Ex-presidente sul-coreana é condenada a 24 anos de prisão
A ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye foi condenada a 24 anos de prisão nesta sexta-feira (6) por um tribunal de Seul, que a considerou culpada de várias acusações de abuso de poder, coação e suborno. A sentença marca o fim do escândalo de corrupção que ficou conhecido como "Rasputina" e forçou sua cassação em janeiro de 2017.
Park, 66, está presa preventivamente há um ano e, segundo a agência de notícias estatal sul-coreana Yonhap, não compareceu ao julgamento de condenação. Ela já negou todas as acusações contra ela, embora tenha se desculpado por se permitir influenciar pela amiga e assessora presidencial Choi Soon-sil, a "Rasputina", pivô do escândalo.
Choi, 61, que está presa desde novembro de 2017, foi condenada em 13 de fevereiro deste ano a 20 anos de prisão.
Na sessão desta sexta, transmitida ao vivo pela TV, o tribunal disse estar comprovado que a ex-presidente e sua amiga criaram uma vasta rede de favores através da qual extorquiram grandes empresas como Samsung, Hyundai e Lotte.
É a primeira vez que a Coreia do Sul transmite pela televisão o veredicto de uma causa penal. No ano passado, a Suprema Corte aprovou uma emenda permitindo a cobertura, caso o tribunal considerasse ser o caso de interesse público.
Uma multidão de simpatizantes da ex-presidente se reuniu na porta do tribunal, agitando bandeiras do país e mostrando cartazes em inglês com os dizeres: "Parem os processos mortais contra Park Geun-hye" e "O Estado de Direito morreu".
A saída de Park do governo motivou uma antecipação nas eleições, vencidas em maio do ano passado pelo liberal Moon-Jae-in. (Com agências de notícias)
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