Ataque com carro-bomba mata 90 e fere 400 em região de embaixadas em Cabul
Uma forte explosão atingiu nesta quarta-feira (31) uma área de alta segurança de Cabul, capital do Afeganistão, onde estão localizados o palácio presidencial e embaixadas. O atentado suicida, com carro-bomba, ocorreu às 8h25 no horário local (1h25 da madrugada em Brasília) na praça Zanbaq, perto da embaixada alemã, informou o porta-voz do Ministério do Interior, Najib Danish.
Segundo balanço divulgado pelo Ministério de Saúde Pública do país por volta do meio-dia (horário local), ao menos 90 pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas.
Nenhum grupo reivindicou até agora a autoria do atentado, cujo alvo exato, segundo a polícia, ainda é desconhecido. Por meio de seu porta-foz, Zabihullah Mujahid, o Emirado Islâmico do Afeganistão, como o Taleban afegão se autodenomina, negou envolvimento.
Imprensa e civis descrevem a explosão como tão forte, que foi capaz de destruir carros, portas e janelas a centenas de metros do local do ocorrido. Em pânico, muitos moradores tentaram entrar na área isolada pela polícia em busca de conhecidos que pudessem estar feridos. Ambulâncias foram improvisadas para socorrer as vítimas.
Várias embaixadas mencionaram danos materiais, incluindo as representações da França, Alemanha, Japão, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Índia e Bulgária.
O ministro alemão das Relações Exteriores, Sigmar Gabriel, declarou que "tais ataques não modificam nossa determinação de apoiar o governo afegão em seus esforços para estabilizar o país".
A missão da Otan no país elogiou a "vigilância e a coragem das forças de segurança afegãs que impediram o veículo" de avançar ainda mais na zona diplomática.
As autoridades afegãs condenaram o atentado, que acontece poucos dias após o início do Ramadã, o mês sagrado de jejum muçulmano.
Logo após o ataque, autoridades de algumas embaixadas correram às redes sociais para tranquilizar a respeito da situação de suas equipes, como foi o caso da ministra de relações exteriores da Índia, Sushma Swwarai. "Com a graça de Deus, os funcionários da embaixada da Índia estão a salvo da massiva explosão em Cabul", disse.
O chefe do Pentágono, Jim Mattis, declarou recentemente que esperava "mais um ano difícil" para o Exército afegão e os soldados estrangeiros no Afeganistão.
O presidente americano, Donald Trump, analisa o envio de mais militares ao Afeganistão para resolver o impasse.
Os Estados Unidos, que lutam no Afeganistão o mais longo conflito de sua história, têm 8.400 militares no território afegão, apoiados por 5 mil homens de países aliados membros da Otan. A principal missão deste contingente é treinar e aconselhar os soldados afegãos.
(Com agências internacionais.)
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