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Mães comemoram saída de menino autista de colégio na Argentina

Getty Images
Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL

03/09/2017 10h34

Uma conversa de mães de alunos que celebravam a decisão de um colégio em transferir um menino portador de síndrome de Asperger, um transtorno de aspecto autista, foi publicada nas redes sociais e gerou revolta e indignação. O caso aconteceu em Merlo, na província de San Luis, na Argentina.

“Finalmente uma boa notícia”, diz uma das mulheres, identificada como Viviana, numa mensagem repleta de emojis comemorativos no grupo de Whatsapp das mães de alunos do quarto grau da escola San Antonio de Padua. “Que alívio”, completa.

Outras mães seguiram a linha de Viviana e até agradecem a Deus porque a escola "finalmente" sacou o menino portador do transtorno de desenvolvimento que afeta a capacidade de se socializar e de se comunicar com eficiência. Para elas, este aluno despertava maior atenção dos professores, prejudicando o aprendizado de seus filhos.

3.set.2017 - Mães celebram saída de criança autista de escola  - Reprodução - Reprodução
3.set.2017 - Mães celebram saída de criança autista de escola
Imagem: Reprodução
Tia do menino transferido, Rosaura Gomez publicou a conversa privada em suas redes sociais alegando que precisava “conscientizar” outros pais do que acontecia naquela escola. Ela conta que a decisão do colégio foi orquestrada por este próprio grupo de mães, que fazia uma espécie de “greve” e prometia só levar seus filhos às aulas novamente quando o portador de Asperger saísse da classe.


“Muito triste que falem assim de uma criança, e a escola de verdade deixa muito a desejar”, critica Rosaura, que diz que seu sobrinho é “um doce”. O site argentino "Infobae" tentou entrevistar a tia, mas ela disse que só daria novas declarações quando recebesse o aval de seus advogados.

Fato é que sua publicação da conversa foi suficiente para gerar uma grande revolta, com a maioria dos internautas repudiando veementemente os comentários das mães e classificando o episódio como “discriminação”. O colégio San Antonio de Padua ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.