Cessar-fogo de três dias é negociado na Ucrânia para investigação de acidente
Separatistas pró-Rússia indicaram que pode haver um cessar-fogo de até três dias no leste da Ucrânia para permitir que seja feito o trabalho de resgate no local da queda do voo MH17, da Malaysia Airlines.
As informações, segundo a Reuters, são da agência de notícias da Rússia RIA, citando um líder rebelde.
Os rebeldes, que combatem o governo central da Ucrânia, mantém conversas com representantes de autoridades do país para permitir o acesso ao local de organizações internacionais, disse o primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexander Boraday.
Vídeo amador mostra momento da explosão do avião
Ucrânia, Rússia e rebeldes negam ter abatido avião
Rebeldes separatistas da região leste da Ucrânia, onde o avião caiu, negaram qualquer envolvimento. "Nós simplesmente não temos esse sistema de defesa aérea", de acordo com a agência Interfax.
Além disso, o governo da República Autoproclamada de Donetsk, que controla a área onde ocorreu o acidente, afirmou que passará as caixas-pretas do avião para autoridades russas. “Em Moscou, eles têm especialistas de alta competência que poderão determinar a causa do acidente, apesar de parecer óbvia em todo o caso”, disse o vice-premiê Andrey Purgin.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, também negou que o Exército do país tenha participação. "Nós não descartamos que esse avião tenha sido derrubado e reforçamos que as Forças Armadas da Ucrânia não agiram contra alvos aéreos".
"Este é o terceiro evento trágico nos últimos dias, quando aeronaves militares ucranianas An-26 e Su-25 foram derrubadas em território russo", diz a declaração do presidente.
Segundo Svatoslav Tsegolko, assessor do presidente da Ucrânia, Poroshenko acredita que um "ato terrorista" foi a causa da queda do avião da Malásia. "Poroshenko crê que esse avião foi abatido: não é um incidente, não é uma catástrofe, mas um ato terrorista", disse Tsegolko, segundo a Reuters.
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, afirmou que é “estupidez” acusar o país de envolvimento no acidente com o MH17. A suspeita havia sido levantada logo após o acidente pelo ministro das Relações Exteriores de Kiev, Pavlo Klimkin, que alegou “ter evidências” sobre a participação russa na queda da aeronave. (Com agências)
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