente americano deverá somar 270 votos de colégios eleitorais espalhados pelo país, dos 538 possíveis. Nos EUA, o voto é direto, mas a eleição é indireta, o que significa que, mesmo aquele que sair vencedor pelo voto popular, pode não ser o eleito. A quantidade de delegados por Estado se baseia no tamanho de sua população.

Porém, o nome do futuro presidente americano depende de uma dezena de Estados-chave, espalhados por todo o país, que já votaram no candidato republicano ou democrata em eleições passadas e que, portanto, são considerados indecisos e decisivos: Carolina do Norte, Colorado, Flórida, Iowa, Nevada, New Hampshire, Ohio, Pensilvânia, Virgínia e Wisconsin.

Em 2008, estes Estados votaram em Barack Obama. O republicano Mitt Romney espera mudar o cenário. O presidente tem vantagem em outros Estados que coletivamente representam 217 colégios eleitorais. Obama precisa, portanto, de mais 53 votos divididos nestes Estados. (Com agências internacionais e “The New York Times”)