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Itália investiga mensagens de ódio a senadora sobrevivente de Auschwitz

Ofensas contra Liliana Segre viraram investigação em 2018, mas caso só veio a público hoje - Marco Piraccini/Archivio Marco Piraccini/Mondadori via Getty Images
Ofensas contra Liliana Segre viraram investigação em 2018, mas caso só veio a público hoje Imagem: Marco Piraccini/Archivio Marco Piraccini/Mondadori via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

28/10/2019 16h45

Autoridades de combate ao terrorismo na Itália investigam há um ano mensagens enviadas à senadora vitalícia Liliana Segre, de 89 anos. Segundo o jornal La Stampa, "até 200 mensagens racistas e de ódio chegam todos os dias" à senadora, sobrevivente dos campos de concentração de Auschwitz (Polônia) na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

As mensagens enviadas por pessoas anônimas nas redes sociais resultaram na abertura de um processo por parte de Alberto Nobili, chefe do grupo antiterrorista de Milão. As investigações em andamento nos últimos meses vinham sendo conduzidas sob sigilo, mas foram tornadas públicas hoje.

Em entrevista recente ao jornal La Repubblica, Liliana Segre afirmou receber mensagens diárias de conteúdo antissemita. Frente às declarações, diversos políticos italianos manifestaram solidariedade à senadora.

Elisabetta Casellati, presidente do Senado, classificou as ofensas como "um insulto à história e às instituições de um país que ergueu sua arquitetura democrática e redescobriu a paz, a liberdade e o progresso".

Já o primeiro-ministro Giuseppe Conte informou que "convidará todas as forças políticas do Parlamento a buscar um acordo para introduzir regras contra a linguagem de ódio" nas redes sociais.

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