Atirador de cinema em Lousiana é identificado; motivação não é sabida

Foi identificado nesta sexta-feira (24) como John Russell Houser, 59, o suspeito de ser autor dos disparos que deixaram dois mortos e ao menos nove feridos em um cinema em Lafayette, no Estado de Lousiana, nos EUA. O atirador se matou após o ataque, ocorrido na noite de quinta.

Houser usou apenas uma arma, com a qual disparou 13 vezes.

Em entrevista coletiva, o chefe da polícia de Lafayette, Jim Craft, explicou que o homem morava em um motel da cidade desde meados de julho e que antes tinha vivido no Estado do Alabama.

Craft disse que ele aparentemente não tinha um emprego conhecido e o descreveu como "vagabundo".

Ainda de acordo com Craft, o atirador havia planejado uma fuga -- havia deixado o carro na saída do cinema --, mas desistiu ao ser cercado pela polícia.

A polícia fez um apelo para que a população ajude com informações sobre o homem e o incidente.

Por volta das 21h30 (horário de Brasília), o homem abriu fogo contra espectadores do cinema Grand 16 Theather durante uma sessão da comédia Descompensada (Trainwreck). Segundo as autoridades, havia cerca de 100 pessoas na sala no momento do ataque.

"Nós ouvimos um estalo alto, que parecia ser de fogos de artifício", disse ao "Advertiser" Katie Domingue, uma das pessoas que estavam no cinema. Ela relatou ter visto em seguida um "homem branco, mais velho" em pé e atirando para dentro do cinema, mas não na sua direção.

Segundo relato do jornal local "The Acadiana Advocate", os estudantes da Universidade de Louisiana em Lafayette, Jacob e Jordan Broussard, e Jalen Fernell, 20, contaram que assistiam a outro filme em uma sala do outro lado do corredor quando ouviram tiros e a sirene de evacuação. Ao correrem para a frente do teatro, viram uma mulher deitada no chão, coberta de sangue.

Histórico de violência

O episódio acontece apenas um mês depois de um jovem branco disparar contra frequentadores de uma igreja da comunidade negra de Charleston, no Estado da Carolina do Sul, em 18 de junho, e deixar nove mortos.

O caso levantou a questão do ódio racial nos EUA: Dylann Storm Roof, 21, era considerado por conhecidos um "racista convicto". Após investigação da polícia, Storm irá responder pelo crime de ódio, além das nove mortes, e pode ser condenado à pena de morte.

Há pouco mais de 3 anos, um cinema foi palco de outro massacre, em Aurora (Colorado), quando James E. Holmes, 24, abriu fogo contra a plateia durante exibição do filme Batman: The Dark Knight. Em 20 de julho de 2012 o atirador, vestido dos pés à cabeça com equipamento tático de proteção, matou 12 pessoas e deixou 58 outras feridas, ao abrir fogo usando um rifle AR-15, uma espingarda de calibre 12 e dois revólveres calibre .40.

Nesta quinta-feira (23), Holmes foi considerado elegível à condenação por pena de morte. A defesa tenta alegar que Holme é doente mental, e portanto, inimputável, no entanto, o argumento não foi aceito. Ele já havia sido considerado culpado pelo massacre. (Com agências internacionais)