Puigdemont tem ordem de prisão decretada; milhares protestam contra prisão de oito líderes
Milhares de pessoas foram às ruas da Catalunha na noite desta quinta-feira (2) em protesto contra a prisão dos oito membros do governo catalão destituído. Manifestantes se concentraram em Barcelona, Girona, Lérida e Tarragona.
As prisões aconteceram nesta quinta, após uma juíza decretar prisão preventiva sem direito à fiança para o ex-vice presidente Oriol Juqueras, e sete antigos conselheiros.
A juíza Carmen Lamela, da Audiência Nacional, emitiu também ordem de prisão europeia contra Carles Puigdemont, que está na Bélgica, disse o advogado do presidente à emissora belga VRT nesta quinta-feira (2).
"Em termos práticos, significa que a Justiça espanhola apresentará o pedido de extradição aos procuradores federais em Bruxelas", acrescentou.
De Bruxelas, Puigdemont se pronunciou nas redes sociais pedindo a liberdade dos políticos. "O governo legítimo da Catalunha foi preso por suas ideias e por ser fiel ao mandato aprovado pelo Parlamento", escreveu no Twitter.
O presidente destituído também exigiu a libertação dos membros que tiveram a prisão preventiva decretada na Espanha em mensagem transmitida pela TV pública catalã "TV3".
"Como presidente legítimo da Catalunha, exijo a libertação dos conselheiros e do vice-presidente e o fim da repressão política", disse Puigdemont
A única exceção feita pela juíza Carmen Lamela, da Audiência Nacional, foi em relação ao ministro regional catalão Santi Vila, que poderá pagar uma fiança de 50 mil euros. Ele se demitiu do cargo poucas horas antes de o parlamento em Barcelona ser dissolvido pelo governo espanhol, na última sexta-feira.
Dos 14 membros do executivo regional da Catalunha acusados de rebelião, sublevação e outros delitos relacionados à declaração de independência, apenas nove se apresentaram na audiência nesta quinta-feira.
Puigdemont não se apresentou à Justiça
Nesta quinta-feira, Puigdemont se recusou a apresentar-se à Audiência Nacional, em Madri. A Procuradoria-Geral da Espanha pediu, então, que a Justiça emitisse uma Ordem Europeia de Detenção e Entrega (OEDE) contra Puigdemont e os quatro ex-conselheiros do Executivo catalão. Com o pedido realizado, o ex-chefe do governo destituído da Catalunha pode ser preso e extraditado.
O ex-chefe do governo catalão disse que só retornaria à Espanha quando tivesse "garantias imediatas de um tratamento justo, com separação de poderes" e que só vai responder às convocações para depor "de acordo com os mecanismos que já estão previstos na União Europeia nestas circunstâncias".
(Com agências internacionais)
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