Maduro cita Chávez e diz que não aceita governo imposto por império
Em meio à crise política na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro publicou, nesta quinta-feira (24), mensagens em que pede a conciliação do país e em que criticou o que chamou de "forças intervencionistas". Na quarta-feira (23), o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino da Venezuela. Maduro indicou que não irá deixar o poder.
Protestos aconteceram no país desde o anúncio feito por Guaidó. Mortes foram registradas nos atos.
No Twitter, Maduro fez referência a Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela, morto em 2013 e a quem sucedeu no comando do país. Para ele, as "forças intervencionistas ameaçam a Pátria Bolivariana" e, neste momento, é preciso reforçar o "espírito anti-imperialista" de Chávez, que "exigia respeito a nossa soberania".
Cerca de duas horas depois, ele voltou a fazer uma publicação dizendo que não se aceitará que "império algum nos imponha governos por vias extra constitucionais". "Na Venezuela, prevalecerá o respeito à vontade do povo, à Constituição e à soberania", disse.
Mais cedo, o presidente venezuelano havia feito referência à "Virgem da Paz", padroeira da região de Trujillo e homenageada sempre em 24 de janeiro. "Elevamos nossas orações para que cubra, com seu espírito conciliador, a nossa pátria".
A crise política na Venezuela tem causado divisão no cenário internacional. Alguns países aceitam a ação de Guaidó enquanto outros mostram apoio a Maduro.
O deputado de 35 anos é o político mais jovem a ocupar o cargo de presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, parlamento suprimido por Maduro e que deu lugar à Assembleia Constituinte, acusada de ser aparelhada pelo chavismo. Guaidó vem de uma linha menos radical dentro da Mesa da Unidade Democrática (MUD), bloco de partidos de oposição ao presidente venezuelano. Por conta desse posicionamento no espectro da oposição, o nome do deputado não é consenso.
Nomes conhecidos da oposição, entretanto, declararam apoio a Guaidó. Julio Borges, Henry Ramos Allup e María Corina Machado foram alguns dos políticos que se colocaram ao lado do atual presidente da Assembleia Nacional.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.