Mãe de brasileiro preso nos EUA sofre com a falta de notícias: "só queria ouvir a voz do meu filho"
Nenhum contato ou notícia. Até agora, a família do brasileiro Francisco Fernando Cruz, 22, preso nos Estados Unidos desde quinta-feira (9) por suspeita de ameaça terrorista, não tem notícias sobre o estado dele. A mãe do rapaz, que vive em Sorocaba, cidade que fica a 98 quilômetros de São Paulo, reclama de ainda não ter recebido nenhuma informação direta do filho pela polícia ou Consulado.
"Eu só queria ouvir a voz do meu filho dizendo que está tudo bem, que ele está sendo bem tratado", diz Cláudia da Cruz, mãe do rapaz. Ela afirmou que, desde domingo (12), quando recebeu a notícia da prisão pelo telefone, por um representante do Itamaraty, está em desespero em busca de ajuda. "Eu não tenho de ir para lá e não sei o que fazer. Estou desesperada sem saber como o meu filho está". Ela diz que Francisco já tinha um emprego certo no Brasil e que não acredita nas acusações. "Eu tenho certeza de que tudo isso não passa de um mal entendido. Meu filho não é terrorista, isso foi uma brincadeira", afirma.
Francisco foi preso em Miami, nos Estados Unidos, por ser suspeito de ter enviado e-mails de alerta de bomba em um voo que partiria da cidade da Flórida para Brasília. As mensagens foram destinadas à polícia e à TAM Linhas Aéreas. A prisão foi realizada quando o rapaz, que mora há dois anos no país, tentava embarcar justamente no avião que teria alertado que seria alvo de um atentado. A família descobriu a detenção quando a irmã de Francisco fez uma busca na internet com o nome dele. "Vimos que ele era acusado de ter ameaçado ter uma bomba no avião. Foi um choque para todos", diz Fernanda Camila Cruz.
Em depoimento, Francisco confirmou ter enviado os emails e explicou que só fez isso para verificar se as autoridades teriam condições de identificar o remetente. Na tarde desta terça-feira, ele foi ouvido por um juiz no Centro de Detenção Federal em Miami em um pré-julgamento, e ficou determinado que o brasileiro não poderá responder ao crime em liberdade.
No dia 24 de janeiro ele terá uma nova audiência, quando será determinada a pena para o crime de ameaça à segurança do transporte aéreo. Ele poderá pegar até cinco anos de prisão, além de multa no valor de US$ 250 mil. Enquanto isso, o jovem segue incomunicável nos Estados Unidos.
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