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Apaixonado por aviação, piloto do MH370 tinha simulador de voo em casa

Do UOL, em São Paulo

14/03/2014 17h36Atualizada em 14/04/2014 19h59

Os dois pilotos no comando do voo da Malaysia Airlines desaparecido no sábado passado (8) com 239 ocupantes estão sendo investigados pela polícia malaia, em meio a crescentes temores de que a aeronave tenha sido sequestrada ou sabotada.

Executivos da companhia aérea e autoridades do país chegaram a afirmar nesta sexta-feira (14) que, se necessário, suas casas podem ser vasculhadas. Os demais tripulantes também estão sob o escrutínio da polícia.

Investigadores estão examinando os perfis psicológicos dos pilotos -- Zaharie Ahmad Shah, 53, e Fariq Abdul Hamid, 27 --, bem como sua vida familiar e suas conexões. 

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  • AP

Shah era chefe de Hamid e estava na Malaysia Airlines desde 1981, possuindo mais de 18.000 horas de voo. Em sua comunidade, era conhecido como bom cozinheiro.

Uma comissária de voo que muitas vezes o acompanhou mas que não quis se identificar disse que ele era "muito simpático, muito amigável e preocupado com a segurança". 

Shah postou online fotos de um simulador de voo que ele próprio construiu em sua casa usando três monitores e outros acessórios.

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Jornalistas perguntaram ao presidente da Malaysia Airlines, Jauhari Yahya, se era comum que pilotos tivessem tais equipamentos em casa. "Todo mundo é livre para ter seus passatempos", respondeu Yahya. 

De acordo com a companhia, Shah é certificado pelo Departamento de Aviação Civil da Malásia como examinador de simuladores de voos. 

"Bom menino"

 
O líder de uma mesquita qualificou Hamid como um "bom menino, um bom muçulmano, quieto e humilde". Ele mora em uma casa de dois andares em um bairro de classe média em Kuala Lumpur, capital da Malásia.
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Segundo um vizinho, a família está muito abalada com seu desaparecimento. "O pai dele chora toda vez que fala de Fariq. A mãe também", disse Ahmad Sarafi, segundo o jornal "Daily Mail".

Outro vizinho, Ayop Jantar, disse que Hamid estava noivo e planejando o casamento. 

Hamid começou a trabalhar na Malaysia Airlines em 2007. Com 2.763 horas de voo, ele havia recebido recentemente autorização para pilotar Boeings 777 como o que desapareceu. 

Nos últimos dias, causou polêmica uma declaração de uma turista australiana de que Hamid havia convidado a ela e uma amiga para passar o voo na sala de comando. Durante toda a duração do voo, segundo ela, eles conversaram e fumaram -- algo proibido pelas normas das companhias aéreas.  (Com agências internacionais).