Rebeldes separatistas russos já abateram aviões na região
Separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia já derrubaram ao menos dez aeronaves na região onde um Boeing 777 da Malaysia Airlines caiu nesta quinta-feira (17).
A região é palco de conflitos entre o Exército ucraniano e os rebeldes há meses, desde que o ex-presidente do país Viktor Yanukovich foi deposto em fevereiro deste ano.
As aeronaves derrubadas pelos rebeldes, que usaram lança mísseis portáteis, voavam a baixa altitude, diferente do avião da Malaysian, que estava a 10 mil metros de altura. A lista inclui helicópteros militares, aviões de transporte do Exército e caças da força aérea.
Fontes do Ministério do Interior da Ucrânia afirmaram que o avião possivelmente foi derrubado por um sistema de mísseis conhecido como ‘buk’, disparado de caminhões militares.
A agência AP informou que repórteres avistaram um veículo lança-foguetes na cidade de Snizhne, controlada por rebeldes, na terça-feira.
Horas antes da tragédia de hoje o governo da Ucrânia havia acusado a força aérea da Rússia de ter abatido uma de suas aeronaves durante uma missão em território ucraniano. Moscou negou a informação.
Indícios são de que alvo era militar
O governo ucraniano afirma que um míssil lançado do solo teria derrubado o avião da Malaysia Airlines. Para o especialista em segurança internacional Gunther Rudzit, isso pode ter acontecido pela ação de rebeldes ucranianos, que possuem mísseis terra-ar fornecidos pela rússia.
"Os rebeldes já vinham alardeando que teriam derrubado dois caças da Ucrânia. Um avião de transporte e helicópteros também teriam sido derrubados", diz Rudzit. Por causa desses indícios, ele acredita que o alvo do míssil não teria sido o avião de passageiros, e sim um avião militar.
O avião ucraniano que seria o suposto alvo teria conseguido despistar o míssil, que pode ter "enquadrado o avião [da Malaysia Airlines] em altitude maior", explica o especialista. "Esse míssil segue calor", completa. Os aviões de passageiros voam em altitude mais elevada que aeronaves militares, esclarece Rudzit. (Com agências internacionais)
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