Órgão de segurança do Irã fala em resposta após ataque: 'Pior erro dos EUA'
Resumo da notícia
- Estados Unidos não vão escapar de consequências, afirma governo iraniano
- Teerã tem protestos contra ataque americano que matou general iraniano em aeroporto iraquiano
- Aiatolá Ali Khamenei diz que vai "vingar" a morte e decretou três dias de luto no país
- Para primeiro-ministro do Iraque, ataque vai "desencadear uma guerra devastadora" no país
O Conselho Supremo de Segurança Nacional, principal órgão de segurança do Irã, afirmou que os Estados Unidos serão responsabilizados pelas consequências do assassinato do comandante da Força Quds do país, o general Qasem Soleimani. O órgão afirmou que a ação foi o "pior erro" do governo norte-americano na região.
"O regime dos EUA será responsável pelas consequências dessa aventura criminosa", afirmou o órgão em um comunicado divulgado pela imprensa.
A nota ainda afirma que "este foi o maior erro estratégico dos EUA na região oeste da Ásia, e os EUA não escaparão facilmente de suas consequências."
Houve protestos em Teerã e em outras cidades do Irã, tanto favoráveis como contra a ação organizada pelos americanos.
Mais cedo, o guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que vai "vingar" a morte de Soleimani e decretou três dias de luto nacional no país.
"O martírio é a recompensa por seu trabalho incansável durante todos estes anos (...) Se Deus quiser, sua obra e seu caminho não vão parar aqui e uma vingança implacável espera os criminosos que encheram as mãos com seu sangue e a de outros mártires", afirmou Khamenei em sua conta no Twitter em farsi.
Khameni nomeou o vice de Qasem Soleimani, o general Esmail Ghaani, como novo chefe das Forças Quds. O programa da força "permanecerá inalterado em relação ao período de seu antecessor", afirmou o aiatolá.
O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdel Mahdi, disse que o ataque vai "desencadear uma guerra devastadora no Iraque". "O assassinato de um comandante militar iraquiano que ocupava um posto oficial é uma agressão contra o Iraque, seu Estado, seu governo e seu povo".
Como foi o ataque
O ataque coordenado pelos EUA perto do terminal de carga do aeroporto de Bagdá, no Iraque, matou Qasem Soleimani, o chefe da Força Revolucionária da Guarda Quds do Irã, considerado um dos homens mais importantes do país.
Além dele morreram Abu Mahdi al-Muhandis, comandante de milícia do Iraque, apoiada pelo Irã, e Naim Qassem, segundo na linha de comando do Hezbollah no Líbano. Informações sobre outros mortos e eventuais feridos não foram dadas.
A Guarda Quds é uma força de elite do exército iraniano e teria sido responsável pela invasão da Embaixada dos EUA, em Bagdá, no início desta semana.
Pentágono diz que ataque foi ordenado por Trump
O Pentágono confirmou que o ataque aconteceu "sob ordens do presidente" Donald Trump. "Os militares dos EUA tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal dos EUA no exterior, matando Qasem Soleimani", afirmou em nota.
"Este ataque teve como objetivo impedir futuros planos de ataque iranianos. Os Estados Unidos continuarão a tomar todas as medidas necessárias para proteger nosso povo e nossos interesses, onde quer que estejam ao redor do mundo", concluiu.
De acordo com o Pentágono, Soleimani "orquestrou" ataques em bases de coalizão no Iraque ao longo dos últimos meses e aprovou os "ataques" na embaixada dos EUA em Bagdá, ocorridos no início desta semana.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ainda não comentou sobre a operação. Ele apenas publicou uma imagem com a bandeira do país em sua conta no Twitter.
Horas após a confirmação da morte de Soleimani, a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, que na terça-feira foi alvo de um ataque por uma multidão pró-Irã, recomendou a seus cidadãos que deixem o Iraque "imediatamente".
(Com informações da Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.