Alerta de fumaça foi registrado no avião da EgyptAir antes da queda, diz CNN
A comunicação entre a aeronave da EgyptAir e o solo registrou alertas de fumaça minutos antes de o avião desaparecer dos radares no Mar Mediterrâneo na madrugada de quinta-feira. A informação foi divulgada pela rede norte-americana CNN nesta sexta-feira. Os sinais registrados coincidem com os momentos próximos ao desaparecimento da aeronave.
A CNN disse que os dados foram obtidos através de uma captura de tela de uma fonte egípcia, e que os dados vieram de um sistema automático a bordo do avião. No entanto, uma autoridade dos EUA caracterizou o relato como um rumor não confirmado.
O jornal americano "Wall Street Journal" publicou que alertas automáticos indicaram que havia fumaça no nariz da aeronave e um problema aparente com o sistema de controle de voo.
Os avisos, que foram enviados automaticamente pelos sistemas informáticos do Airbus A320, chegaram às 02:26 de quinta-feira, hora local, pouco antes dos controladores de tráfego aéreo perderem contato com o avião que transportava 66 pessoas, segundo o jornal.
As mensagens indicaram que havia uma fumaça intensa na parte da frente do avião, especificamente no banheiro e em um compartimento abaixo da cabine. Os avisos de erro também indicaram que o computador de controle de voo teve problemas de funcionamento, segundo o relatório.
Assentos, malas e corpos estão entre os primeiros elementos identificados nesta sexta-feira (20) do avião da EgyptAir que caiu por causas ainda desconhecidas com 66 pessoas a bordo.
"Aviões e navios das Forças Armadas encontraram objetos pessoais dos passageiros e destroços da aeronave 290 quilômetros ao norte de Alexandria", afirmou o exército egípcio em um comunicado. "A busca continua, estamos retirando da água tudo o que encontramos", completa a nota oficial.
Atentado terrorista
O acidente com o Airbus não foi reivindicado por nenhum grupo insurgente ativo na região, como por exemplo o braço egípcio da organização Estado Islâmico (EI), que reivindicou rapidamente a explosão de uma bomba em pleno voo de um avião com turistas russos em 31 de outubro, quando sobrevoava o Sinai. O atentado matou as 224 pessoas a bordo.
Apesar de as autoridades egípcias acreditarem mais na possibilidade de um atentado terrorista do que em uma falha técnica, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, reiterou a necessidade de manter a cautela enquanto não houver provas reais que apontem as causas do acidente.
Em estado de emergência desde os atentados de novembro em Paris e até o final de julho, quando acontecem a Eurocopa e o Tour de France, a possibilidade de uma falha no território francês minaria a eficácia do esquema de segurança da França.
Golpe na recuperação do turismo
O avião decolou do aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, ao norte de Paris, pouco depois das 23h00 locais (18h00 de Brasília) de quarta-feira e tinha previsão de pouso no Cairo na quinta-feira às 03h05 (22h05 de Brasília, quarta-feira).
Desapareceu dos radares às 00h30 GMT (21h30 de Brasília), quando já estava no espaço aéreo egípcio.
A catástrofe, depois da registrada em outubro, desfere um golpe letal no turismo, um setor essencial para a economia egípcia, abalada pelos atentados jihadistas e as tensões políticas.
O acidente pode provocar consequências desastrosas. O Egito busca atrair turistas e investidores estrangeiros que deixaram o país depois do levante popular da Primavera Árabe de 2011.
Em 2015, a indústria turística faturou 6,1 bilhões de dólares, 15% a menos que em 2014, segundo dados oficiais.
As autoridades esperam que o material recuperado facilite a investigação sobre as causas do acidente, que ocorreu em condições meteorológicas favoráveis e com uma tripulação experiente. (Com agências internacionais)
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