Tartaruga marinha é lançada ao mar com cinzas de oceanógrafo que cuidou dela nos EUA
Uma tartaruga marinha foi lançada ao mar neste sábado (30) com as cinzas do oceanógrafo – pesquisador que estuda o mar e os animais aquáticos – que cuidou dela quando esta estava doente nos Estados Unidos. O caso aconteceu em Port Aransas, no Estado americano do Texas, dias após a passagem do furacão Harvey pela região.
O oceanógrafo Tony Amos morreu aos 80 anos em decorrência de complicações de um câncer de próstata em 4 de setembro. Durante toda a vida, ele se dedicou a ajudar animais em perigo e, há cerca de 40 anos, criou um centro de reabilitação para tartarugas marinhas e pássaros aquáticos. Para homenageá-lo, a família de Amos decidiu devolver a tartaruga de nome Picasso ao mar com as suas cinzas.
O ato foi acompanhado pela mulher de Amos, Lynn, o filho, Michael, parentes e outras pessoas. Eles depositaram as cinzas no casco da tartaruga e a acompanharam andando na praia até chegar à água. Ao desaparecer no mar, vários presentes gritaram “tchau, Tony!”.
Animais sobreviveram ao furacão
Embora o Texas tenha sido duramente afetado pela passagem do furacão Harvey dias atrás, nenhum animal no centro de reabilitação fundado por Amos ficou ferido. O furacão Harvey quebrou telhados, painéis de energia solar e destruiu parte de prédios da facilidade de Amos. Os tanques de concreto que abrigam cerca de 60 tartarugas ficaram parcialmente submersos.
Antes da chegada do Harvey, voluntários percorreram a praia e coletaram aproximadamente 280 ovos para que ficassem abrigados em contêineres climatizados. Poucos chocaram e o restante foi devolvido à natureza uma semana depois.
Aparentemente, as tartarugas fora de cativeiro também sobreviveram ao Harvey sem maiores incidentes, de acordo com especialistas. Isso porque a quebra dos ovos na praia ocorreu antes do esperado e a maioria das tartaruguinhas seguiu para o mar antes que a tempestade chegasse. Como também houve uma grande movimentação da maré, poucas ficaram presas na praia ou entre os destroços.
Segundo um diretor de outro centro de reabilitação, os casos poderiam ter sido muito piores. Ao todo, cinco das sete espécies de tartarugas marinhas existentes já foram vistas no Golfo do México.
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