Um ano depois, FBI ainda não esclareceu atentado na Maratona de Boston (EUA)
Um ano depois que em 15 de abril de 2013 os irmãos chechenos Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev perpetraram explosões que mataram três pessoas e feriram mais de 200 em plena maratona de Boston (EUA) algumas questões continuam sem respostas. E podem nunca tê-las. Qual a razão de ser desse atentado? O que pretendiam os autores? Teriam as autoridades americanas ignorado advertências da Rússia de que Tamerlan era um suspeito em potencial?
Com a morte de Tamerlan Tsarnaev, o mais velho, durante um tiroteio com polícia nos dias que se sucederam ao ataque, fica mais difícil entender as circunstâncias e os bastidores dessa tragédia que remeteu aos americanos um dos piores momentos da história do país: os atentados do 11 de setembro.
Além de mortos e feridos, pelo menos 16 pessoas foram mutiladas e tiveram membros do corpo amputados.
“A [questão sem resposta] mais óbvia é a motivação, e como dois irmãos que moravam em um país que, apesar das diferenças [étnicas], os receberam bem se tornaram tão radicais”, afirma o ex-comissário da polícia de Boston Ed Davis, que liderou a investigação na época.
Os dois irmãos são russos, provenientes de uma região próxima à Tchetchênia, e eram residentes legais nos Estados Unidos há no mínimo um ano quando o caso aconteceu.
Os dois foram identificados pelo FBI (a polícia federal dos Estados Unidos) como suspeitos do atentado em Boston graças a uma imagem de vídeo captada por uma câmera de segurança de uma loja próxima ao local de explosão da segunda bomba.
No dia 19 de abril, Dzhokhar foi preso após uma caçada cinematográfica, mas ficou ferido e foi levado ao hospital Beth Israel Deaconess Medical Center.
A principal arma da defesa para impedir que Dzhokhar seja condenado à pena de morte --como quer a opinião pública americana-- no julgamento que começa em 3 de novembro, é convencê-la de que o caçula, de 19 anos, foi influenciado, quase forçado pelo irmão mais velho, de 26, esse sim a força motriz da tragédia.
Contra o jovem, pesam 30 acusações federais, incluindo o uso de armas de destruição em massa que resultou em mortes, conspiração e bombardeio de um local público causando mortes. Dzhokhar se declarou culpado de todas elas.
Um ano depois, vítimas dão volta por cima e acusado espera a morte
Irmão morto volta a ser foco de especulações
Agora, um ano depois, novas revelações sobre o caso podem ajudar a defesa do irmão mais novo, mas complicam ainda mais o caso.
Segundo revelações do jornal “The New York Times”, a Rússia teria se recusado a fornecer ao FBI informações sobre Tamerlan Tsarnaev.
Esses dados teriam levado à abertura de uma investigação mais aprofundada sobre eles dois anos antes do ataque.
O periódico cita fontes do governo dos Estados Unidos e um relatório que mostra como os serviços de inteligência poderiam ter evitado a ação terrorista. Entre as informações negadas pelos russos em 2011, estão os detalhes de uma ligação na qual Tsarnaev discute com sua mãe sobre a jihad islâmica, o que certamente aumentaria a vigilância sobre o suspeito nos EUA.
"Descobriram que os russos não deram todas as informações que tinham sobre ele, e com base naquilo que estava à disposição, o FBI fez todo o possível", diz uma pessoa consultada pelo diário.
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