Topo

Trump assina decreto que cria "escrutínio extremo" para imigrantes

O presidente dos EUA, Donald Trump, assiste à posse do secretário da Defesa, James Mattis, no Pentágono - Carlos Barria/Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump, assiste à posse do secretário da Defesa, James Mattis, no Pentágono Imagem: Carlos Barria/Reuters

27/01/2017 19h49

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (27) decreto presidencial que prevê a criação de um sistema de "escrutínio extremo" para a entrada de pessoas no país, especialmente para aqueles de origem muçulmana. 

"Estamos criando novas práticas de escrutínio para manter terroristas islâmicos radicais longe da América. Não os queremos aqui", afirmou Trump, afirmou em cerimônia do Pentágono após a posse de James Mattis como secretário da Defesa. "Queremos garantir que não estamos admitindo ao nosso país as mesmas ameaças que nossos homens e mulheres estão lutando no exterior."

"Nunca vamos esquecer as lições do 11 de Setembro", acrescentou. “Só queremos aceitar no nosso país aqueles que vão apoiar nosso país e amar profundamente nosso povo", afirmou Trump. 

Uma semana após chegar à Casa Branca, Trump firmou o decreto "Proteger a Nação da entrada de terroristas estrangeiros nos Estados Unidos", que prevê a suspensão total, durante quatro meses, do programa de admissão de refugiados, assim como o congelamento, por três meses, da entrada no país de pessoas provenientes de sete países muçulmanos: Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

O decreto também proíbe indefinidamente a entrada de refugiados sírios. Um rascunho do documento descrevia como um de seus objetivos "impedir a entrada de cidadãos estrangeiros que pretendam explorar as leis imigratórias americanas para fins maléficos".

Trump assinou ainda outro decreto que prevê novos recursos para as Forças Armadas americanas, como "novos aviões, novos navios, novos recursos e novas ferramentas para nossos homens e mulheres em uniforme".

O presidente declarou que "nosso poderio militar não será questionado por ninguém, assim como nossa dedicação à paz. Queremos paz".(Com agências internacionais)