Evo Morales lidera eleições na Bolívia, mas disputa deve ir a segundo turno
Resumo da notícia
- Com 85% dos votos apurados, o candidato à reeleição lidera disputa com 45,38%, seguido pelo ex-presidente Carlos Mesa, com 38,16%
- Eleições na Bolívia foram encerradas neste domingo com grande participação nos centros de votação
- Números indicam a realização de um segundo turno, em dezembro, algo inédito na história do país
Com cerca de 89% dos votos apurados nas eleições presidenciais na Bolívia, o candidato à reeleição Evo Morales lidera a disputa com 45,38%. Em segundo lugar, aparece o ex-presidente Carlos Mesa, com 38,16%.
Os números, apresentados pela presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, María Eugenia Choque, indicavam às 20h30 do horário local (21h30 no horário de Brasília) a realização de um segundo turno, algo inédito na história do país.
Mesa já comemorava na noite deste domingo sua chegada ao segundo turno. "Realizamos um triunfo inquestionável que nos permite dizer com absoluta certeza e segurança, tanto pela informação da mídia quanto pelo nosso próprio cálculo interno: estamos no segundo turno!", declarou Mesa, em meio a aplausos, saudações e abraços de seus apoiadores na sede de seu partido.
Em terceiro lugar, está o pastor evangélico Chi Hyun Chung, com 8,77% dos votos, seguido pelo senador da oposição Óscar Ortiz, com 4,41%.
Os bolivianos votaram para Presidente e para o Legislativo, para o período 2020-2025.
O candidato que obtiver mais de 50% dos votos será proclamado vencedor, ou aquele que obtiver 40% com dez pontos de vantagem sobre o segundo. Caso seja necessário, o segundo turno será realizado no mês de dezembro.
Evo Morales, no poder desde 2006, busca um quarto mandato consecutivo até 2025, quando o país celebra o bicentenário de sua independência. Oito candidatos da oposição concorrem com o atual presidente.
A presidente do Tribunal Supremo Eleitoral afirmou que foram dadas todas as garantias de transparência do processo. "A população pode ficar tranquila, porque foram adotadas as medidas necessárias para resguardar o voto", afirmou Choque.
Mais cedo, o vice-presidente do STE, Antonio Costas, comemorou que o dia de votação tenha transcorrido "com tranquilidade". Uma força combinada de mais de 40 mil policiais e militares patrulhou a cidade de La Paz, sem relatos de episódios de violência.
A OEA (Organização dos Estados Americanos) solicitou que o TSE (Tribunal Supremo Eleitoral) da Bolívia explique por que a contagem dos votos para a eleição presidencial do país foi interrompida.
(Com agências de notícias)
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