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Estendemos a mão ao povo cubano, diz Obama sobre morte de Fidel

Em março deste ano, o presidente dos EUA, Barack Obama (à esq.), e o líder de Cuba, Raúl Castro (à dir.), se encontraram em Havana - Ramon Espinosa/AP - 21.mar.2016
Em março deste ano, o presidente dos EUA, Barack Obama (à esq.), e o líder de Cuba, Raúl Castro (à dir.), se encontraram em Havana Imagem: Ramon Espinosa/AP - 21.mar.2016

Do UOL, em São Paulo

26/11/2016 13h40Atualizada em 26/11/2016 16h01

O presidente dos EUA, Barack Obama, divulgou nota neste sábado (26) sobre o anúncio do falecimento do líder cubano Fidel Castro, morto aos 90 anos.

"Nós estendemos a mão da amizade ao povo cubano. Nós sabemos que este momento enche os cubanos --que estão em Cuba e nos EUA-- de fortes sentimentos porque os faz lembrar as inúmeras formas que Fidel Castro alterou o curso de vidas de pessoas, de famílias e da nação cubana", diz o comunicado.

Na nota, Obama afirma que "a história vai lembrar e julgar o enorme impacto dessa figura singular sobre as pessoas e o mundo ao seu redor".

Obama mencionou a relação conflituosa entre os dois países durante quase seis décadas, quando "o convívio entre os EUA e Cuba foi marcado por discórdia e profundas divergências políticas".

"Durante meu governo, nos esforçamos para deixar o passado para trás, buscando um futuro no qual o relacionamento entre nossos países seja definido não por nossas diferenças, mas pelas várias coisas que nós compartilhamos como vizinhos e amigos --laços familiares, cultura, comércio e humanidade", escreveu. 

"Hoje, nós damos condolências à família de Fidel Castro, e nossos pensamentos e orações estão com o povo cubano", acrescentou.

Mais cedo, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, se pronunciou de forma bastante sucinta em seu perfil no Twitter sobre a morte do líder cubano. "Fidel Castro está morto", escreveu, nada além disso.

Presidente de Cuba anuncia morte de Fidel Castro

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Obama em Cuba

Em março deste ano, Obama foi a Cuba, acompanhado de sua família, na primeira visita de um presidente norte-americano ao país em quase nove décadas. A viagem marcou um avanço na normalização das relações entre ambos os países, que tinha sido anunciada em dezembro de 2014.

Diante do presidente cubano, Raúl Castro, Obama disse em discurso transmitido pela TV estatal que o regime em Cuba precisa aceitar as opiniões dos cidadãos sem retaliá-los.

Dirigindo-se diretamente a Castro, Obama afirmou: "Acho que minha visita simboliza que Cuba não precisa olhar os Estados Unidos como uma ameaça, e também não precisa temer as opiniões do povo cubano".

Obama alternou o tom conciliador, ressaltando o restabelecimento das relações entre os dois países e reforçando sua posição de que o Congresso norte-americano precisa derrubar o embargo econômico a Cuba, com falas em que citou a falta de liberdade de expressão na ilha.