Deslizamento de terra deixa 15 mortos e mais de 100 desaparecidos na China
Ao menos 15 pessoas morreram e mais de 100 estão desaparecidas após um gigantesco deslizamento de terra em uma localidade isolada do sudoeste da China, onde as equipes de emergência trabalham sob a chuva para tentar encontrar sobreviventes.
Inicialmente, a agência de notícias estatal Xinhua informou que a cifra de desaparecidos era de 141, mas depois a reduziu para 120 sem detalhar se as demais pessoas foram resgatadas. Agora, as autoridades confirmaram que 15 corpos foram recuperados e revisaram o número de desaparecidos para mais de cem.
As autoridades do condado de Maoxian comunicaram que o incidente aconteceu depois que a parte alta de uma montanha caiu sobre a aldeia de Xinmo, por volta das 6h no horário local (19h de sexta-feira em Brasília).
Pelo menos 62 casas ficaram soterradas, enquanto dois quilômetros do curso de um rio e 1.600 metros de uma estrada ficaram sepultados pelas rochas.
Um casal e seu bebê de um mês foram socorridos e levados para um hospital, informaram as autoridades da cidade vizinha de Maoxian.
"Estava trocando a fralda do meu filho quando ouvi um barulho enorme. A casa tremeu", explicou o pai, Qiao Dashi, em entrevista à TV CCTV no hospital.
"Fomos arrastados. As rochas chegaram até a nossa sala. Minha mulher e eu conseguimos escalar, pegamos o nosso bebê e nos resgataram", disse.
Segundo informou o governo local o deslizamento ocorreu devido às intensas chuvas que caíram na região.
'Toneladas de rochas'
Uma avalanche de rochas e terra desmoronou de uma montanha, o que também afetou o curso de um rio, de acordo com a Xinhua.
As operações de resgate devem ser complicadas, já que a chuva não deve parar nas próximas horas, de acordo com a meteorologia.
A situação é ainda mais difícil porque as vítimas estão sepultadas sob "várias dezenas de toneladas de rochas", de acordo com o capitão Chen Tiebo, da polícia do município autônomo tibetano de Aba, região da tragédia.
A Xinhua informou o desmoronamento de "parte da montanha" tibetana adjacente no município de Aba.
O capitão afirmou que as chuvas dos últimos dias provocaram o deslizamento em parte da montanha.
"Estamos em uma zona sísmica, não há muita vegetação", explicou Chen. As árvores podem contribuir para absorver o excesso de chuva e evitar os deslizamentos.
"Este é o deslizamento de terra mais importante na região desde o terremoto de Wenchuan", disse Wang Yongbo, coordenador local dos resgates.
O presidente chinês Xi Jinping ordenou a "mobilização de todos os esforços possíveis para reduzir o número de mortos e feridos", de acordo com uma declaração divulgada pela CCTV.
Deslizamentos frequentes
Quarta província de maior população da China, com 80 milhões de habitantes, Sichuan, na fronteira com o Tibete, foi devastada em maio de 2008 por um grande terremoto. A tragédia deixou 87 mil mortos na região de Wenchuan, que fica a poucos quilômetros da localidade afetada neste sábado.
Os deslizamentos de terra representam um perigo constante nas zonas rurais e montanhosas da China, especialmente durante a temporada de chuvas.
Ao menos 12 pessoas morreram em janeiro em um deslizamento que destruiu um hotel da província de Hubei (centro).
Em outubro do ano passado, tragédias similares afetaram o leste da China após as fortes chuvas provocadas pelo tufão Megi. Oito pessoas morreram e danos gigantescos foram registrados.
Mais de 70 pessoas morreram em um deslizamento de terra no centro comercial de Shenzhen em dezembro de 2015, neste caso provocado pelo acúmulo inapropriado de lixo. (Com agências internacionais)
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