Crianças sírias desenham seus maiores medos: bombardeios, torturas e mortes
Crianças que esperam ataques aéreos, feridos, sangue, tortura e armas. Esse foi o resultado de uma atividade realizada com menores em Damasco, capital da Síria, em que elas tiveram que ilustrar os seus medos para o futuro.
Os desenhos ajudam a entender o motivo pelo qual tantas famílias se arriscam em busca de uma vida longe dos confrontos no país. Com o apoio da Cáritas na Síria, a organização humanitária britânica Cafod, agência católica de desenvolvimento internacional, desenvolve projetos psicossociais com crianças vítimas da guerra para tentar ajudá-las.
Entre as ilustrações, aparecem soldados, tanques, mísseis e muitos mortos. "Elas mostram que tipo de vida uma geração inteira de crianças sírias vive hoje. O conflito já dura mais do que a 1ª Guerra, e as bombas e armas viraram parte da rotina", diz Alan Thomlinson, da Cafod, ao jornal britânico "The Independent". "É fácil entender o motivo pelo qual tantas famílias querem reconstruir suas vidas na Europa. Que pai quer que seu filho cresça com medo constante?"
Sandra Awad, da Cáritas na Síria, que realizou as atividades com as crianças, acredita que a criança é como uma esponja, "que absorve toda a guerra e guarda isso com ela. A matança, a destruição, a devastação, o medo e a perda de pessoas queridas se aprofunda nos corações destas crianças inocentes".
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