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Maduro defende soberania e ameaça 'arrebentar dentes' de Brasil e Colômbia

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante discurso na Assembleia Constituinte, em Caracas - Federico Parra/AFP
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante discurso na Assembleia Constituinte, em Caracas Imagem: Federico Parra/AFP

Do UOL, em São Paulo

15/01/2020 09h29Atualizada em 15/01/2020 09h36

O presidente chavista da Venezuela, Nicolás Maduro, ameaçou "arrebentar os dentes" dos governos brasileiro e colombiano caso os dois países tentem algum tipo de intervenção em solo venezuelano.

A declaração foi dada ontem durante discurso anual na Assembleia Constituinte da Venezuela. Sem dar detalhes, Maduro disse conhecer os "planos imperialistas da oligarquia colombiana e de Jair Bolsonaro" e disse que as forças armadas de seu país estão prontas para revidar.

Elevamos a capacidade de defesa da nossa pátria, sei o que digo, conheço os planos imperialistas, conheço detalhadamente os planos da oligarquia colombiana e de Jair Bolsonaro e, se ousarem, arrebentaremos os dentes para que aprendam a respeitar a Força Marinha Nacional Bolivariana e o povo de Bolívar. Queremos paz e se queremos paz, vamos nos preparar para defendê-la.
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela

O chavista chamou o presidente brasileiro de inimigo da Venezuela e o acusou de tentar agredir a soberania e o povo de seu país junto com os presidentes da Colômbia, Iván Duque, e dos Estados Unidos, Donald Trump.

Maduro também voltou a dizer que Bolsonaro e Duque patrocinaram um grupo que roubou armas de uma unidade militar na fronteira com o Brasil em 22 de dezembro. O governo brasileiro negou envolvimento no ataque.

"Nossas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas responderam prontamente e conseguiram capturar a maioria dos conspiradores terroristas e recuperar 95% das armas roubadas, o restante foi levado para o Brasil sob a proteção do governo fascista e de extrema-direita de Jair Bolsonaro", afirmou.

"Quem tentar contra a República receberá a punição estabelecida por nossa Constituição e enfrentará os rifles de nossas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas", declarou Maduro.