Sentença de soldado que vazou dados dos EUA ao Wikileaks sai até quarta, diz promotoria
A sentença de prisão do ex-analista de inteligência do governo americano Bradley Manning deve ser proferida até a manhã de quarta-feira (20), informou hoje a promotoria militar dos Estados Unidos, que é quem julga os crimes que envolvem a segurança do país.
Ontem a promotoria pediu que o soldado cumpra, no mínimo, 60 anos de prisão por ter vazado arquivos confidenciais ao site Wikileaks. O ex-analista de inteligência júnior, de 25 anos, é acusado de espionagem e fraude eletrônica por ter vazado mais de 700 mil arquivos ao site de Julian Assange.
A juíza militar, coronel Denise Lind, que conduz o julgamento em Fort Meade - uma base militar nos arredores de Washington - é quem decidirá quanto tempo o jovem, que já pediu desculpas, deverá ficar preso. A pena máxima possível atribuída aos crimes de Manning é até 90 anos de prisão.
Promotoria pede multa de US$ 100 mil
Ontem, o promotor, capitão Joe Morrow, recomendou que Manning receba uma dispensa desonrosa e uma multa de US$ 100 mil, além da prisão. Ele disse que Manning "merece passar a maior parte do resto de sua vida na prisão".
Morrow fez um apelo à juíza militar para que aplique uma pena severa, "de forma a dar um recado a qualquer soldado que esteja pensando em divulgar informações secretas".
O promotor rejeitou os argumentos da defesa, que alegou que Manning foi ingênuo, mas bem intencionado, ao expor os abusos de conduta dos Estados Unidos nas guerras do Iraque e do Afeganistão.
O promotor, por sua vez, disse que os vazamentos são "destrutivos" e afirmou que Manning é um "espião determinado que explorou um sistema imperfeito".
Ele disse ainda que as ações de Manning criaram um grave risco para os EUA, interrompendo as missões diplomáticas e pondo em perigo a vida de civis e soldados.(Com agências internacionais)
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